Em “Para não dizer que acontece somente longe de casa...”, citei o tráfico de partes de tigres, principalmente para a China e Rússia. Nesse texto, aproximei as realidades das matanças de animais silvestres na África e no Brasil que, apesar de contextos diferentes, têm nos grandes felinos preciosas vítimas. Como li e guardei algumas matérias sobre o assunto, resolvi apresentar um pouco das informações que chegaram à imprensa brasileira.
Atualmente, partes de tigres, como peles e garras, são bastante valiosas na China – de acordo com matérias veiculadas nos suplementos do The New York Times publicados em 22 de fevereiro e 22 de março de 2010 na Folha de S. Paulo. Cada pele chega a custar US$ 20 mil e uma pata US$ 1.000. O comércio ilegal e lucrativo tem causado a queda da população mundial desses animais, estimada em 1.400 animais (metade da registrada há 10 anos e uma pequena fração dos 100 mil que viviam na Ásia no início do século 20).
Em recente matéria publicada pela revista Terra da Gente (“Imperador Ameaçado”), edição de novembro de 2010, a situação dos tigres é um pouco melhor: seriam 3.200 animais livres na natureza (havendo apenas mil fêmeas prontas para reprodução) – dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).
Além da óbvia redução do hábitat promovida pela ocupação humana, a pressão sobre as seis subespécies não extintas (outras três já não existem mais – tigre-de-bali, tigre-de-java e tigre-do-cáspio ou tigre-presa) é muito motivada pela seguinte anatomia da medicina tradicional e da evocação por proteção sobrenatural:
- bigodes: em Sumatra, acredita-se que trazem boa sorte e protegem contra maldições;
- caninos: usados em joias para atrair sorte e proteção;
- cauda: usada para tratar doenças de pele na China;
- olhos: usados para tratar epilepsia;
- ossos: usados na medicina chinesa;
- osso da pata dianteira direita: em Sumatra, é usado para tratar dores de cabeça;
- patas: adornadas com ouro para atrair sorte e proteção (Sumatra);
- pênis: acredita-se que promova virilidade e vitalidade, sendo muitas vezes imerso em tônicos ou em álcool (China);
- peles: pequenos pedaços são usados para a proteção contra magia negra e xamãs podem usá-las para fazer feitiços (Sumatra). No Tibete, a pele serve para fazer roupas cerimoniais.
Para quem deseja saber mais sobre a questão do tráfico de animais na Ásia, recomendo a matéria "O tráfico da vida", publicada na edição de janeiro de 2010 da National Geographic Brasil.
Atualmente, partes de tigres, como peles e garras, são bastante valiosas na China – de acordo com matérias veiculadas nos suplementos do The New York Times publicados em 22 de fevereiro e 22 de março de 2010 na Folha de S. Paulo. Cada pele chega a custar US$ 20 mil e uma pata US$ 1.000. O comércio ilegal e lucrativo tem causado a queda da população mundial desses animais, estimada em 1.400 animais (metade da registrada há 10 anos e uma pequena fração dos 100 mil que viviam na Ásia no início do século 20).
Foto: site www.imagensgratis.com.br
Em recente matéria publicada pela revista Terra da Gente (“Imperador Ameaçado”), edição de novembro de 2010, a situação dos tigres é um pouco melhor: seriam 3.200 animais livres na natureza (havendo apenas mil fêmeas prontas para reprodução) – dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).
Além da óbvia redução do hábitat promovida pela ocupação humana, a pressão sobre as seis subespécies não extintas (outras três já não existem mais – tigre-de-bali, tigre-de-java e tigre-do-cáspio ou tigre-presa) é muito motivada pela seguinte anatomia da medicina tradicional e da evocação por proteção sobrenatural:
- bigodes: em Sumatra, acredita-se que trazem boa sorte e protegem contra maldições;
- caninos: usados em joias para atrair sorte e proteção;
- cauda: usada para tratar doenças de pele na China;
- olhos: usados para tratar epilepsia;
- ossos: usados na medicina chinesa;
- osso da pata dianteira direita: em Sumatra, é usado para tratar dores de cabeça;
- patas: adornadas com ouro para atrair sorte e proteção (Sumatra);
- pênis: acredita-se que promova virilidade e vitalidade, sendo muitas vezes imerso em tônicos ou em álcool (China);
- peles: pequenos pedaços são usados para a proteção contra magia negra e xamãs podem usá-las para fazer feitiços (Sumatra). No Tibete, a pele serve para fazer roupas cerimoniais.
Para quem deseja saber mais sobre a questão do tráfico de animais na Ásia, recomendo a matéria "O tráfico da vida", publicada na edição de janeiro de 2010 da National Geographic Brasil.
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