sexta-feira, 25 de março de 2011

Derrame de petróleo no mar – parte 2

Repercuti ontem o derrame de petróleo causado por um navio cargueiro na costa do arquipélago britânico de Tristão da Cunha, no Atlântico Sul. A consequência mais evidente do acidente está na ameaça à maior colônia mundial de pinguins-de-penacho-amarelo, espécie ameaçada de extinção. Cerca de 20 mil animais podem ser afetados, tanto que vários já foram recolhidos por estarem cobertos de óleo.

Não pude deixar de lembrar do acidente ocorrido com o petroleiro Exxon Valdez, no Alaska, em 1989, que derramou aproximadamente 40 milhões de litros de óleo no mar. Em uma matéria da revista Veja, de 2 de junho do ano passado ("Vitória da natureza"), afirma-se que os ecossistemas da região já estão praticamente regenerados e equilibrados – depois de 20 anos do desastre.


Ave coberta por petróleo no Alaska
Foto: AP
A notícia é boa e mostra a enorme capacidade da natureza em regenerar seu equilíbrio, mesmo com tantas ações negativas praticadas pelo homem. Mas o preço do desastre não pode ser esquecido: 250 mil aves e mamíferos morreram. Essa estimativa não incluía peixes e os seres vivos das profundezas do oceano.

Em outra reportagem, também da revista Veja (“O lixão dos mares”, da edição 2.071 de 30 de junho de 2008) os números são piores: 400 mil aves mortas, 300 focas, 21 orcas e bilhões de ovos de arenque e salmão (está na matéria secundária “O desastre saiu barato”).

A natureza triunfou, como destacou a matéria da Veja, mas o homem insiste em destruí-la, como foi destacado no texto do FAUNA NEWS de ontem.

Leia a matéria "Vitória da natureza"
Leia a matéria "O lixão dos mares"
Releia o texto do FAUNA NEWS de ontem - "Vinte mil pinguins estão ameaçados por derrame de petróleo no arquipélago de Tristão da Cunha"

1 comentários:

Karina Dubeux disse...

A Natureza triunfa algumas vezes, mas ela também sabe ficar furiosa quando o bicho homem a agride muito
e os papéis se invertem...