O tráfico da fauna silvestre brasileira normalmente é acompanhado pela imprensa e a população até o ponto da apreensão dos animais pelos órgãos de fiscalização. Divulga-se um pouco do problema da exploração das comunidades que vivem em regiões pobres do país, com destaque para as localizadas na caatinga, no cerrado e na amazônia; bastante sobre as operações de repressão que resultam nas apreensões e quase nada sobre o que acontece após essa última etapa.
O site Olhar Direto, de Mato Grosso, veiculou uma matéria sobre a soltura de 17 araras que foram, há dois anos, apreendidas em São Paulo. Na matéria Araras apreendidas do tráfico de animais são devolvidas à natureza, do repórter Lucas Bólico, apresenta-se um pouco da dimensão desse problema:
“O veterinário e chefe do Núcleo de Fauna e Pesca do Ibama, Cesar Soares, explica que estas aves foram apreendidas no estado de São Paulo e submetidas a exames e processos de reabilitação para poderem regressar à natureza. O custo para a recuperação de cada animal é alto. “Só para os exames, são gastos em média R$ 700,00 por animal, isso sem falar em alimentação e etc.”, conta.”
O site Olhar Direto, de Mato Grosso, veiculou uma matéria sobre a soltura de 17 araras que foram, há dois anos, apreendidas em São Paulo. Na matéria Araras apreendidas do tráfico de animais são devolvidas à natureza, do repórter Lucas Bólico, apresenta-se um pouco da dimensão desse problema:
“O veterinário e chefe do Núcleo de Fauna e Pesca do Ibama, Cesar Soares, explica que estas aves foram apreendidas no estado de São Paulo e submetidas a exames e processos de reabilitação para poderem regressar à natureza. O custo para a recuperação de cada animal é alto. “Só para os exames, são gastos em média R$ 700,00 por animal, isso sem falar em alimentação e etc.”, conta.”
Momento da soltura das araras
Foto: Lucas Bólico/Olhar DiretoA falta de estrutura, tanto da União quanto nos Estados para o recebimento, recuperação e posterior envio para soltura (quando é possível) de animais vítimas do tráfico em seu hábitat está escancarada. A maioria dos centros que recebem os espécimes transforma-se, com o passar do tempo, depósitos de animais.
Enquanto não existirem políticas públicas realmente consistentes que abordem o problema do tráfico de animais com seriedade, principalmente na abordagem do período pós-apreensão, continuaremos a ver apenas 17 araras retornando para a natureza. Apesar de o fato noticiado pelo Olhar Direto ser maravilhoso, quantos milhares de animais silvestres (principalmente pássaros) são apreendidos e ficam amontoados em centros sem infraestrutura ou entregues para criadouros conservacionistas que, muitas vezes, estão também envolvidos na rede do tráfico?
Alguém pode me dizer quantos animais são devolvidos para a natureza após serem apreendidos? Garanto ser um percentual mínimo.
1 comentários:
Muito bom o seu blog, parabéns.
Sobre o problema da reitrodução de fauna e a crônica falta de infraestrutura,como contribuição para diminuir o problema, estou implantando um projeto para a implementação de áreas de soltura de aves, aqui na Serra da Mantiqueira, justamente em função do que vc aponta na reportagem, ibama como depósito de animais...Um abraço
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