Em 22 de abril de 2011, publiquei o post “Reflexão para o fim de semana: símbolo da Amazônia, o boto-cor-de-rosa está sendo dizimado no Pará”, em que abordava a matança de botos-vermelhos (o Inia geoffrensis, também conhecido como boto-cor-de-rosa) para a utilização da carne como isca na pesca da piracatinga (Calophysus macropterus). De acordo com uma matéria do The New York Times, a população desses cetáceos no Pará estava caindo drasticamente por causa desse tipo de pesca.
Confesso que, até há pouco tempo, imaginava que o fenômeno fosse regional, restrito à região de Santarém. O problema está tão sério naquela área paraense que, em uma reserva, o número de botos caiu de 250 para 50 em dois anos.
Mas, para minha sacudir a minha ignorância no assunto, encontrei a matéria do portal G1 “Biólogos vão rastrear caça ilegal do boto-vermelho na Amazônia”, publicada em 20 de janeiro de 2012.
“Um levantamento que será realizado ao longo de 2012 por biólogos nas cidades de Manacapuru e Beruri, ambas no Amazonas, vai detectar os efeitos da pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), peixe também conhecido como douradinha, sobre a população dos botos-vermelhos (Inia geoffrensis), também conhecidos como botos-cor-de-rosa.
Um rastreamento em frigoríficos e entrevistas com pescadores serão realizados por especialistas ligados à Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e ao Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), para descobrir as práticas de pesca da douradinha, um peixe que consome carne apodrecida e é atraído por armadilhas onde a isca é a carne de boto.
A prática, difundida no interior do estado, também ocorre em zonas próximas a Manaus, capital do Amazonas. Segundo Sannie Brum, bióloga e pesquisadora da Ampa, frigoríficos têm financiado a pesca na região e causando o aumento da mortalidade de botos.” – texto da matéria do G1
Essa pesca criminosa não é exclusiva do Pará. Ao que parece, a matança de botos-vermelhos está acontecendo em boa parte da Amazônia. Os pesquisadores da Ampa querem entender esse mercado, quanto custa o quilo do pescado e para quem é vendido para tentar encontrar alternativas para evitar a caça do boto na captura da piracatinga (também conhecida como douradinha). Eles também querem, a partir do levantamento, ajudar na identificação dos locais onde há a necessidade da melhora na fiscalização e de um trabalho de conscientização das comunidades.
“De acordo com um estudo divulgado em 2011, em dez anos a população de botos da Amazônia reduziu pela metade. O levantamento, feito por amostragem na região de Tefé, apontou que morre por ano uma quantidade de animais sete vezes maior que o limite permitido.” – texto da matéria do G1
A pesca, no Brasil, ainda clama por uma atenção e uma gestão profissional e sustentável por parte do poder público e dos empresários. Assim como os botos estão sofrendo, tartarugas-marinhas, atuns e tubarões, só para citar alguns exemplos, estão sendo extintos pela prática irracional de uma atividade econômica.
- Leia a matéria do portal G1
- Releia “Reflexão para o fim de semana: símbolo da Amazônia, o boto-cor-de-rosa está sendo dizimado no Pará”, de 22 de abril de 2011
Confesso que, até há pouco tempo, imaginava que o fenômeno fosse regional, restrito à região de Santarém. O problema está tão sério naquela área paraense que, em uma reserva, o número de botos caiu de 250 para 50 em dois anos.
População de boto-vermelho caiu pela metade em 10 anos
Foto: Divulgação Ampa
Mas, para minha sacudir a minha ignorância no assunto, encontrei a matéria do portal G1 “Biólogos vão rastrear caça ilegal do boto-vermelho na Amazônia”, publicada em 20 de janeiro de 2012.
“Um levantamento que será realizado ao longo de 2012 por biólogos nas cidades de Manacapuru e Beruri, ambas no Amazonas, vai detectar os efeitos da pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), peixe também conhecido como douradinha, sobre a população dos botos-vermelhos (Inia geoffrensis), também conhecidos como botos-cor-de-rosa.
Um rastreamento em frigoríficos e entrevistas com pescadores serão realizados por especialistas ligados à Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e ao Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), para descobrir as práticas de pesca da douradinha, um peixe que consome carne apodrecida e é atraído por armadilhas onde a isca é a carne de boto.
A prática, difundida no interior do estado, também ocorre em zonas próximas a Manaus, capital do Amazonas. Segundo Sannie Brum, bióloga e pesquisadora da Ampa, frigoríficos têm financiado a pesca na região e causando o aumento da mortalidade de botos.” – texto da matéria do G1
Essa pesca criminosa não é exclusiva do Pará. Ao que parece, a matança de botos-vermelhos está acontecendo em boa parte da Amazônia. Os pesquisadores da Ampa querem entender esse mercado, quanto custa o quilo do pescado e para quem é vendido para tentar encontrar alternativas para evitar a caça do boto na captura da piracatinga (também conhecida como douradinha). Eles também querem, a partir do levantamento, ajudar na identificação dos locais onde há a necessidade da melhora na fiscalização e de um trabalho de conscientização das comunidades.
Pescadores têm usado isca de boto para capturar a piracatinga
Foto: Divulgação Ampa
“De acordo com um estudo divulgado em 2011, em dez anos a população de botos da Amazônia reduziu pela metade. O levantamento, feito por amostragem na região de Tefé, apontou que morre por ano uma quantidade de animais sete vezes maior que o limite permitido.” – texto da matéria do G1
A pesca, no Brasil, ainda clama por uma atenção e uma gestão profissional e sustentável por parte do poder público e dos empresários. Assim como os botos estão sofrendo, tartarugas-marinhas, atuns e tubarões, só para citar alguns exemplos, estão sendo extintos pela prática irracional de uma atividade econômica.
- Leia a matéria do portal G1
- Releia “Reflexão para o fim de semana: símbolo da Amazônia, o boto-cor-de-rosa está sendo dizimado no Pará”, de 22 de abril de 2011
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