28 de abril – Dia Nacional da Caatinga. Bioma exclusivamente brasileiro que ocupa cerca de 850 mil Km² nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. De acordo com estudos da ONG Conservação Internacional (CI), foram registradas na região, até agora, 932 espécies de plantas, 187 de abelhas, 240 de peixes, 167 de répteis e anfíbios, 510 de aves e 148 de mamíferos.
Foto: Hugo Macedo
"Como 47% da área ainda não foram investigados e 80% permanecem ainda subamostrada, o número total da biodiversidade da região deve ser maior. Apesar de sua importância ambiental e social, o bioma tem sido relegado no que diz respeito a políticas públicas que garantam sua conservação e proteção.
As áreas originais remanescentes se encontram muito fragmentadas, o que dificulta a reconstituição natural do bioma. Do total de unidades de conservação (UCs) na Caatinga, apenas 1% é área de proteção integral (como parques, estações ecológicas e reservas biológicas, por exemplo). Dos 13 principais tipos de vegetação reconhecidos no bioma, quatro ainda não estão representados em nenhum tipo de UC.” (texto do Ministério do Meio Ambiente - que admite não dar a atenção necessária ao bioma)
No Congresso Nacional tramita a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 115/95, que transforma tanto a Caatinga como o Cerrado em patrimônios nacionais, garantindo maior proteção aos dois biomas. Durante a audiência pública para lembrar a data, realizada ontem, 28 de abril, na Câmara dos Deputados, foram apresentados números que revelam que 2,8 mil Km² do bioma são transformados em lenha anualmente no segundo mais ameaçado do País. O total equivale a 40% da matriz energética da região, uma das mais sujas do Brasil.
O Dia Nacional da Caatinga foi instituído por decreto presidencial, assinado no ano de 2003, em homenagem ao ambientalista e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco, João Vasconcelos Sobrinho, pioneiro na área dos estudos ambientais no Brasil e considerado uma das maiores autoridades em ecologia da América Latina. Ele nasceu em 28 de abril de 1908 e faleceu em 1989.
Ararinha-azul
Em 8 de abril, publiquei aqui no FAUNA NEWS “Rio”: desenho sobre a ararinha-azul Blu tem como pano de fundo o tráfico de animais silvestres”, em que destacava a animação “Rio”. O desenho conta a história de Blu, que foi vítima de traficantes de animais.
Imagem: Divulgação
Pois a ararinha-azul é uma espécie endêmica (que só existe em determinado local) da Caatinga e que está extinta na natureza (algumas dezenas vivem em cativeiro). O desaparecimento da ave ocorreu em virtude da destruição de seu hábitat (a caatinga baiana, desde o extremo norte da Bahia até o sul do rio São Francisco) e, principalmente, pela ação de traficantes de animais. Do texto que escrevi sobre o desenho “Rio”, destaco:
“Aqueles que não querem ser um mero espectador-ingênuo devem saber o seguinte: a espécie Cyanopsitta spixii foi considerada extinta na natureza pelo Ibama em 2000. O desaparecimento da ave ocorreu em virtude da destruição de seu hábitat (caatinga baiana, desde o extremo norte da Bahia até o sul do rio São Francisco) e, principalmente, pela ação de traficantes de animais. A ararinha-azul era uma espécie endêmica brasileira, isto e, que só existia no Brasil.
“Trata-se de uma ave diferente das outras araras, apresentando tonalidades de azul acinzentado no corpo escurecendo em direção à cauda, cabeça acinzentada, bico menor e mais delicado. Possui ainda, uma faixa de pele nua de cor cinza, que vai da parte superior do bico até os olhos, como uma máscara. Estas características a tornam muito cobiçada como ave ornamental.” (texto do site da Fundação Parque Zoológico de São Paulo)”
- Releia o texto do FAUNA NEWS: “Rio”: desenho sobre a ararinha-azul Blu tem como pano de fundo o tráfico de animais silvestres.
- Saiba mais sobre a Caatinga (blog do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga PE).
