quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O tráfico entre os estados nordestinos: um flagrante na blitz de trânsito

Quando se explica o tráfico de fauna no Brasil, é comum afirmar que os estados do Nordeste, Norte e Centro-oeste fornecem animais para as cidades do Sudeste e do Sul. Mas existe um intenso comércio dentro do próprio Nordeste, região onde praticamente não há municípios sem feiras onde ocorre o comércio ilegal de silvestres.

É o que constatou-se em Campina Grande (PB):

“Na manhã de hoje(27) por volta das 09:30hs, durante blitz realizada na avenida Assis Chateaubriand, próximo a empresa Alpargatas, o Cabo Vieira e o Cabo Renato, fiscalizavam os veículos que adentravam a Cidade vindo do estado do Pernambuco.

Policiais com aves apreendidas
Foto: Divulgação CPTran


Ao se depararem com um FIAT SIENA, de Placa KKA-9099/PE, em atitude suspeita foi feito uma abordagem e encontrado dentro do veículo mais de 70 pássaros da fauna silvestre que estavam em pequenos viveiros escondidos dentro do veículo.”
- texto da matéria “3ª CPTRAN apreende mais de 70 pássaros da fauna silvestre em Campina Grande; Veja fotos”, publicada em 27 de janeiro de 2014 pelo site Folha do Sertão (Sousa – PB)

As aves estavam com Jose Marques Pereira, que em Campina Grande e as trouxe de Santa Cruz do Capibaribe (PE). Os policiais suspeitam que os animais seriam comercializados na cidade.

Já passou da hora de o tráfico de animais ser levado a sério no Nordeste. O poder público tem de investir em fiscalização (tanto nas áreas de coleta e captura quanto nos pontos de venda) e em educação ambiental para começar a mudar a cultura da criação doméstica de silvestres (o que ajudaria a reduzir a demanda).

Mas, infelizmente, esse hábito está muito arraigado em todos os níveis sociais e instituições da região. No Brasil todo, criar animais silvestres como bichos de estimação é visto como algo normal e sem consequências para o meio ambiente e a saúde pública.

- Leia a matéria completa da Folha do Sertão

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