terça-feira, 15 de outubro de 2013

Resgatando papagaios-de-peito-roxo

“Uma ação do ICMBio e do Ibama apreendeu diversas aves silvestres mantidas irregularmente em gaiolas em Ponte Serrada, no Oeste. As aves foram localizadas por meio de denúncias e as ações ocorreram nos dias três e oito de outubro.

Na primeira ação foram apreendidos um papagaio verdadeiro, um papagaio-de-peito-roxo, duas maitacas verdes e uma Tiriva. Já na segunda ação foram apreendidos mais dois papagaios-de-peito-roxo.”
– texto da matéria “Aves silvestres presas em gaiolas são apreendidas em Ponte Serrada”, publicada em 11 de outubro de 2013 pelo portal G1 de Santa Catarina

Papagaios-de-peito-roxo apreendidos
Foto: Juliano Rodrigues

Estima-se (Birdlife International) que entre 1.500 e 2 mil papagaios-de-peito-roxo ainda vivem livres em território nacional. Na listagem brasileira de animais ameaçados de extinção (2008), o Amazona vinacea foi classificado como “vulnerável”. Nas listas estaduais, o papagaio está categorizado como “vulnerável” no Rio de Janeiro, “criticamente em perigo” em São Paulo e Espírito Santo e “em perigo” no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em Minas Gerais. No Paraná, a espécie está como “quase ameaçada”, porém, na revisão que está sendo realizada, ela será classificada como “vulnerável”.

“Segundo o biólogo e Chefe do Parque Nacional das Araucárias, Juliano Rodrigues, o foco principal destas ações é a localização de papagaios-de-peito-roxo, espécie ameaçada de extinção e que desapareceu das matas de Ponte Serrada e Passos Maia por conta da captura ilegal. "No Parque Nacional das Araucárias é realizado o trabalho de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo, com a soltura de papagaios marcados e que são monitorados periodicamente", explica Juliano.

"Com a chegada da época de reprodução das aves, a retirada de animais da natureza aumenta consideravelmente, principalmente por causa da coleta de ovos e filhotes para venda ou para as pessoas manterem como animais de estimação. Foi o tráfico que levou os papagaios-de-peito-roxo à extinção no local onde fazemos o projeto de reintrodução", explica a Doutora Vanessa Kanaan, diretora técnica do Espaço Silvestre-Instituto Carijós.”
- texto do G1

Uma das principais ações do projeto coordenado por Vanessa é a conscientização da população que vive perto do Parque Nacional das Araucárias. São realizadas palestras em escolas e empresas nas quinze comunidades da região, uma campanha informativa com distribuição de panfletos e adesivos e a manutenção de perfis em redes sociais.

É sempre bom lembrar: sem o envolvimento da população, qualquer iniciativa contra o tráfico de fauna e o fim do cativeiro doméstico de animais silvestres será infrutífera.

- Leia a matéria completa do portal G1

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