Em 21 de fevereiro de 2012, publiquei “Áreas marinhas protegidas: a evolução do que foi pouco implantado”, em que escrevi:
“...o Protocolo de Nagoya da 10ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, realizada em 2010 no Japão, apresenta como diretriz para os 190 países signatários o aumento das áreas terrestres protegidas (unidades de conservação) dos 12% atuais para 17%. O mesmo cuidado deve ser aplicado nos ecossistemas marinhos: as áreas protegidas deverão passar de 1% para 10%. Tudo no período de 2011 a 2020.”
Um bom exemplo da importância das unidades de conservação de proteção integral (sem o uso direto dos recursos naturais, como os parques nacionais, estações ecológicas e reservas biológicas no Brasil) está na ampliação do Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, no Congo.
“Um grupo especial de chimpanzés que não têm medo de humanos — e que por isso mesmo correm perigo — ganhou proteção oficial no Congo, Centro-Oeste da África, após mais de 20 anos de campanha de organizações internacionais de preservação. Eles vivem no Triângulo Goualougo, uma área de florestas tropicais e pântanos com 185 quilômetros quadrados que foi anexada ao Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, que agora têm pouco mais de 3.000 quilômetros quadrados de área protegida.” – texto da matéria “Parque do Congo protegerá chimpanzés 'ingênuos'”, publicada na edição de 17 de fevereiro de 2012 da revista Veja
Segundo a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS na sigla em inglês), a floresta de Goualougo por estar em área de difícil acesso e isolada foi pouco explorada, característica que passou a chamar a atenção pela escassez de madeira e recursos naturais das áreas do entorno.
“A população de chimpanzés de Goualougo tem uma característica única para primatas selvagens africanos. Ao invés de fugir dos pesquisadores que vão estudá-los, eles se aproximam, curiosos. Isso ocorre devido ao isolamento no qual sempre viveram. Por causa de seu comportamento, são chamados pelos cientistas de chimpanzés ingênuos.
E essa não é a única característica exclusiva dessa população. Chimpanzés em toda a África usam simples gravetos para caçar insetos em suas tocas. Em Goualougo, os chimpanzés deram um passo a frente no manejo de ferramentas. Eles usam um graveto menor para abrir buracos nos ninhos de insetos — como as estruturas de barro que protegem os cupins — e uma vareta maior para buscar o alimento no fundo das tocas.” – texto da matéria da Veja
A criação e a implantação efetiva de unidades de conservação são essenciais para a conservação da fauna, da flora, de rios limpos, de ar puro, de equilíbrio térmico e tanto outros serviços que são fundamentais para a vida humana. Mais que isso, são eticamente necessárias para proteger o direito à vida das demais espécies que tem na Terra seu lar.
- Leia a matéria completa da revista Veja
- Releia “Áreas marinhas protegidas: a evolução do que foi pouco implantado”
“...o Protocolo de Nagoya da 10ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, realizada em 2010 no Japão, apresenta como diretriz para os 190 países signatários o aumento das áreas terrestres protegidas (unidades de conservação) dos 12% atuais para 17%. O mesmo cuidado deve ser aplicado nos ecossistemas marinhos: as áreas protegidas deverão passar de 1% para 10%. Tudo no período de 2011 a 2020.”
Um bom exemplo da importância das unidades de conservação de proteção integral (sem o uso direto dos recursos naturais, como os parques nacionais, estações ecológicas e reservas biológicas no Brasil) está na ampliação do Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, no Congo.
Chimpanzé do Triângulo Goualougo: sem medo do homem
Foto: Lationstock
“Um grupo especial de chimpanzés que não têm medo de humanos — e que por isso mesmo correm perigo — ganhou proteção oficial no Congo, Centro-Oeste da África, após mais de 20 anos de campanha de organizações internacionais de preservação. Eles vivem no Triângulo Goualougo, uma área de florestas tropicais e pântanos com 185 quilômetros quadrados que foi anexada ao Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, que agora têm pouco mais de 3.000 quilômetros quadrados de área protegida.” – texto da matéria “Parque do Congo protegerá chimpanzés 'ingênuos'”, publicada na edição de 17 de fevereiro de 2012 da revista Veja
Segundo a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS na sigla em inglês), a floresta de Goualougo por estar em área de difícil acesso e isolada foi pouco explorada, característica que passou a chamar a atenção pela escassez de madeira e recursos naturais das áreas do entorno.
“A população de chimpanzés de Goualougo tem uma característica única para primatas selvagens africanos. Ao invés de fugir dos pesquisadores que vão estudá-los, eles se aproximam, curiosos. Isso ocorre devido ao isolamento no qual sempre viveram. Por causa de seu comportamento, são chamados pelos cientistas de chimpanzés ingênuos.
E essa não é a única característica exclusiva dessa população. Chimpanzés em toda a África usam simples gravetos para caçar insetos em suas tocas. Em Goualougo, os chimpanzés deram um passo a frente no manejo de ferramentas. Eles usam um graveto menor para abrir buracos nos ninhos de insetos — como as estruturas de barro que protegem os cupins — e uma vareta maior para buscar o alimento no fundo das tocas.” – texto da matéria da Veja
A criação e a implantação efetiva de unidades de conservação são essenciais para a conservação da fauna, da flora, de rios limpos, de ar puro, de equilíbrio térmico e tanto outros serviços que são fundamentais para a vida humana. Mais que isso, são eticamente necessárias para proteger o direito à vida das demais espécies que tem na Terra seu lar.
- Leia a matéria completa da revista Veja
- Releia “Áreas marinhas protegidas: a evolução do que foi pouco implantado”
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