quinta-feira, 19 de abril de 2012

Arara-maracanã-verdadeira: a próxima ararinha-azul?

“Um alerta que vem da Caatinga, bioma brasileiro que abrange todos os estados do Nordeste e parte de Minas Gerais: a arara-maracanã-verdadeira (Ara maracana) pode entrar em extinção na região devido ao desmatamento e ao comércio ilegal de animais.

Arara-maracanã-verdadeira
Foto: Divulgação

A espécie, que já é classificada como vulnerável na natureza pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), sofre com o avanço da devastação da vegetação e com a caça predatória, que foca principalmente nos filhotes de aves, vendidos em feiras clandestinamente.”
– texto da matéria “Espécie de arara pode entrar em extinção na Caatinga, diz estudo”, publicada em 16 de abril de 2012 pelo portal G1

A arara-maracanã-verdadeira já não é mais encontrada na região Sul, teve sua população bastante reduzida no Sudeste e os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estimam a população em 500 aves no Nordeste.

Os pesquisadores sugerem a criação de um plano de conservação que contaria com ações de fiscalização na região da Serra de Santana (onde vivem 50 araras) para combater o comércio ilegal e o desmate nas áreas consideradas importantes para a espécie. A intenção é, futuramente, expandir o trabalho de preservação para toda a Caatinga. A proposta já foi entregue ao Ibama.

Vou relembrar o que aconteceu com a ararinha-azul.

A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii ) é uma espécie endêmica (que só existe em determinado local) da Caatinga e que está extinta na natureza (algumas dezenas vivem em cativeiro). O desaparecimento da ave ocorreu em virtude da destruição de seu hábitat (a caatinga baiana, desde o extremo norte da Bahia até o sul do rio São Francisco) e, principalmente, pela ação de traficantes de animais.

Última ararinha-azul fotografada na natureza em 1990
Foto: Luiz Claudio Marigo

A ararinha-azul foi considerada extinta na natureza pelo Ibama em 2000. Atualmente, existem cerca de 70 ararinhas-azuis em cativeiro. A maior parte delas vive fora do Brasil – com colecionadores particulares, na Loro Parque Fundación (Espanha) e na Al Wabra Wildlife Preservation (Catar). A ave foi representada no desenho Rio, idealizado e realizado pelo carioca Carlos Saldanha, pelo protagonista Blu.


- Leia a matéria completa do portal G1

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