terça-feira, 10 de junho de 2014

Mais canários estrangeiros apreendidos no Mato Grosso do Sul

“Um boliviano, que não teve a identidade divulgada, foi multado em R$ 72 mil ao ser flagrado com 350 canários na noite de ontem (4), na fronteira entre Brasil e Bolívia. O flagrante foi feito pelos fiscais da Receita Federal, que faziam bloqueio na região.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) de Corumbá foi acionada e aplicou multa de R$ 72 mil. Além disso, o traficante vai responder por crime ambiental. Os animais serão encaminhados para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e devem chegar por volta das 15h em Campo Grande.

No mês passado, a PMA de Costa Rica apreendeu 600 canários da mesma espécie. Dois traficantes de Brasília (DF) foram flagrados com as aves, que seriam levadas para Minas Gerais.”
– texto da matéria “Boliviano é multado em R$ 72 mil ao ser flagrado com 350 canários”, publicada em 5 de junho de 2014 pelo site Campo Grande News (MS)

Apreensão de canários peruanos feita pela Polícia Federal em 2013
Foto: divulgação Polícia Federal

Os canários vindos da Bolívia são maiores e mais fortes que os nativos do Brasil. Dessa forma, se escaparem, eles têm vantagem na competição por território e alimento contra a espécie brasileira – o que pode resultar em um grave desequilíbrio.

Esses canários são trazidos para o Brasil para participarem de rinhas, principalmente na região de Brasília e no Nordeste.

Os canários, originários principalmente do Peru e da Venezuela, entram no Brasil por duas rotas distintas. Na primeira, os pássaros seguiam pela Bolívia e entravam no Brasil pela cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, sendo levados para Minas Gerais e Brasília. Na segunda rota, as aves entram pela fronteira do Amazonas e Roraima e seguiam até o Nordeste.

Há anos o problema acontece e apreensões gigantescas são realizadas. O estado do Mato Grosso do Sul é o que mais sofre com o problema, pois seu Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), situado em Campo Grande, fica abarrotado de bichos. Pelo fato de ser uma espécie não existente no Brasil, não é possível providenciar a soltura deles em território nacional.

Já passou da hora de as autoridades brasileiras conversarem com autoridades dos países de origem desses animais para intensificar a repressão por lá e para conseguir facilidades para a repatriação dessas aves.

- Leia a matéria completa do Campo Grande News

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