quinta-feira, 6 de junho de 2013

No Parque Estadual Morro do Diabo (SP), uma estrada que deveria receber atenção especial

“Em todo o país, é muito comum o trabalho conjunto entre a Polícia Militar Ambiental e biólogos na preservação de animais em extinção. Em Teodoro Sampaio, o policial ambiental Vinícius Alves Rodrigues, responsável pelo patrulhamento no Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD), desenvolveu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com a temática “Levantamento de animais Silvestres atropelados na Rodovia SP 613 que corta o Parque Estadual Morro do Diabo – SP”.

Rodrigues durante apresentação de seu trabalho
Foto: Silvério Hosomi

(...) Como policial ambiental, Rodrigues relata que as principais dificuldades em seu trabalho de patrulhamento são: falta de locais para socorro dos animais atropelados, que estão vivos ou machucados, além da falta de respeito dos motoristas com os animais silvestres, quando excedem a velocidade permitida na rodovia. O acadêmico propôs em seu trabalho, a implantação de radares, lombadas eletrônicas, ecodutos, passarelas ecológicas e melhores túneis para transposição de animais.” - texto da matéria “Animais atropelados correm risco de extinção”, publicada em 4 de junho de 2013 pelo site da Universidade do Oeste Paulista (Unioeste)

Rodrigues, que está se formando em Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências, Letras e Educação (Faclepp) da Unoeste, chegou a uma conclusão que pode ser extrapolada para quase todas as estradas e rodovias brasileiras: falta infraestrutura para reduzir os atropelamentos de fauna e faltam ações de conscientização junto aos motoristas (apesar de já ser desenvolvida a campanha "Viva e deixe viver" pela equipe do Parque e as polícias Militar Ambiental e Militar Rodoviária).

No caso estudado pelo policial, a importância das adequações na SP-613 é ainda maior, já que ela corta uma unidade de conservação de proteção integral. E mais, esse parque conserva um dos últimos fragmentos de Mata Atlântica do interior paulista, onde habita a única população viável do ameaçado mico-leão-preto (cerca de 820 animais).

SP-613: são 14 quilômetros dentro do parque 
com limite de velocidade de 70 km/h
Foto: Helder Henrique de Faria

Estimativa de Alex Bager, coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), ligado à Universidade Federal de Lavras, indica que 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados nas estradas brasileiras anualmente.

- Leia a matéria completa da Unioeste
- Leia a matéria Massacre nas estradas, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente

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