sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Reflexão para o fim de semana: borboleta é surpresa na devastada Mata Atlântica

Prenda clarissa - Foto: André Freitas
O anúncio da identificação de uma nova espécie de borboleta na Mata Atlântica me fez refletir sobre o quanto não conhecemos da natureza. Afinal, o bioma Mata Atlântica, além de ocupado, explorado e destruído desde o início da colonização portuguesa, é também estudado há um bom tempo. Vou além: quanto já não perdemos sem sequer conhecer?

“Pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) descreveram uma nova espécie de borboleta, encontrada na região denominada Campos em Cima da Serra, na Mata Atlântica gaúcha.

Chamada de Prenda clarissa – o gênero é uma homenagem à mulher gaúcha (chamada de prenda) e o nome da espécie remete ao livro do escritor sulista Érico Veríssimo - o exemplar foi encontrado durante expedição feita à Floresta Nacional de São Francisco de Paula, em 2009.” – texto da matéria “Pesquisadores descobrem espécie de borboleta na Mata Atlântica do RS”, publicada em 14 de fevereiro de 2012 pelo portal G1

Em trechos de mata atlântica da Serra do Cipó (MG), esses mesmos pesquisadores descobriram recentemente a Yphthimoides cipoensis, que por critérios da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) já está ameaçada de extinção.

Yphthimoides cipoensis, espécie da Serra do Cipó
Foto: Lucas Kaminsky

Dá para imaginar o quanto nos reserva o Cerrado e a Amazônia, por exemplo?

Último comentário: Prenda clarissa. Adorei o nome...

- Leia a matéria completa do portal G1

2 comentários:

Cassiano Roman disse...

"Da pra imaginar quanto nos reserva o Cerado e a Amazônia?"Prezado Dimas, não concordo muito com essa sua interrogação, parece que está menosprezado um bioma que já não é muito lembrado. Sei que não foi sua intenção, mas é possivel de ser interpretado dessa forma que interpretei.É assim que pensa a grande maioria da população mesmo, que no Pampa não existe nada, que apenas no cerrado e na amazonia existe especies a serem descritas ainda. Mas não é bem assim não, devido a este pensamento que a grana para financiamento de pesquisas cientificas acaba sempre indo pra biomas e espécies mais "carismáticos". É necessario que pesquisas cientificas sejam realizadas também no Pampa e nos campos sulinos, que a muito tempo vem sendo "esquecidos".Gostaria de parabenizar pelo blog, sou leitor a algum tempo, com ações como essas é que podemos melhorar um pouco mais a nossa sociedade, com cada um fazendo a sua parte. Abraços

DIMAS MARQUES disse...

Caro Cassiano,
muito obrigado por acompanhar o Fauna News. Lógico que minha intenção ao citar o Cerrado e a Amazônia não foi criar algum tipo de hierarquia entre os biomas brasileiros. Todos têm suas belezas, importâncias e peculiaridades. Nem mais, nem menos.
Concordo com você sobre a carência de atenção e destaque pela mídia, financiadores de pesquisas e do poder público para com o Pampa. É fato!
Sua crítica procede e deve ser ouvida! Assim como, aos poucos, a Caatinga passa também a ser vista como um bioma e não como uma mera região seca, quase desprovida de vida.
Novamente, muito obrigado!
Abraço.