Agrotóxico. Essa é uma daquelas palavras que, independentemente do contexto em que é usada, causa reações negativas. Afinal, os produtos que ela representa são responsáveis por danos ambientais e doenças em trabalhadores rurais e nos consumidores dos alimentos produzidos com seu auxílio. Para as indústrias que os produzem o termo foi substituído pela expressão “defensivos agrícolas”.
Pois a utilização de agrotóxicos, tão polêmica e considerada essencial para a produção de alimentos em larga escala, agora passa a ser considerada uma alternativa para o combate de espécies da flora invasoras em unidades de conservação (UCs) – áreas especialmente protegidas, como estações ecológicas, parques, reservas biológicas e tantas outras categorias. A notícia foi publicada em 25 de abril pela Folha de S. Paulo (“Em nome da flora nativa, reservas se rendem a agrotóxico”).
Na matéria, a repórter Natália Cancian afirma que uma portaria do Ibama de maio de 2010 libera a aplicação de Glifosato, Imazapir e Triclopir Éster Butoxi Etílico para a proteção emergencial de florestas nativas. Em caso de algum tipo de contaminação, a autorização dada pode ser cancelada. E três unidades de conservação federais já estão fazendo aplicações experimentais desses produtos: o Parque Nacional de Aparados da Serra (RS/SC), o Parque Nacional das Emas (GO) – que está utilizando em áreas do entorno da unidade - e a Floresta Nacional do Bom Futuro (RO). Além dessas, há unidades estaduais do Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo que também estariam estudando a utilização de agrotóxicos.
Pois a utilização de agrotóxicos, tão polêmica e considerada essencial para a produção de alimentos em larga escala, agora passa a ser considerada uma alternativa para o combate de espécies da flora invasoras em unidades de conservação (UCs) – áreas especialmente protegidas, como estações ecológicas, parques, reservas biológicas e tantas outras categorias. A notícia foi publicada em 25 de abril pela Folha de S. Paulo (“Em nome da flora nativa, reservas se rendem a agrotóxico”).
Na matéria, a repórter Natália Cancian afirma que uma portaria do Ibama de maio de 2010 libera a aplicação de Glifosato, Imazapir e Triclopir Éster Butoxi Etílico para a proteção emergencial de florestas nativas. Em caso de algum tipo de contaminação, a autorização dada pode ser cancelada. E três unidades de conservação federais já estão fazendo aplicações experimentais desses produtos: o Parque Nacional de Aparados da Serra (RS/SC), o Parque Nacional das Emas (GO) – que está utilizando em áreas do entorno da unidade - e a Floresta Nacional do Bom Futuro (RO). Além dessas, há unidades estaduais do Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo que também estariam estudando a utilização de agrotóxicos.
As principais espécies invasoras que acabam “expulsando” as nativas e alterando o ecossistema local são a braquiária, o capim-gordura (ambos usados em pastagens), a castanheira e a ubá-do-japão. No total, existem 147 espécies exóticas (que não são originárias do Brasil) na flora brasileira. A engenheira florestal e diretora executiva do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental (que desenvolve vários projetos envolvendo espécies exóticas invasoras), Sílvia Ziller, afirma que o uso de agrotóxicos “são uma alternativa mais barata, eficiente e com menor impacto ambiental do que deixar espécies como a braquiárias se propagarem.” (texto da Folha de S. Paulo)
Mas qual a relação de tudo isso com a fauna para estar no FAUNA NEWS?
“Alguns dos diretores das reservas reconhecem que o produto pode afetar espécies nativas se a aplicação não for feita adequadamente.
Em 2007, uma pesquisa da USP mostrou que um agrotóxico aplicado nas cerca de 40 lavouras do entorno do Parque das Emas contaminava aves ameaçadas de extinção.” (texto da Folha de S. Paulo)
Gostaria de saber como os animais serão impedidos de se alimentarem ou terem contato com os agrotóxicos, mesmo que esses produtos sejam aplicados em locais pontuais e com total controle dos gestores das unidades de conservação. Creio ser inevitável que tais “defensivos agrícolas” entrem na cadeia alimentar das espécies protegidas em UCs. Vale o risco?
- Leia a matéria da Folha de S. Paulo.
- Conheça o Instituto Hórus.
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