Não tinha como deixar de escrever sobre o que li hoje em alguns sites que noticiaram a apreensão, no Gabão, de cabeças e mãos de chimpanzés e um gorila, além de peles de leopardos, leão, couros de cobra e rabos de elefantes. Resultado de uma operação das autoridades daquele país africano, o "material" apreendido seria consequência do hábito de comunidades em se alimentarem de carne de animais silvestres e de utilizarem partes dos espécimes (como as cabeças e as mãos) em rituais de magia, como amuletos de boa sorte ou na medician tradicional.
Em parte, as informações procedem. Mas creio que as peles de leopardos devam ter outro fim - não abordado nas matérias que li. Arrisco eu que possam ser utilizadas como ornamentos, como aconttece com os tigres asiáticos.
Mas para não dizer que esse tipo de aberração acontece somente longe de casa, em países da Ásia ou África, vamos relembrar alguns fatos. Em julho de 2010, a Polícia Federal e o Ibama realizaram a Operação Jaguar, que desarticulou uma quadrilha que promovia caçadas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, promovendo a morte de grandes felinos, como onças pintadas, pardas e pretas. Pior do que a matança justificada para alimentação ou ritual religioso é a matança para entretenimento (safáris)- como o caso registrado no Brasil.
Relembre da Operação Jaguar.
Aproveito a oportunidade para apresentar alguns números que podem ajudar a contextualizar um pouco o tráfico de animais silvestres (incluindo seus subprodutos, como peles e garras):
- Terceira atividade ilegal mais rentável do mundo (atrás do tráfico de drogas e do comércio ilegal de armas): entre 10 e 20 bilhões de dólares por ano, sendo o Brasil responsável por uma fatia que varia de 5% a 15% do total;
- Segunda causa da perda de biodiversidade (atrás da perda de habitat);
- Dependendo da fonte consultada, o número de animais silvestres retirados da natureza no Brasil, por ano, é 12 milhões ou 38 milhões;
- Entre 60% e 70% do comércio ilegal de animais silvestres no Brasil é voltado para abastecer o mercado interno: estima-se que de dois a quatro milhões de animais silvestres vivam em cativeiros particulares;
- Estima-se que 95% do comércio de animais silvestres no Brasil seja ilegal;
- Há pesquisas que apontam haver 60 milhões de brasileiros criando espécimes da fauna nativa em suas residências.
Em parte, as informações procedem. Mas creio que as peles de leopardos devam ter outro fim - não abordado nas matérias que li. Arrisco eu que possam ser utilizadas como ornamentos, como aconttece com os tigres asiáticos.
Mas para não dizer que esse tipo de aberração acontece somente longe de casa, em países da Ásia ou África, vamos relembrar alguns fatos. Em julho de 2010, a Polícia Federal e o Ibama realizaram a Operação Jaguar, que desarticulou uma quadrilha que promovia caçadas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, promovendo a morte de grandes felinos, como onças pintadas, pardas e pretas. Pior do que a matança justificada para alimentação ou ritual religioso é a matança para entretenimento (safáris)- como o caso registrado no Brasil.
Peles apreendidas na Operação Jaguar
Foto: Divulgação Polícia Federal
Leia os detalhes do caso africano na matéria de O Estado de S. Paulo e da BBC.Relembre da Operação Jaguar.
Aproveito a oportunidade para apresentar alguns números que podem ajudar a contextualizar um pouco o tráfico de animais silvestres (incluindo seus subprodutos, como peles e garras):
- Terceira atividade ilegal mais rentável do mundo (atrás do tráfico de drogas e do comércio ilegal de armas): entre 10 e 20 bilhões de dólares por ano, sendo o Brasil responsável por uma fatia que varia de 5% a 15% do total;
- Segunda causa da perda de biodiversidade (atrás da perda de habitat);
- Dependendo da fonte consultada, o número de animais silvestres retirados da natureza no Brasil, por ano, é 12 milhões ou 38 milhões;
- Entre 60% e 70% do comércio ilegal de animais silvestres no Brasil é voltado para abastecer o mercado interno: estima-se que de dois a quatro milhões de animais silvestres vivam em cativeiros particulares;
- Estima-se que 95% do comércio de animais silvestres no Brasil seja ilegal;
- Há pesquisas que apontam haver 60 milhões de brasileiros criando espécimes da fauna nativa em suas residências.
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