A antiquada prática da queima da palha da cana-de-açúcar contrasta com a propaganda do etanol como combustível sustentável. Pode ser menos poluente para a atmosfera no momento de sua queima nos motores, mas seu processo de produção ainda deixa a desejar.
As lavouras não mecanizadas ou pouco mecanizadas ainda utilizam a queima da palha da cana como parte do processo de colheita. O processo é economicamente arcaico e de visão administrativa de curto prazo, afinal o solo empobrece com os incêndios agrícolas obrigando mais investimentos em insumos.
Ambientalmente, o processo é um desastre. Primeiramente por depor contra a intenção do uso do etanol como combustível menos poluente, afinal de contas as queimadas lançam gases e também prejudicam a saúde dos moradores de muitas cidades vizinhas das propriedades rurais.
Outro motivo é o impacto que essas queimadas causam na fauna silvestres. Os animais acabam mortos e feridos pelos incêndios agrícolas que se alastram com extrema velocidades e atingem temperaturas de 800°C.
“Policiais da PMA (Policia Militar Ambiental) recolheram um filhote de “gato-do-mato” ferido durante queimada de um canavial, em Naviraí.
De acordo com a Polícia, o animal silvestre foi encontrado com vários ferimentos provocados por queimaduras nas orelhas e os olhos e, possivelmente, poderá ficar cego. As pessoas que acionaram a PMA suspeitam de que o animal fora ferido durante a queima da palhada de um canavial.” – texto da matéria “PMA recolhe filhote de gato-do-mato ferido em incêndio em Naviraí”, publicada em 14 de maio de 2012 pelo site Campo Grande News
A imprensa pouco noticia essa tragédia, e quando o faz, o faz com incompetência assustadora, afinal é comum ficarem sempre no registro do fato, sem contextualizar o problema. No caso da matéria do Campo Grande News, há ainda uma aparente contradição.
O texto informa que o animal POSSIVELMENTE ficará cego, mas, no parágrafo final, o site afirma:
“O filhote foi encaminhado ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, para ter os ferimentos tratados e a POSSÍVEL reintrodução na natureza.”
Gostaria de saber o que é realmente POSSÍVEL: o animal ficar cego ou voltar para a natureza? Parte da imprensa ainda trata os temas ligados a animais silvestres com a mesma falta de comprometimento do poder público.
- Leia a matéria completa do Campo Grande News
- Releia o post do Fauna News “A dolorosa morte de animais pelo fogo agrícola... e o fim das queimadas nos canaviais paulistas só ocorrerá em 2017”, de 13 de julho de 2011
As lavouras não mecanizadas ou pouco mecanizadas ainda utilizam a queima da palha da cana como parte do processo de colheita. O processo é economicamente arcaico e de visão administrativa de curto prazo, afinal o solo empobrece com os incêndios agrícolas obrigando mais investimentos em insumos.
Canavial em chamas: temperatura chega a 800°C
Ambientalmente, o processo é um desastre. Primeiramente por depor contra a intenção do uso do etanol como combustível menos poluente, afinal de contas as queimadas lançam gases e também prejudicam a saúde dos moradores de muitas cidades vizinhas das propriedades rurais.
Outro motivo é o impacto que essas queimadas causam na fauna silvestres. Os animais acabam mortos e feridos pelos incêndios agrícolas que se alastram com extrema velocidades e atingem temperaturas de 800°C.
“Policiais da PMA (Policia Militar Ambiental) recolheram um filhote de “gato-do-mato” ferido durante queimada de um canavial, em Naviraí.
Gato-do-mato queimado
Foto: Divulgação PMA/MSDe acordo com a Polícia, o animal silvestre foi encontrado com vários ferimentos provocados por queimaduras nas orelhas e os olhos e, possivelmente, poderá ficar cego. As pessoas que acionaram a PMA suspeitam de que o animal fora ferido durante a queima da palhada de um canavial.” – texto da matéria “PMA recolhe filhote de gato-do-mato ferido em incêndio em Naviraí”, publicada em 14 de maio de 2012 pelo site Campo Grande News
A imprensa pouco noticia essa tragédia, e quando o faz, o faz com incompetência assustadora, afinal é comum ficarem sempre no registro do fato, sem contextualizar o problema. No caso da matéria do Campo Grande News, há ainda uma aparente contradição.
O texto informa que o animal POSSIVELMENTE ficará cego, mas, no parágrafo final, o site afirma:
“O filhote foi encaminhado ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, para ter os ferimentos tratados e a POSSÍVEL reintrodução na natureza.”
Gostaria de saber o que é realmente POSSÍVEL: o animal ficar cego ou voltar para a natureza? Parte da imprensa ainda trata os temas ligados a animais silvestres com a mesma falta de comprometimento do poder público.
- Leia a matéria completa do Campo Grande News
- Releia o post do Fauna News “A dolorosa morte de animais pelo fogo agrícola... e o fim das queimadas nos canaviais paulistas só ocorrerá em 2017”, de 13 de julho de 2011
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