quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ex-delegado com animais em cativeiro. Vai dizer que ele não sabia que era crime?

O hábito de manter animais silvestres em cativeiro é encontrado em qualquer classe social, envolvendo pessoas com pouca instrução e gente culta.

“O ex-chefe do departamento de Polícia Civil de Formiga, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, João Pedro de Rezende, será autuado por manter um leão e diversos animais silvestres em cativeiro sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma fazenda no município de Pains, Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Equipes do Ibama de Lavras e do Centro Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) foram até o local para apreender os animais nesta quarta-feira e constataram que o ex-delegado sumiu com o animal.

O leão não foi encontrado pelo Ibama
Foto: Estado de Minas

Segundo informações do Ibama, os animais foram encontrados por meio de uma denúncia encaminhada à corregedoria da Polícia Civil e ao Ministério Público. Em uma vistoria realizada no local há cerca de 15 dias, foram encontrados um leão, um tucano, dois pintassilgos, duas tartarugas e oito canários da terra. O delegado recebeu um prazo para apresentar a documentação legal que comprovasse a origem dos animais, mas ele não atendeu à determinação.”
– texto da matéria “Ex-delegado é autuado pelo Ibama por manter leão e animais silvestres em cativeiro”, publicada em 15 de maio de 2013 pelo site do jornal Estado de Minas

Além de algum nível cultural, o delegado aposentado com certeza conhece a Lei de Crimes Ambientais. Com certeza, ele sabe que estava cometendo um crime, que estava contribuindo com o tráfico de fauna. Ele, um dia, teve a obrigação de ter uma conduta exemplar. Afinal, era policial. Mas, mesmo enquanto estava na ativa...
Foto: site G37
“Não é a primeira vez que João Pedro de Rezende (foto ao lado) se envolve em um escândalo. Em 2012, ele e o filho dele, que também era investigador da Polícia Civil, foram afastados do cargo após serem denunciados pelo Ministério Público de Minas erais (MPMG) por participarem de uma quadrilha de venda de carteiras de habilitação. O esquema era feito desde 2006.

Nas apurações do MPMG, ficou claro que o delegado João Pedro utilizava sua influência junto à Polícia Judiciária para manter na banca examinadora o filho dele e os demais policiais envolvidos, mesmo sabendo do esquema de corrupção. Ele também exigia a aprovação dos candidatos que ele indicava e ameaçava os policiais que se recusavam a obedecer às ordens dos integrantes da quadrilha.”
– texto do Estado de Minas

- Leia a matéria completa do Estado de Minas

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