quinta-feira, 13 de junho de 2013

Seriema atropelada: não morreu fisicamente, mas morreu ecologicamente

“Famoso na cidade de Uberaba por ousar em criações que contribuam para a locomoção de animais vítimas de acidentes, o médico veterinário Cláudio Yudi inovou novamente. A paciente da vez foi uma seriema adulta que havia sido atropelada em uma rodovia da região há um mês. A ave foi encaminhada ao hospital veterinário da cidade e, após os exames, o médico constatou uma fratura e criou uma prótese para auxiliar o animal a andar.” – texto da matéria “Seriema vítima de atropelamento ganha prótese em Uberaba”, publicada em 1º de junho de 2013 pelo portal G1

 Seriema com prótese em uma das pernas
Imagem: Reprodução TV Integração

A iniciativa do veterinário é louvável e correta. Sua dedicação em proporcionar uma melhor condição de vida para os animais vítimas de acidentes é exemplar. Para muitos outros profissionais, o animal talvez fosse sacrificado.
Foto: Uniube
Mas o trabalho de Yudi (foto) não recupera a perda da natureza. Fora de seu hábitat, a ave não cumprirá seus papeis ecológicos, isto é, não reproduzirá, não predará, não será predada etc. É como se ela estivesse fisicamente morta, já que não retornará à vida livre.

“A seriema não poderá ser solta ao seu habitat natural, já que vai precisar estar sempre em observação.” – texto do G1

Estimativa do coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, Alex Bager, indica que cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados nas estradas brasileiras todos os anos. Qual será a dimensão do massacre se contarmos vítimas como a seriema, que estão mortas ecologicamente?

- Leia a matéria completa do portal G1

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