É consenso entre os especialistas que lutam pelo fim do tráfico de animais e do hábito de manter animais silvestres em cativeiro doméstico que, além da repressão e de uma legislação realmente punitiva, haja ações de educação ambiental. Principalmente para as crianças e adolescentes.
E as escolas podem ser um palco para o desenvolvimento desse tipo de atividade de conscientização. O ambiente de aprendizado é propício e há profissionais, como os professores de biologia, que podem ajudar bastante.
Mas nem sempre é isso que acontece.
“A Polícia Militar de Sergipe, através do Pelotão de Polícia Ambiental (PPAmb), apreendeu nove aves papa-capins, troféus e medalhas, durante um torneio de canto de pássaros ocorrido na manhã do domingo, 12, na Escola Estadual Nilson Socorro, no conjunto João Alves Filho, no município de Nossa Senhora do Socorro.
O material foi apreendido por volta das 9h, após denúncia da comunidade ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Além das aves silvestres, o PPAmb apreendeu no local armações para pendurar gaiolas e outros materiais, como pranchetas e fita zebrada, que estavam sendo usados no ‘IV Campeonato Sergipano de Capim de Fibra’. O evento tinha como objetivo avaliar competitivamente qual a ave que melhor cantava para o público estudantil.” – texto da matéria “PM apreende nove aves silvestres em Socorro”, publicada em 13 de maio de 2013 pelo site Infonet
O ocorrido na escola desse município sergipano é um exemplo de como a cultura de manter animais silvestres em cativeiro está enraizada na sociedade brasileira. Com certeza, muita gente não sabe que esse hábito, quando sem autorização do órgão ambiental (no caso, o Ibama) é crime e também faz parte de uma série de ações que causam desequilíbrios aos ecossistemas.
Mas tem gente que sabe que está errada.
“Com a chegada da equipe do Pelotão Ambiental, dezenas de pessoas fugiram, levando seus animais silvestres. Apenas duas aves das que permaneceram não foram apreendidas, em virtude de possuírem anilha – anel utilizado no pé da ave para identificar pássaros criados em cativeiro ou livres, regularizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).” – texto do Infonet
Cerca de 50 pessoas participavam do evento, um torneio de canto de pássaros da espécie papa-capim. O pior é saber que, de acordo com as pessoas ouvidas pelos policiais, “a direção da escola autorizara a realização do torneio, oferecendo, inclusive, a logística de pessoas e material para o referido evento.” (texto do Infonet)
Como construir uma nova realidade, um futuro sem a exploração animal e sem danos ao meio ambiente se no ambiente em que deveriam ocorrer ações positivas e educativas incentiva-se a manutenção do erro. Pior, incentiva-se o erro ao promover uma competição.
Que a Secretaria de Educação do estado de Sergipe tome providências. Que, apóe so erro, a direção da escola comece um trabalho com seus alunos para mudar essa realidade - afinal, 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza por ano, no Brasil, para abastecer o tráfico de fauna.
- Leia a matéria completa do Infonet
E as escolas podem ser um palco para o desenvolvimento desse tipo de atividade de conscientização. O ambiente de aprendizado é propício e há profissionais, como os professores de biologia, que podem ajudar bastante.
Mas nem sempre é isso que acontece.
“A Polícia Militar de Sergipe, através do Pelotão de Polícia Ambiental (PPAmb), apreendeu nove aves papa-capins, troféus e medalhas, durante um torneio de canto de pássaros ocorrido na manhã do domingo, 12, na Escola Estadual Nilson Socorro, no conjunto João Alves Filho, no município de Nossa Senhora do Socorro.
Gaiolas com as aves durante ação policial
Foto: Divulgação PM/SE
O material foi apreendido por volta das 9h, após denúncia da comunidade ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Além das aves silvestres, o PPAmb apreendeu no local armações para pendurar gaiolas e outros materiais, como pranchetas e fita zebrada, que estavam sendo usados no ‘IV Campeonato Sergipano de Capim de Fibra’. O evento tinha como objetivo avaliar competitivamente qual a ave que melhor cantava para o público estudantil.” – texto da matéria “PM apreende nove aves silvestres em Socorro”, publicada em 13 de maio de 2013 pelo site Infonet
O ocorrido na escola desse município sergipano é um exemplo de como a cultura de manter animais silvestres em cativeiro está enraizada na sociedade brasileira. Com certeza, muita gente não sabe que esse hábito, quando sem autorização do órgão ambiental (no caso, o Ibama) é crime e também faz parte de uma série de ações que causam desequilíbrios aos ecossistemas.
Mas tem gente que sabe que está errada.
“Com a chegada da equipe do Pelotão Ambiental, dezenas de pessoas fugiram, levando seus animais silvestres. Apenas duas aves das que permaneceram não foram apreendidas, em virtude de possuírem anilha – anel utilizado no pé da ave para identificar pássaros criados em cativeiro ou livres, regularizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).” – texto do Infonet
Cerca de 50 pessoas participavam do evento, um torneio de canto de pássaros da espécie papa-capim. O pior é saber que, de acordo com as pessoas ouvidas pelos policiais, “a direção da escola autorizara a realização do torneio, oferecendo, inclusive, a logística de pessoas e material para o referido evento.” (texto do Infonet)
Como construir uma nova realidade, um futuro sem a exploração animal e sem danos ao meio ambiente se no ambiente em que deveriam ocorrer ações positivas e educativas incentiva-se a manutenção do erro. Pior, incentiva-se o erro ao promover uma competição.
Que a Secretaria de Educação do estado de Sergipe tome providências. Que, apóe so erro, a direção da escola comece um trabalho com seus alunos para mudar essa realidade - afinal, 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza por ano, no Brasil, para abastecer o tráfico de fauna.
Fachada da escola sergipana
Foto: nilsonsocorro.blogspot.com.br
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