Quando me sentei em frente ao computador para escrever o texto de hoje, já tinha um tema escolhido para abordar. Apesar de já ter estar com tudo definido para começar a produzir, como de costume resolvi dar uma olhada em alguns sites e me deparei com a notícia sobre uma onça-parda de aproximadamente 40 quilos encontrada atropelada em uma estrada do Mato Grosso do Sul. Quando policias chegaram ao local, além de constatarem a morte do felino, se depararam com a seguinte aberração: três patas foram retiradas do bicho, provavelmente – de acordo com os PMs - para serem guardadas como suvenires.
Lógico que mudei meus planos e fui atrás de mais detalhes sobre o ocorrido. As matérias completas podem ser lidas nos sites Campo Grande News e do jornal Correio do Estado.
Onça-parda encontrada sem as patas em estrada do MS
Foto: Divulgação Polícia Militar Ambiental do MS
Em 21 de janeiro, publiquei aqui no Fauna News o texto "Para não dizer que acontece somente longe de casa..." (releia o texto; acho que vale a pena). Relacionei uma apreensão de partes de animais silvestres (cabeças e mãos de chimpanzés e de um gorila, peles de felinos, couros de cobras e rabos de elefantes) feitas no Gabão com o resultado de uma operação da Polícia Federal brasileira e do Ibama que desarticulou, em junho de 2010, uma quadrilha que promovia safáris no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, promovendo a morte de grandes felinos, como onças-pintadas, pardas e pretas.
Como abordei recentemente esse tipo de atitude entre nós, brasileiros, não vou me estender. Independentemente da morte da onça-parda ter sido, quem sabe, acidental por consequência do atropelamento, a atitude de arrancar as patas do animal para serem usadas como souvenires reforça a constatação de que ainda temos um comportamento inaceitável diante do ocorrido.
Durante pesquisas para a elaboração de minha monografia ("O Tráfico de Animais Silvestres no Brasil: das Origens às Políticas Públicas de Combate") para a conclusão do curso de pós-graduação Lato Sensu em Meio Ambiente e Sociedade na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, registrei que durante os trinta primeiros anos do Brasil sob domínio de Portugal (século 16!!!), as naus da Metrópole costumavam levar do nosso território em seus porões cerca de três mil peles de onça-pintada e 600 papagaios.
Estamos em pleno século 21 e ainda mantemos comportamentos do século 16. Até quando?
Como abordei recentemente esse tipo de atitude entre nós, brasileiros, não vou me estender. Independentemente da morte da onça-parda ter sido, quem sabe, acidental por consequência do atropelamento, a atitude de arrancar as patas do animal para serem usadas como souvenires reforça a constatação de que ainda temos um comportamento inaceitável diante do ocorrido.
Durante pesquisas para a elaboração de minha monografia ("O Tráfico de Animais Silvestres no Brasil: das Origens às Políticas Públicas de Combate") para a conclusão do curso de pós-graduação Lato Sensu em Meio Ambiente e Sociedade na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, registrei que durante os trinta primeiros anos do Brasil sob domínio de Portugal (século 16!!!), as naus da Metrópole costumavam levar do nosso território em seus porões cerca de três mil peles de onça-pintada e 600 papagaios.
Estamos em pleno século 21 e ainda mantemos comportamentos do século 16. Até quando?
1 comentários:
Suvenir macabro!
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