quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

“Natal Bicho Solto”

Esse tipo de ação tem de ser feita sempre, sem o caráter de operação especial. Se fosse um trabalho rotineiro e massivo, a quantidade de animais apreendida seria gigantesca e a teria realmente um caráter educativo – repressão também educa.

“A Polícia Militar Ambiental, através da 1ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Ambiental, realizou nos dias 4, 5 e 6 de dezembro, a operação denominada “Natal Bicho Solto”, nos municípios de Catanduva, São José do Rio Preto, José Bonifácio, Mirassol, Tanabi, Neves Paulista, Jaci, Novais, Nipoã, Novo Horizonte e Borborema.

Se procurarem mais, vão achar
Foto: Divulgação PM Ambiental/SP

De acordo com o Setor de Comunicação Social do 4º Batalhão de Polícia Ambiental, o foco das ações de policiamento ambiental foi a constatação de aves e animais silvestres mantidos em cativeiro, sem a autorização do órgão ambiental competente, o comércio irregular, possíveis maus tratos, além de outros delitos relacionados à fauna.

Um total de 108 policiais e 42 viaturas operacionais participaram da operação que resultou em 115 residências fiscalizadas, lavrados 85 boletins de ocorrência e efetuadas 204 buscas pessoais.

No total foram apreendidas 274 aves silvestres, dentre elas tucanos, jandaias da testa vermelha, papagaios verdadeiros, periquitos da asa amarela e maracanãs, tempera-viola, sanhaços, azulões, sabiás, curiós, trincas ferro, tico-tico rei, canários da terra e outras diversas, além de 36 anilhas SOSP e Ibama adulteradas periciadas.”
– texto da matéria “Polícia Ambiental apreende 274 aves e lavra multas de R$ 190 mil”, publicada em 9 de dezembro de 2012 pelo jornal O Regional (Catanduva –SP)

Tucanos apreendidos
Foto: Divulgação PM Ambiental/SP

Mas, infelizmente, o poder público não tem vontade de acabar com o tráfico de animais, tanto que não possui uma política estruturada para esse fim. União, estados e municípios não têm estrutura para dar atendimento emergencial aos bichos apreendidos, não têm estrutura para receber e dar destinação adequada aos mesmos, não investe em educação ambiental, não têm política de renda para áreas de captura com comunidades pobres e não pressiona os legisladores mudarem as inócuas leis que abordam essa prática.

- Leia a matéria completa de O Regional

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