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sexta-feira, 21 de março de 2014

Reflexão para o fim de semana: final feliz para a preguiça da ES-484

Preguiça foi solta na Reserva Florestal 
Três Pontões, em Afonso Cláudio
Foto: Divulgação PM Ambiental ES

“Pelo menos para esse animal silvestre o final foi feliz. Após encontrar um bicho-preguiça atravessando a Rodovia ES 484 correndo o risco de ser atropelado, o auxiliar administrativo de 31 anos, Julio Cesar Araujo, estacionou o seu veículo e retirou o animal da rodovia acionando a Polícia Militar Ambiental.

O cidadão seguia de Afonso Cláudio para o município de Laranja da Terra juntamente com a família, e sua atitude certamente salvou a vida do animal, conforme informações dos policiais que atenderam a ocorrência.

Uma equipe do BPMA rapidamente se dirigiu ao local e identificou o animal como uma preguiça-comum (Bradypus variegatus), pesando em torno de três quilos, mamífero típico das Américas do Sul e Central.”
– texto da Polícia Militar Ambiental do Espírito Santo divulgado em 20 de março de 2014

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Atropelamentos e captura ilegal de preguiças na BR-101 em Pernambuco

“Operação realizada na manhã desta terça (20) resgatou seis preguiças de uma mata localizada às margens da BR-101, no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. A ação foi deflagrada após a Coordenadoria de Defesa e Proteção dos Animais, da Secretaria de Meio Ambiente do município, receber denúncias de que moradores da região estavam capturando os animais e levando para casa, o que configura crime ambiental.

Preguiça com filhote sendo capturada
Foto: Valter Andrade/PMJG

De acordo com o coordenador de Defesa e Proteção dos Animais, Manoel Tabosa, a área habitada pelos bichos é bastante vulnerável. Alguns animais estavam tentando atravessar a rodovia, que corta a mata, e acabavam morrendo atropelados. "O local foi desmatado e ficou apenas um fragmento de mata, para onde eles migraram. A área foi desmatada para a construção de uma indústria, devidamente licenciada, mas causou um impacto não previsto", esclareceu. Duas fêmea capturadas na operação estavam esperando filhotes.”
– texto da matéria “Seis preguiças são resgatadas de área desmatada no Grande Recife”, publicada em 20 de agosto de 2013 pelo portal G1

Desmatamento para a construção de uma indústria. Rodovia fragmentando matas. Consequências: animais fugindo para uma pequena área ainda vegetadas, expostos à captura e aos atropelamentos.

‘"A informação que temos é que um estava atravessando a pista e foi levado por um motoqueiro. Outros quatro teriam sido atropelados, então é possível que só encontremos mais três. Estamos preparando a ação o mais rápido possível para evitar que a gente perca mais animais", lamentou Tabosa.’ – texto do portal G1

Animais serão levados para uma área protegida
Foto: Valter Andrade/PMJG

Toda essa estrutura do “progresso” humano passou por processos de licenciamento ambiental. E como explicar o tal “impacto não previsto”. Absurdo!

Provavelmente o processo de licenciamento, onde é feito levantamento de fauna e os possíveis impactos que pode sofrer, foi realizado com problemas.

“O licenciamento, tanto de rodovias em implantação quanto nas já operantes, ainda é frágil nas exigências de informações sobre esse tema. E isso ocorre tanto no tipo de informação requerida dos empreendedores quanto na qualidade da mesma”, afirma o biólogo Andreas Kindel, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coautor do Conecte – Guia de Procedimentos para Mitigação de Impactos de Rodovias sobre a Fauna. A obra, publicada na internet (www.lauxen.net/conecte), é uma síntese sobre os impactos na fauna e sobre como reduzir danos.”  - texto da matéria “Massacre nas estradas”, publicada em maio de 2013 pela revista Terra da Gente

Infelizmente, percebe-se que muitos órgãos ambientais, como secretarias estaduais e municipais, são grandes balcões de licenciamentos ambientais, onde o que importa é aprovar empreendimentos. O Brasil vive um momento de desenvolvimentismo mascarado, em que o poder público preocupa-se superficialmente com as questões ambientais.

- Leia a matéria completa do portal G1
- Leia a matéria da revista Terra da Gente