Arataca é sinônimo de "arapuca", armadilha utilizada para captura de animais silvestres. Com esse nome, policiais federais, militares ambientais de São Paulo e fiscais do Ibama batizaram uma operação que apreendeu, em 30 de agosto de 2011, 358 aves e um filhote de jiboia nos estados de São Paulo e Minas Gerias.
Duas pessoas foram presas e serão por crime ambiental, falsificação de selo público (por causa de anilhas falsas e adulteradas) e formação de quadrilha. Como sempre acontece nesses casos, os suspeitos permanecem livres, afinal, manter animais silvestres em cativeiro, ou comercializá-los, sem autorização legal é crime de menor potencial ofensivo.
A operação contou com a participação de cerca de 130 policiais federais e ambientais, além de servidores do IBAMA. Os 38 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça federal foram cumpridos em 19 cidades nas circunscrições das Delegacias de Polícia Federal em Jales (SP), Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG).
“As investigações tiveram início há alguns meses quando a PF teve conhecimento de que o grupo investigado estava capturando irregularmente grande quantidade de animais silvestres nas matas localizadas na região de Jales e outros municípios do estado de São Paulo. O objetivo do grupo era comercializar ilicitamente tais animais. Além disso, para conferir um aspecto de legalidade ao transporte, posse e comércio de pássaros, as quadrilhas falsificavam ou adulteravam as anilhas fornecidas pelo Ibama, o que configura o crime de falsificação de selo ou sinal público.
Após alguns meses de investigação foi possível constatar a existência de um grupo que atua na região de Jales (SP) e Santa Fé do Sul (SP) e outro grupo que age na região de Sorocaba/SP. As quadrilhas contam com intermediadores que realizam o comércio e a transferência irregular de anilhas e pássaros; outros indivíduos fabricam e adulteram as anilhas; e finalmente, criadores autorizados pelo IBAMA, que também possuem em seu criadouro pássaros com anilhas falsificadas às quais são colocadas em aves capturadas ilicitamente na natureza, também fazem parte do grupo investigado.” – texto do site da Polícia Federal
Durante as buscas, os policiais encontraram 15 armadilhas e cerca de 100 anilhas avulsas com sinais de adulteração.
De acordo com pesquisa da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), 82% doas animais traficados no Brasil são aves, principalmente da ordem passeriforme. Vale destacar também que, entre 60% e 70% dessa atividade criminosa é para abastecer a demanda nacional.
Vamos então simplificar: os próprios brasileiros incentivam o tráfico de animais; crime que só perde para a perda de hábitat como causa da extinção de espécies.
Agora, se você pensa que a apreensão desses animais significa que os mesmos estão salvos do cativeiro. Engano. Esses bichos serão encaminhados para Centros de Triagem de Animais Silvestres do Ibama ou criadouros cadastrados pelo órgão federal, onde, em tese, deveriam ser reabilitados para vida livre.
Quantos animais você acha que superam essa jornada toda e voltam para seus hábitats? Isso mesmo: uma minoria.
- Leia o texto de divulgação da Polícia Federal.
- Leia a matéria do site tn.temmais.com.
- Conheça a Renctas.
Assista à matéria da TV TEM sobre a Operação Arataca:
Duas pessoas foram presas e serão por crime ambiental, falsificação de selo público (por causa de anilhas falsas e adulteradas) e formação de quadrilha. Como sempre acontece nesses casos, os suspeitos permanecem livres, afinal, manter animais silvestres em cativeiro, ou comercializá-los, sem autorização legal é crime de menor potencial ofensivo.
Foto: Divulgação / Polícia Federal
A operação contou com a participação de cerca de 130 policiais federais e ambientais, além de servidores do IBAMA. Os 38 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça federal foram cumpridos em 19 cidades nas circunscrições das Delegacias de Polícia Federal em Jales (SP), Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG).
“As investigações tiveram início há alguns meses quando a PF teve conhecimento de que o grupo investigado estava capturando irregularmente grande quantidade de animais silvestres nas matas localizadas na região de Jales e outros municípios do estado de São Paulo. O objetivo do grupo era comercializar ilicitamente tais animais. Além disso, para conferir um aspecto de legalidade ao transporte, posse e comércio de pássaros, as quadrilhas falsificavam ou adulteravam as anilhas fornecidas pelo Ibama, o que configura o crime de falsificação de selo ou sinal público.
Após alguns meses de investigação foi possível constatar a existência de um grupo que atua na região de Jales (SP) e Santa Fé do Sul (SP) e outro grupo que age na região de Sorocaba/SP. As quadrilhas contam com intermediadores que realizam o comércio e a transferência irregular de anilhas e pássaros; outros indivíduos fabricam e adulteram as anilhas; e finalmente, criadores autorizados pelo IBAMA, que também possuem em seu criadouro pássaros com anilhas falsificadas às quais são colocadas em aves capturadas ilicitamente na natureza, também fazem parte do grupo investigado.” – texto do site da Polícia Federal
Durante as buscas, os policiais encontraram 15 armadilhas e cerca de 100 anilhas avulsas com sinais de adulteração.
De acordo com pesquisa da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), 82% doas animais traficados no Brasil são aves, principalmente da ordem passeriforme. Vale destacar também que, entre 60% e 70% dessa atividade criminosa é para abastecer a demanda nacional.
Vamos então simplificar: os próprios brasileiros incentivam o tráfico de animais; crime que só perde para a perda de hábitat como causa da extinção de espécies.
Agora, se você pensa que a apreensão desses animais significa que os mesmos estão salvos do cativeiro. Engano. Esses bichos serão encaminhados para Centros de Triagem de Animais Silvestres do Ibama ou criadouros cadastrados pelo órgão federal, onde, em tese, deveriam ser reabilitados para vida livre.
Quantos animais você acha que superam essa jornada toda e voltam para seus hábitats? Isso mesmo: uma minoria.
- Leia o texto de divulgação da Polícia Federal.
- Leia a matéria do site tn.temmais.com.
- Conheça a Renctas.
Assista à matéria da TV TEM sobre a Operação Arataca: