Em 6 de abril de 2012, o Fauna News publicou “Reflexão para o fim de semana: já que incomoda, então extermina. Andorinhas são dizimadas na Bahia”, que repercutiu a morte por envenenamento de centenas de andorinhas que frequentavam a rodoviária de Ilhéus (BA). Uma empresa terceirizada contratada pela administração da rodoviária aplicou um produto para repelir morcegos e pombos, imaginando que funcionaria para qualquer ave. Mas a substância matou as andorinhas, que eram consideradas incômodas.
Algo similar parece ter ocorrido na Ilha do Campeche em Santa Catarina.
“O bichinho curioso que ganhou dos índios guarani o nome "nariz pontudo" desapareceu da Ilha do Campeche, ao Sul da Ilha de SC. Centenas de quatis que alegravam e também incomodavam turistas e nativos da região não foram mais vistos desde o começo do verão.
A Polícia Ambiental e a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) fizeram na terça-feira a primeira vistoria para apurar denúncia de suposto crime ambiental que pode resultar em prisão do responsável.
Os araçás espalhados na areia são um sinal de que não há mais quatis na Ilha do Campeche. Eram mais de 500, segundo as pessoas que trabalham ali. O silêncio predomina entre pescadores e comerciantes sobre o destino dos animais que habitavam a Mata Atlântica, a praia, roubavam sacolas dos turistas e pulavam nas mesas dos restaurantes para ganhar comida. (...)
Com garantia de anonimato, algumas pessoas contaram que os animais foram envenenados, além de degolados por armadilhas colocadas na mata, e parte foi transportada com vida até a praia da Lagoinha do Leste, perto dali. Os mortos teriam sido enterrados. Estas suposições foram relatadas às equipes da Fatma e da Polícia Ambiental que começaram a investigação na terça-feira, no local.” – texto da matéria “Sumiço de centenas de quatis na Ilha do Campeche, em Florianópolis, está sendo apurado por Fatma e Polícia Ambiental”, publicada em 7 de março de 2012 pelo jornal Diário Catarinense
Os quatis não são nativos da ilha. Eles foram introduzidos no local há três décadas, onde se adaptaram bem, não possuem predadores e passaram a se alimentar também com ovos de pássaros como o tiê-sangue, que está ameaçado de extinção – o que passou a ser considerado um problema ambiental.
Chega um ponto em que não sei exatamente o que comentar. Infelizmente, mesmo que seja contatado o crime e seja identificado algum autor, a lei é fraca e a punição branda – que não passará de alguma transação penal com pagamento de cesta-básica ou serviço comunitário. Multas poderão ser aplicadas, mas que paga multa ambiental nesse país?
O crime ficará sem punição. Quer apostar?
- Leia a matéria completa do Diário Catarinense
- Releia “Reflexão para o fim de semana: já que incomoda, então extermina. Andorinhas são dizimadas na Bahia”, publicado em 6 de abril de 2012 pelo Fauna News
Algo similar parece ter ocorrido na Ilha do Campeche em Santa Catarina.
“O bichinho curioso que ganhou dos índios guarani o nome "nariz pontudo" desapareceu da Ilha do Campeche, ao Sul da Ilha de SC. Centenas de quatis que alegravam e também incomodavam turistas e nativos da região não foram mais vistos desde o começo do verão.
Os quatis desapareceram da Ilha do Campeche
Foto: Flávio Neves/Agência RBSA Polícia Ambiental e a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) fizeram na terça-feira a primeira vistoria para apurar denúncia de suposto crime ambiental que pode resultar em prisão do responsável.
Os araçás espalhados na areia são um sinal de que não há mais quatis na Ilha do Campeche. Eram mais de 500, segundo as pessoas que trabalham ali. O silêncio predomina entre pescadores e comerciantes sobre o destino dos animais que habitavam a Mata Atlântica, a praia, roubavam sacolas dos turistas e pulavam nas mesas dos restaurantes para ganhar comida. (...)
Com garantia de anonimato, algumas pessoas contaram que os animais foram envenenados, além de degolados por armadilhas colocadas na mata, e parte foi transportada com vida até a praia da Lagoinha do Leste, perto dali. Os mortos teriam sido enterrados. Estas suposições foram relatadas às equipes da Fatma e da Polícia Ambiental que começaram a investigação na terça-feira, no local.” – texto da matéria “Sumiço de centenas de quatis na Ilha do Campeche, em Florianópolis, está sendo apurado por Fatma e Polícia Ambiental”, publicada em 7 de março de 2012 pelo jornal Diário Catarinense
Os quatis não são nativos da ilha. Eles foram introduzidos no local há três décadas, onde se adaptaram bem, não possuem predadores e passaram a se alimentar também com ovos de pássaros como o tiê-sangue, que está ameaçado de extinção – o que passou a ser considerado um problema ambiental.
Chega um ponto em que não sei exatamente o que comentar. Infelizmente, mesmo que seja contatado o crime e seja identificado algum autor, a lei é fraca e a punição branda – que não passará de alguma transação penal com pagamento de cesta-básica ou serviço comunitário. Multas poderão ser aplicadas, mas que paga multa ambiental nesse país?
O crime ficará sem punição. Quer apostar?
- Leia a matéria completa do Diário Catarinense
- Releia “Reflexão para o fim de semana: já que incomoda, então extermina. Andorinhas são dizimadas na Bahia”, publicado em 6 de abril de 2012 pelo Fauna News
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