- Assista ao relato do fotógrafo especializado em registrar a natureza, Luiz Claudio Marigo, sobre como fotografou, em 1990, a última ararinha-azul avistada no Brasil:
Foto: Hugo Macedo
"Como 47% da área ainda não foram investigados e 80% permanecem ainda subamostrada, o número total da biodiversidade da região deve ser maior. Apesar de sua importância ambiental e social, o bioma tem sido relegado no que diz respeito a políticas públicas que garantam sua conservação e proteção.
As áreas originais remanescentes se encontram muito fragmentadas, o que dificulta a reconstituição natural do bioma. Do total de unidades de conservação (UCs) na Caatinga, apenas 1% é área de proteção integral (como parques, estações ecológicas e reservas biológicas, por exemplo). Dos 13 principais tipos de vegetação reconhecidos no bioma, quatro ainda não estão representados em nenhum tipo de UC.” (texto do Ministério do Meio Ambiente - que admite não dar a atenção necessária ao bioma)
No Congresso Nacional tramita a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 115/95, que transforma tanto a Caatinga como o Cerrado em patrimônios nacionais, garantindo maior proteção aos dois biomas. Durante a audiência pública para lembrar a data, realizada ontem, 28 de abril, na Câmara dos Deputados, foram apresentados números que revelam que 2,8 mil Km² do bioma são transformados em lenha anualmente no segundo mais ameaçado do País. O total equivale a 40% da matriz energética da região, uma das mais sujas do Brasil.
O Dia Nacional da Caatinga foi instituído por decreto presidencial, assinado no ano de 2003, em homenagem ao ambientalista e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco, João Vasconcelos Sobrinho, pioneiro na área dos estudos ambientais no Brasil e considerado uma das maiores autoridades em ecologia da América Latina. Ele nasceu em 28 de abril de 1908 e faleceu em 1989.
Ararinha-azul
Em 8 de abril, publiquei aqui no FAUNA NEWS “Rio”: desenho sobre a ararinha-azul Blu tem como pano de fundo o tráfico de animais silvestres”, em que destacava a animação “Rio”. O desenho conta a história de Blu, que foi vítima de traficantes de animais.
Imagem: Divulgação
Pois a ararinha-azul é uma espécie endêmica (que só existe em determinado local) da Caatinga e que está extinta na natureza (algumas dezenas vivem em cativeiro). O desaparecimento da ave ocorreu em virtude da destruição de seu hábitat (a caatinga baiana, desde o extremo norte da Bahia até o sul do rio São Francisco) e, principalmente, pela ação de traficantes de animais. Do texto que escrevi sobre o desenho “Rio”, destaco:
“Aqueles que não querem ser um mero espectador-ingênuo devem saber o seguinte: a espécie Cyanopsitta spixii foi considerada extinta na natureza pelo Ibama em 2000. O desaparecimento da ave ocorreu em virtude da destruição de seu hábitat (caatinga baiana, desde o extremo norte da Bahia até o sul do rio São Francisco) e, principalmente, pela ação de traficantes de animais. A ararinha-azul era uma espécie endêmica brasileira, isto e, que só existia no Brasil.
“Trata-se de uma ave diferente das outras araras, apresentando tonalidades de azul acinzentado no corpo escurecendo em direção à cauda, cabeça acinzentada, bico menor e mais delicado. Possui ainda, uma faixa de pele nua de cor cinza, que vai da parte superior do bico até os olhos, como uma máscara. Estas características a tornam muito cobiçada como ave ornamental.” (texto do site da Fundação Parque Zoológico de São Paulo)”
- Releia o texto do FAUNA NEWS: “Rio”: desenho sobre a ararinha-azul Blu tem como pano de fundo o tráfico de animais silvestres.
- Saiba mais sobre a Caatinga (blog do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga PE).
- Assista ao relato do fotógrafo especializado em registrar a natureza, Luiz Claudio Marigo, sobre como fotografou, em 1990, a última ararinha-azul avistada no Brasil: