sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Reflexão para o fim de semana: torcendo para não virar conhecimento de prateleira

Uma excelente pesquisa que determinou as diferenças genéticas entre três populações brasileiras de araras-azuis tem grande potencial de auxílio no mapeamento rotas do tráfico da espécie e, principalmente, na identificação da região de origem de algum animal apreendido para sua reintrodução na natureza.

“Uma pesquisa realizada no Instituto de Biociências (IB) da USP mostra que existem pelo menos três populações geneticamente distintas de araras-azuis (Anodorhynchus hyacinthinus) em território brasileiro. No Pantanal há dois grupos: norte e sul. O terceiro fica na região que compreende o norte do Brasil (sul do Pará) e o nordeste (região das Gerais: Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia). Os resultados do trabalho fornecem subsídios para o manejo adequado da espécie, além de dificultar a ação de traficantes de animais.


Foto: Projeto Arara Azul

“Se uma ave for apreendida nas mãos de traficantes, será possível, com base no estudo, determinar qual a probabilidade de a ave ter sido retirada de um desses locais e, com isso, fornecer elementos que ajudem a estabelecer a rota de tráfico”, aponta a bióloga Flávia Torres Presti, que realizou uma pesquisa de doutorado sobre o tema.” – texto da matéria “Arara-azul tem pelo menos três grupos distintos no Brasil”, publicada dia 4 de novembro de 2011 pela Agência USP de Notícias

Como muita pesquisa, no Brasil, não consegue ultrapassar os muros da universidades e chegar até o cotidiano, torço para que isso não acontece com o trabalho da bióloga Flávia Torres Presti.


Foto: Projeto Arara Azul

“A bióloga cita o exemplo de uma arara-azul apreendida com um traficante que relatou a polícia que trouxe a ave do Pantanal. “Pelas nossas análises verificamos que a probabilidade de arara-azul ter sido trazido do Pantanal era muito pequena. Os resultados da análise indicavam uma maior probabilidade de ela ter sido trazida de uma das duas outras áreas. Neste caso, a rota de tráfico utilizou os estados do norte e nordeste e depois se espalhou pelo Brasil”, conta Flávia. Segundo a bióloga, esse traficante já havia sido preso em várias regiões do país.” – texto da Agência USP de Notícias

- Leia a matéria completa da Agência USP de Notícias
- Conheça o Projeto Arara Azul
- Saiba mais sobre a arara-azul (com vídeo)

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