quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mais uma operação enxuga gelo contra o tráfico de animais

O tráfico de animais em feiras está espalhado por todo o país. No Nordeste, praticamente não há município onde esse comércio ilegal não ocorra. E o combate a esse tipo de crime deve ser feito intensivamente.

Infelizmente, a maioria das ações de repressão em feiras não faz parte de uma estratégia de combate ao tráfico de fauna, sendo esforços isolados e espaçados. Mas, felizmente, pelos menos essas operações são realizadas.

“O Ibama divulgou nesta quarta-feira (7) que apreendeu 163 animais durante uma ação de combate à caça predatória e o tráfico de animais silvestres no Sertão da Paraíba . A Operação Orion aconteceu durante a semana passada. Os agentes ambientais federais percorreram feiras  livres, apurando denúncias de caça e cativeiro de animais. As multas aplicadas somaram R$ 95 mil.

Algumas das aves apreendidas pelo Ibama na Paraíba
Foto: Divulgação Ibama

As feiras livres dos municípios de Catolé do Rocha e Belém do Brejo do Cruz foram fiscalizadas, resultando na apreensão de quase uma centena de aves que eram comercializadas ilegalmente nos locais, bem como de alguns animais silvestres abatidos. Nos municípios de Patos, São José de Espinharas, Belém do Brejo do Cruz e Mãe D'Água, foram monitoradas áreas de postura de ovos de arribaçãs e apuradas denúncias de caça.”
– texto da matéria “Ibama apreende 163 animais em operação no Sertão da Paraíba”, de 7 de agosto de 2013

O que o poder público tem de compreender é que está jogando dinheiro fora e desgastando as corporações de fiscalização (Ibama e polícias estaduais) ao investir somente em repressão. Como dizem, vão continuar tentando enxugar gelo.

O mercado negro de fauna tem de ser combatido com educação ambiental, repressão, legislação realmente punitiva, geração de renda em áreas de captura onde predomine a pobreza, centros de triagem com capacidade de receber os animais e áreas de soltura. O trabalho é grande e pode se transformar em realidade se o Estado quiser.

Mas não quer! É fato.

- Leia a matéria completa do portal G1

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