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quinta-feira, 28 de março de 2013

Aves, armas e drogas. Tudo junto e misturado no submundo do crime

Depois do caso da jaguatirica apreendida com suspeitos de tráfico de drogas em São Luís, no Maranhão, publicado pelo Fauna News em 26 de março de 2013 no post “Jaguatirica e cocaína”, agora é a vez de aves estarem no mesmo ambiente de armas e entorpecentes.

“Duzentas e setenta e oito aves foram apreendidas, nesta terça-feira (26), em um imóvel localizado no bairro do Curado II, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Os animais mantidos em cativeiro foram encontrados em operação realizada pela Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma). Nas buscas, os policiais detiveram uma mulher de 42 anos, que guardava três armas e pequenas quantidades de crack e maconha.

Parte das aves apreendias em Pernambuco
Foto: Divulgação Cipoma

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, a mulher vendia as aves em feiras de rua nos finais de semana. Com ela, foram apreendidos dois revólveres calibres 32 e 38, além de uma pistola 380. Policiais do 6º Batalhão e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) também participaram da ação.” – texto da matéria “Polícia apreende 278 aves mantidas em cativeiro em casa de Jaboatão, PE”, publicada em 26 de março de 2013 pelo portal G1

Na apreensão de Recife, ficou claro que os animais eram mercadorias – no caso da jaguatirica, o animal aparentemente era criado como bicho de estimação. Vale repetir o publicado no post da jaguatirica:

“Como os métodos para traficar drogas e animais (os utilizados como bichos de estimação, principalmente) são semelhantes e as rotas coincidem, há muitas quadrilhas que atuam nos dois ramos do crime. De acordo com a Renctas, em 2001 havia entre 350 e 400 quadrilhas organizadas no comércio ilegal de fauna silvestre, sendo que, desse total, cerca de 40% possuem ligação com outras atividades ilegais.”

E, assim como ocorre com o tráfico de drogas, a repressão não acabará com o mercado ilegal de animais. Em ambos os casos, ações para a redução da demanda são essenciais. No caso dos animais, educação ambiental é necessária.

- Leia a matéria completa do G1
- Releia “Jaguatirica e cocaína”, publicado pelo Fauna News em 26 de março de 2013

terça-feira, 26 de março de 2013

Jaguatirica e cocaína

“Uma jaguatirica estava vivendo dentro de uma jaula, em São Luís, no Barreto. O animal silvestre foi descoberto na casa de um suspeito de traficar drogas no bairro, durante uma operação montada para o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão. Três pessoas foram presas suspeitas de tráfico de drogas.

Jaguatirica apreendida com suspeito de tráfico de drogas
Foto: Baiman Prado/O Estado

(...)Na casa de um dos suspeitos, uma jaguatirica, com aproximadamente um ano, foi encontrada. “O animal, que apesar do porte ser pequeno, os animais subestimam. Mas é um animal que tem grande força, agilidade e acabam causando acidentes quando não é dado o devido cuidado”, explicou o cabo Campos, do Corpo de Bombeiros. O animal, nativo da floresta amazônica, foi levado para o centro de triagem de animais silvestres.”
– texto da matéria “Jaguatirica é apreendida durante operação no Barreto, em São Luís”, publicada em 22 de março de 2013 pelo portal G1 Maranhão

O felino era criado em uma jaula
Imagem: Reprodução TV Mirante

Durante essa operação, foram apreendidos 110 gramas de cocaína. Um dos trabalhos da polícia é investigar a origem da droga, tentando identificar o grande fornecedor. Será que o mesmo será feito com a jaguatirica? Afinal, o animal veio de algum lugar, capturado ou vendido por alguém.

Seria louvável que a polícia tratasse a apreensão da jaguatirica com especial importância. Mas, se comparado com o tráfico de drogas, o mercado negro de fauna não é tratado com a devida atenção pelos órgãos de fiscalização do poder público.

Em 2001, a ONG Rede Nacional de Combate ao Trafico de Animais Silvestres (Renctas) publicou no 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico da Fauna Silvestre, em que há um capítulo específico para o tema – “Ligação com Outras Atividades Ilegais”.

“O comércio ilegal de animais silvestres está ligado a outros tipos de atividades ilegais, tais como drogas, armas, álcool e pedras precisas. Na América do Sul, os cartéis de drogas têm grande envolvimento com o comércio ilegal de fauna silvestre, muitas vezes se utilizam da fauna para transportarem seus produtos. Frequentemente são encontradas drogas dentro de animais vivos ou em suas peles.” - texto do Relatório

Como os métodos para traficar drogas e animais (os utilizados como bichos de estimação, principalmente) são semelhantes e as rotas coincidem, há muitas quadrilhas que atuam nos dois ramos do crime. De acordo com a Renctas, em 2001 havia entre 350 e 400 quadrilhas organizadas no comércio ilegal de fauna silvestre, sendo que, desse total, cerca de 40% possuem ligação com outras atividades ilegais.

- Leia a matéria completa do portal G1
- Conheça a Renctas

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Quando traficantes de drogas e de animais se confundem

“Cinco pessoas suspeitas de tráfico de drogas foram presas na noite de quarta-feira (3) em Hidrolândia, Região Metropolitana de Goiânia. Com elas, a polícia apreendeu mais de oito quilos de pasta base de cocaína, carros, armas, R$ 6 mil em cédulas falsificadas e cigarro contrabandeado. Mas o que mais chamou a atenção foi um filhote de jaguatirica que estava sob o poder do grupo.

Filhote encontrado com acusados de tráfico de drogas
Foto: Divulgação Polícia Militar de Goiás

Segundo a Polícia Militar, o filhote tem aproximadamente três meses de vida e era tratado como animal de estimação. Ele foi levado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).” – texto da matéria “Polícia Civil encontra jaguatirica com suspeitos de tráfico de drogas, em GO”, publicada em 4 de outubro de 2012 pelo portal G1

A quadrilha, investigada há meses, produzia em três chácaras cocaína para distribuição em Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Uma correção: o Fauna News recebeu e-mails, inclusive do biólogo Leonardo Sartorello, informando que o animal apreendido não é um filhote de jaguatirica, mas de onça-parda.

Em 2001, a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestre (Renctas) publicou o 1º Relatório Nacional de Tráfico sobre Tráfico de Fauna Silvestre. O trabalho já alertava para a existência de cerca de 350 a 400 quadrilhas de tráfico de animais, sendo que 40% delas estariam envolvidas com outras atividades ilegais – comércio ilegal de pedras preciosas, drogas e armas, por exemplo.

- Leia a matéria completa do portal G1
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- Releia "Drogas e animais silvestres: pontos em comum para algumas quadrilhas", publicado pelo Fauna News em 23 de novembro de 2011