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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Flórida (PR) novamente é destaque por manter silvestres em cativeiro

Flórida é um município do norte paranaense com pouco mais de três mil habitantes. Mesmo pequena, a cidade conseguiu aparecer na imprensa duas vezes por causa de problemas envolvendo animais silvestres.

Em 17 de abril de 2014, o Fauna News repercutiu uma notícia publicada pelo jornal O Diário (de Maringá – PR) em que um morador foi detido por manter um gato-maracajá em cativeiro em sua residência (post "Gato-maracajá resgatado no Paraná: a intenção era salvá-lo, mas depois veio o cativeiro"). O animal teria sido encontrado machucado há um ano e essa pessoa resolveu cuidar do felino. Apesar da boa intenção, houve erros nesse procedimento.

“A atitude de ajudar o gato-maracajá, encontrado ferido, é louvável, mas bastante perigosa da forma como foi feita. Ao encontrar qualquer silvestre ferido ou acuado em ambiente urbano, o correto é acionar a Polícia Militar Ambiental ou o Corpo de Bombeiros para que o resgate seja feito adequadamente. Dessa forma, evitam-se maiores danos ao animal, riscos de ferimentos às pessoas e se reduz a possibilidade de ocorrer a transmissão de qualquer zoonose (doença transmitida de animal para humano).

Para piorar o que começou com boa intenção, o morador de Flórida manteve o animal em cativeiro, criando o gato-maracajá como um bicho de estimação. Manter esse felino ou qualquer outro silvestre longe de seu hábitat impede que ele cumpra suas funções ecológicas (como controlar a população de outras espécies pela predação), essenciais para manter o ecossistema equilibrado.”
– texto do Fauna News
Novamente, Flórida voltou a ser notícia. O jornal O Diário, publicou em seu site em 17 de abril de 2014:

“Uma denúncia anônima resultou na apreensão de 18 pássaros silvestres na manhã de quarta-feira (16). A apreensão foi feita pela Polícia Militar Ambiental em uma casa no centro de Flórida (a 50 quilômetros de Maringá).

Aves foram apreendidas após denúncia anônima
Foto: Divulgação PM Ambiental PR

Segundo a polícia, os pássaros eram mantidos em gaiolas, sem autorização ambiental. Foram apreendidos aves das espécies Trinca Ferro, Coleirinha e Canário Terra.” – texto de O Diário

Com três mil moradores, não é tão difícil preparar um bom planejamento para conscientizar a população sobre os problemas do tráfico de animais e de manter os silvestres em cativeiro doméstico. Basta vontade do poder público, o empenho da prefeita Rosemery Aparecida Lavagnolli Molina, que com certeza teria o apoio da Polícia Militar Ambiental.

Prefeita, que tal pensar nisso?

- Leia a matéria completa de O Diário
- Releia o post “Gato-maracajá resgatado no Paraná: a intenção era salvá-lo, mas depois veio o cativeiro”, publicado em 17 de abril de 2014 pelo Fauna News

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Gato-maracajá resgatado no Paraná: a intenção era salvá-lo, mas depois veio o cativeiro

“A Polícia Militar Ambiental resgatou na manhã desta terça-feira (15) um filhote de gato-do-mato, da espécie Maracajá, que era criado como animal de estimação por um morador de Flórida (a 50 quilômetros de Maringá).

Filhote de gato-maracajá apreendido em Flórida
Foto: João Cláudio Fragoso
Segundo a polícia, que chegou até endereço após uma denúncia anônima, o homem de 45 anos - que não teve o nome divulgado - não tinha autorização do órgão ambiental para manter o animal silvestre em sua residência.

O morador, de acordo com o sargento Ivo Ferreira Barros, disse que encontrou o felino há cerca de um ano na rua e com a pata ferida. Penalizado, ele levou o animal para casa e passou a alimentá-lo com carne, mas negou que o mantivesse em cativeiro.”
– texto da matéria “Polícia resgata gato-do-mato de cativeiro em Flórida”, publicada em 15 de abril de 2014 pelo site do jornal O Diário (Maringá – PR)

A atitude de ajudar o gato-maracajá, encontrado ferido, é louvável, mas bastante perigosa da forma como foi feita. Ao encontrar qualquer silvestre ferido ou acuado em ambiente urbano, o correto é acionar a Polícia Militar Ambiental ou o Corpo de Bombeiros para que o resgate seja feito adequadamente. Dessa forma, evitam-se maiores danos ao animal, riscos de ferimentos às pessoas e se reduz a possibilidade de ocorrer a transmissão de qualquer zoonose (doença transmitida de animal para humano).

Para piorar o que começou com boa intenção, o morador de Flórida manteve o animal em cativeiro, criando o gato-maracajá como um bicho de estimação. Manter esse felino ou qualquer outro silvestre longe de seu hábitat impede que ele cumpra suas funções ecológicas (como controlar a população de outras espécies pela predação), essenciais para manter o ecossistema equilibrado.

O costume de criar silvestres como bichos de estimação é o grande motor do tráfico de animais. O mercado negro de fauna é responsável, segundo levantamento de 2001 da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), pela retirada de cerca de 38 milhões de animais da natureza do Brasil todos os anos (sem contar peixes e invertebrados).

- Leia a matéria completa de O Diário