sexta-feira, 17 de maio de 2013

Prender fornecedores, desarticulando a cadeia do tráfico de animais

Prender apenas quem está na ponta da cadeia do tráfico de animais é necessário, mas não resolver o problema. Afinal, é fácil substituir o vendedor. O ideal é chegar em quem articula o esquema e fornece os animais.

“Policiais da Unidade de Polícia Ambiental (UPAm) do Parque Estadual dos Três Picos, em Cachoeiras de Macacu, Região Serrana do Rio, detiveram Josemar Carvalho dos Santos, 42 anos, em sua casa no bairro Boa Vista. O acusado foi pego em flagrante, durante a operação que contou com o apoio do Instituto  Estadual do Ambiente (Inea).

Parte dos pixoxós apreendidos
Foto: Divulgação/UPAm Três Picos

Foram apreendidos 55 pássaros silvestres da espécie Pixoxó, que está ameaçada de extinção, além de uma espingarda calibre 36, com cinco munições intactas, uma munição deflagrada, dois artefatos conhecidos como trabucos (capazes de realizar disparos de calibre 36), material para recarga de munição (pólvora branca e balins), além de grande quantidade de material de caça.”
– texto da matéria “UPAm Três Picos, RJ, apreende pássaros ameaçados de extinção”, publicada em 15 de maio de 2013 pelo portal G1

Josemar está sendo investigado também como fornecedor de aves para intermediários que abastecem os vendedores das feiras de Duque de Caxias e de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Seria muito bom que as forças de fiscalização (Ibama e polícias) começassem a desarticular a linha de fornecimento de animais para essas feiras. A quebra de um elo desta corrente que impede a chegada dos bichos é mais eficiente que as prisões na ponta do processo, isto é, dos que vendem diretamente aos consumidores.

Prisões como a de Josemar, mesmo que não representando efetivamente a retirada do acusado das ruas (afinal responde-se em liberdade por esse crime), deveriam ser estimuladas. Trabalho de “inteligência” policial é fundamental.

- Leia a matéria completa do portal G1

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