Muito se divulga sobre apreensões. São animais vítimas do tráfico, feridos ou órfãos que são resgatados diariamente e levados para centros de triagem ou instituições credenciadas para reabilitar e, futuramente, com muito trabalho, devolvê-las à natureza. O trabalho de soltura, resultado de uma árdua jornada de tantos profissionais, é pouco conhecido. Mas existe...
“O mundo de Piti, Negão, Alagoilton, Jovenal e Benguela deixou de ser um pequeno curral fluvial para se transformar numa vastidão de água com plantas aquáticas fartas. No início da tarde do último sábado (18), os cinco peixes-bois saíram do cativeiro de 8x4 metros de largura e 1,5 de profundidade no Lago Amanã, no município de Maraã (a 634 quilômetros de Manaus), para retornar ao ambiente natural.
Os animais estavam há quatro anos no Centro de Reabilitação de Peixe-Boi Amazônico de Base Comunitária do Instituto Mamirauá, o Centrinho, recebendo acompanhamento e tratamento de pesquisadores do órgão de pesquisa Instituto de Desenvolvimento Mamirauá e carinho de comunitários que se apegaram aos animais de tal forma, que muitos deles não conseguiam esconder sua tristeza pela separação no dia da soltura.” – texto da matéria “Após quatro anos no cativeiro, cinco peixes-bois vítimas da caça retornam à natureza”, publicada pelo jornal A Crítica (AM) em 21 de agosto de 2012
Agora, o lar desses animais são os igarapés e lagos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, entre os municípios de Tefé e Maraã, vizinha da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na região do Médio Rio Solimões, no Amazonas.
Mas o trabalho não acaba por aí. Com a soltura, inicia-se o monitoramento (dois anos) dos peixes-bois, essencial para verificar se o trabalho foi bem sucedido ou se os animais ainda precisarão de alguma assistência.
Esse tipo de trabalho tem de ter uma ação educativa paralela, afinal os animais são vítimas da ação humana, que deve ser corrigida. Com a história de cada um dos peixes-bois, você fica sabendo o porquê deles terem ficado quatro anos em cativeiro e o motivo para serem feitas ações de conscientização em comunidades.
“Piti – Foi o primeiro a chegar no Centrinho, mas antes passou uma temporada em Tefé, até ser levado para o Lago Amanã. Piti havia sido atingido por arpão. É considerado o peixe-boi mais tranquilo do grupo adulto. Tem cinco anos.
Alagoilton – É o peixe-boi mal humorado. Tem aproximadamente quatro anos. Estava em poder de um comerciante que havia comprado o animal em uma feira, em Tefé. Ele doou o animal para o Instituto Mamirauá. Alagoilton sempre foi genioso o único que nunca aceitou a mamadeira. O leite era dado por meio de uma sonda esofágica.
Negão – Estava sendo criado por uma família de comunidade indígena, após ser encontrado em um lago, meio encalhado. Sua origem, porém, é incerta. O animal foi resgatado por fiscais do Ibama, que o encaminharam para o Mamirauá. Tem aproximadamente três anos.
Benguela e a Jovenal – Chegaram juntos, após serem resgatados em locais distintos. Benguela teve um grave ferimento nas costas, mas recuperou a saúde. Jovenal foi encontrado preso em uma rede de pescador e escapou do abate.” – texto de A Crítica
- Leia a matéria completa de A Crítica
“O mundo de Piti, Negão, Alagoilton, Jovenal e Benguela deixou de ser um pequeno curral fluvial para se transformar numa vastidão de água com plantas aquáticas fartas. No início da tarde do último sábado (18), os cinco peixes-bois saíram do cativeiro de 8x4 metros de largura e 1,5 de profundidade no Lago Amanã, no município de Maraã (a 634 quilômetros de Manaus), para retornar ao ambiente natural.
Um dos peixes-bois que foram soltos
Foto: Divulgação Petrobras
Os animais estavam há quatro anos no Centro de Reabilitação de Peixe-Boi Amazônico de Base Comunitária do Instituto Mamirauá, o Centrinho, recebendo acompanhamento e tratamento de pesquisadores do órgão de pesquisa Instituto de Desenvolvimento Mamirauá e carinho de comunitários que se apegaram aos animais de tal forma, que muitos deles não conseguiam esconder sua tristeza pela separação no dia da soltura.” – texto da matéria “Após quatro anos no cativeiro, cinco peixes-bois vítimas da caça retornam à natureza”, publicada pelo jornal A Crítica (AM) em 21 de agosto de 2012
Agora, o lar desses animais são os igarapés e lagos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, entre os municípios de Tefé e Maraã, vizinha da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na região do Médio Rio Solimões, no Amazonas.
Mas o trabalho não acaba por aí. Com a soltura, inicia-se o monitoramento (dois anos) dos peixes-bois, essencial para verificar se o trabalho foi bem sucedido ou se os animais ainda precisarão de alguma assistência.
Peixes-bois sendo preparados para soltura
Foto: Divulgação Petrobras
Esse tipo de trabalho tem de ter uma ação educativa paralela, afinal os animais são vítimas da ação humana, que deve ser corrigida. Com a história de cada um dos peixes-bois, você fica sabendo o porquê deles terem ficado quatro anos em cativeiro e o motivo para serem feitas ações de conscientização em comunidades.
“Piti – Foi o primeiro a chegar no Centrinho, mas antes passou uma temporada em Tefé, até ser levado para o Lago Amanã. Piti havia sido atingido por arpão. É considerado o peixe-boi mais tranquilo do grupo adulto. Tem cinco anos.
Alagoilton – É o peixe-boi mal humorado. Tem aproximadamente quatro anos. Estava em poder de um comerciante que havia comprado o animal em uma feira, em Tefé. Ele doou o animal para o Instituto Mamirauá. Alagoilton sempre foi genioso o único que nunca aceitou a mamadeira. O leite era dado por meio de uma sonda esofágica.
Negão – Estava sendo criado por uma família de comunidade indígena, após ser encontrado em um lago, meio encalhado. Sua origem, porém, é incerta. O animal foi resgatado por fiscais do Ibama, que o encaminharam para o Mamirauá. Tem aproximadamente três anos.
Benguela e a Jovenal – Chegaram juntos, após serem resgatados em locais distintos. Benguela teve um grave ferimento nas costas, mas recuperou a saúde. Jovenal foi encontrado preso em uma rede de pescador e escapou do abate.” – texto de A Crítica
- Leia a matéria completa de A Crítica
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