terça-feira, 29 de outubro de 2013

O contato com silvestres do tráfico: zoonoses podem matar

O contato com animais silvestres traficados tem nas zoonoses  (doenças transmitidas por animais para pessoas) um de seus principais riscos para os humanos. Mais de 180 zoonoses já foram descritas sendo as mais conhecidas:

- macacos e micos: raiva, febre amarela, hepatite, herpes simples e tuberculose;
- jabutis e lagartos: salmonelose, verminoses e micoses;
- papagaios e passarinhos: ornitose (também conhecida como “febre do papagaio”) e toxicoplasmose.

“A situação de estresse que esses animais passam durante a comercialização pode levar à queda de resistência imunológica e desenvolvimento de doenças transmitidas por estes animais, tornando-os portadores de agentes infecciosos dentro das residências” – texto do 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre, publicado pela ONG Rede Nacional de Combate ao tráfico de Animais Silvestres (Renctas) em 2001

O assunto foi retomado no Piauí, após a internação de um homem que foi mordido por um macaco durante uma caçada. Na matéria “Piauí registra segundo caso suspeito de raiva humana no estado em 2013”, publicada em 28 de outubro de 2013 pelo portal G1, a diretora de Vigilância em Saúde do Estado, Telma Evangelista, declarou:

“Muitas pessoas acreditam que apenas gatos e cachorros transmitem a raiva e não se preocupam com a doença, porém qualquer animal doméstico é transmissor da raiva e nos últimos anos os casos registrados são apenas de animais silvestres. Recomendamos que as pessoas não domestiquem esses bichos  e não os levem para dentro de suas casas”.

E não são apenas as pessoas que compram animais silvestres no mercado negro. Quem os trafica também corre riscos. Em 12 de abril de 2013, o Fauna News publicou “Tráfico mata traficante de animais: zoonose”, em que destacou o seguinte texto:

“A Secretaria Municipal de Saúde de Parnaíba, região do litoral piauiense, registrou um óbito humano pelo vírus da raiva no mês passado. A vítima foi um homem de 32 anos de idade, mordido no dedo da mão por um sagui (Callithrix sp). Atendendo a solicitação da Secretaria de Saúde, veterinários do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama no Piauí estiveram no local para orientar a população sobre os riscos de transmissão das zoonoses, quando da captura e criação ilegal de espécimes silvestres.

A mordida de um sagui transmitiu raiva para o traficante de animais
Foto: Henrique Dantas

Segundo relato dos técnicos da saúde, a vítima tinha o hábito de capturar esses animais para amansá-los e, posteriormente, vendê-los como de estimação para as pessoas da cidade. O paciente procurou o atendimento antirrábico somente cerca de 20 dias após a mordedura, já com sinais de dor e parestesia no braço direito, agravando-se, dias depois, para um quadro neurológico irreversível.” – texto da matéria de divulgação do Ibama, publicado em 2 de abril de 2013 pelo site do órgão”.

Esse foi o primeiro caso registrado no Piauí este ano.

Recado dado.

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- Leia a matéria completa do portal G1
- Releia o post do Fauna News “Tráfico mata traficante de animais: zoonose”, publicado em 12 de3 abril de 2013

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