sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Reflexão para o fim de semana: se não matamos os ursos-polares com as mudanças climáticas, matamos pela caça

Parece não ter solução e a extinção dos ursos-polares está cada vez mais perto. Afinal, se a espécie não desaparecer por causa das mudanças climáticas, que a cada no reduzem a cobertura de gelo no norte do planeta, será dizimada pela caça.

“Uma nova tentativa de proibir o comércio global de partes do corpo de ursos polares tem dividido ativistas ambientais.

Mudanças climáticas e caça: morte certa
Foto: Reuters/Mathieu Belanger

Alguns dizem que o mercado de tapetes e ornamentos feitos de urso está levando a espécie à extinção; outros argumentam que as principais ameaças ao animal são as mudanças climáticas e a redução da área de gelo polar.

O assunto será decidido em março de 2013, em uma conferência ambiental da ONU sobre o comércio de espécies ameaçadas.”
– texto da matéria “Possível veto ao comércio de ursos polares divide ativistas”, publicada em 26 de dezembro de 2012 pela BBC Brasil

O encontro de março é o da Convenção para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES). Estados Unidos e Rússia apoiam a inclusão dos ursos-polares no grau máximo de proteção da CITES (Anexo I). A União Europeia, que no encontro de 2010 foi contrária a tentativa de proibir a caça, ainda não se posicionou e o Canadá é totalmente contra.

“Anualmente, cerca de 600 ursos são mortos legalmente por caçadores no Canadá. Entre 2001 e 2010, foram comercializadas mais de 30 mil partes de ursos, como pele, dentes e patas.” – texto da BBC Brasil
O número de peles de urso oferecidas em leilões teria aumentado em 375% nos últimos cinco anos, com algumas sendo vendidas a R$ 25 mil.

Apesar de haver grupos ambientalistas trabalhando pelo fim da caça (Humane Society International, por exemplo), outros não consideram que esse seja o principal problema enfrentado pela espécie. A ONG WWF "avalia que os perigos provocados pelo comércio internacional são pequenos se comparados às mudanças climáticas. Por isso, a ONG não fará campanha pelo veto, ainda que prefira que ele aconteça.

"Temos que focar na ameaça principal, e não nos distrairmos com uma relativamente menor", afirma Colman O'Criodain, analista de políticas de comércio da WWF.

"Podemos dizer que isso (a discussão sobre o veto) é uma distração, que poderia fazer com que as pessoas pensassem que algo está sendo feito (para salvar os animais), quando o efeito será praticamente nulo."

Grupos como o Traffic International e a União Internacional para a Conservação da Natureza têm argumentos semelhantes.”
– texto da BBC Brasil

Para esses grupos ambientalistas, o principal problema são as mudanças climáticas. De qualquer forma, essas organizações têm a obrigação ética de se posicionar contra a caça. Afinal, elas trabalham ou não pela defesa dos animais?

- Leia a matéria completa da BBC Brasil

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