“Os membros do Parlamento Europeu votaram esta semana esmagadoramente a favor de tornar um requisito para os navios de pesca da UE apenas desembarcar tubarões com suas barbatanas ainda unidas ao corpo.
O tubarão morre afogado, comido por outros animais ou pela pressão das grandes profundidas
Desembarque tubarões inteiros efetivamente impede a prática de finning, que desperdiça tubarões no mar despejando os corpos de menor valor para o oceano. As barbatanas são destinadas principalmente para os mercados na Ásia, especialmente Hong Kong, onde a sopa de barbatana de tubarão é considerada uma iguaria.
Atualmente, os navios da União Europeia são responsável por 15% (aproximadamente um em sete) dos tubarões capturados em todo o mundo, tornando-se o maior coletor único de tubarões. Indonésia, com pouco mais de 13%, é a maior nação individual na captura de tubarões.” – texto da matéria “EU closes shark finning loophole” (União Europeia fecha brecha do finning – tradução livre), publicada pelo site da Traffic em 23 de novembro de 2012
A prática de cortar as barbatanas do tubarão e descartar o corpo de volta ao mar é conhecida como finning. A crueldade aumenta de proporção pelo fato de que o animal, muitas vezes, ainda está vivo, mas condenado a agonizar até a morte ou ser comido por outros peixes.
Com essa ação na Europa, que é um dos principais agentes do finning, espera-se que essa prática cruel e nada sustentável seja reduzida drasticamente. No Brasil, a mesma proibição foi determinada em setembro:
“Nessa semana foi aprovada, na Comissão Técnica de Gestão da Pesca (CTGP), a Instrução Normativa Interministerial (INI) que determinará no Brasil o desembarque dos tubarões e raias com todas as suas nadadeiras (barbatanas) naturalmente aderidas ao corpo. A INI deverá ser publicada nas próximas duas semanas. Significa dizer, após anos de luta, que conseguimos dar um duro golpe na prática do Finning no Brasil. Uma grande Vitória!
(...) Além de estabelecer que todos os tubarões e raias deverão ser desembarcados com todas as suas nadadeiras (barbatanas) naturalmente aderidas ao corpo, a Instrução Normativa Interministerial (INI) tratará de estabelecer novas (e mais efetivas) normas e procedimentos para o desembarque, transporte, armazenamento e comercialização de tubarões e raias, bem como de seus subprodutos, o que inclui as barbatanas.” – texto da matéria “Primeira Vitória para os Tubarões e Raias”, publicado em setembro de 2012 no site do Instituto Ecológico Aqualung
E tudo isso por causa de uma sopa, considerada uma iguaria na culinária de muitos países asiáticos.
- Leia o texto completo do Instituto Ecológico Aqualung
Foto: Thierry Minet
Desembarque tubarões inteiros efetivamente impede a prática de finning, que desperdiça tubarões no mar despejando os corpos de menor valor para o oceano. As barbatanas são destinadas principalmente para os mercados na Ásia, especialmente Hong Kong, onde a sopa de barbatana de tubarão é considerada uma iguaria.
Atualmente, os navios da União Europeia são responsável por 15% (aproximadamente um em sete) dos tubarões capturados em todo o mundo, tornando-se o maior coletor único de tubarões. Indonésia, com pouco mais de 13%, é a maior nação individual na captura de tubarões.” – texto da matéria “EU closes shark finning loophole” (União Europeia fecha brecha do finning – tradução livre), publicada pelo site da Traffic em 23 de novembro de 2012
Captura de tubarões pela Europa
Fonte: Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) publicados pela Traffic
A prática de cortar as barbatanas do tubarão e descartar o corpo de volta ao mar é conhecida como finning. A crueldade aumenta de proporção pelo fato de que o animal, muitas vezes, ainda está vivo, mas condenado a agonizar até a morte ou ser comido por outros peixes.
Com essa ação na Europa, que é um dos principais agentes do finning, espera-se que essa prática cruel e nada sustentável seja reduzida drasticamente. No Brasil, a mesma proibição foi determinada em setembro:
“Nessa semana foi aprovada, na Comissão Técnica de Gestão da Pesca (CTGP), a Instrução Normativa Interministerial (INI) que determinará no Brasil o desembarque dos tubarões e raias com todas as suas nadadeiras (barbatanas) naturalmente aderidas ao corpo. A INI deverá ser publicada nas próximas duas semanas. Significa dizer, após anos de luta, que conseguimos dar um duro golpe na prática do Finning no Brasil. Uma grande Vitória!
(...) Além de estabelecer que todos os tubarões e raias deverão ser desembarcados com todas as suas nadadeiras (barbatanas) naturalmente aderidas ao corpo, a Instrução Normativa Interministerial (INI) tratará de estabelecer novas (e mais efetivas) normas e procedimentos para o desembarque, transporte, armazenamento e comercialização de tubarões e raias, bem como de seus subprodutos, o que inclui as barbatanas.” – texto da matéria “Primeira Vitória para os Tubarões e Raias”, publicado em setembro de 2012 no site do Instituto Ecológico Aqualung
Barbatanas apreendidas em Ubatuba (SP) em maio de 2011
Foto: Divulgação Ibama
De acordo com o Instituto Ecológico Aqualung cerca de 70 milhões de tubarões são mortos todo ano para abastecer o lucrativo comércio mundial de nadadeiras de tubarão, do qual o Brasil e 120 outros países participam. Por aqui, 43% das espécies de tubarões estão ameaçadas de extinção. As populações de muitas espécies declinaram até 90% nos últimos 20 anos.E tudo isso por causa de uma sopa, considerada uma iguaria na culinária de muitos países asiáticos.
Restaurante na Tailândia
Foto: Revista Isto É
- Leia a matéria completa da Traffic (em inglês)- Leia o texto completo do Instituto Ecológico Aqualung
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