No Pantanal há vários projetos de conservação da onça-pintada em áreas onde se desenvolve a pecuária. A intenção é conscientizar os fazendeiros a não matarem os felinos para proteção do rebanho. Afinal, é a atividade humana que está invadindo o hábitat dos animais. E ainda, se os proprietários de fazenda quiserem, é possível investir em turismo ecológico para a observação da espécie na natureza.
Mas esse trabalho ainda está restrito a algumas regiões. No Piauí, no entorno dos parques nacionais da Serra da Capivara e da Serra das Confusões, ainda não chegou.
“Na última quinta-feira, dia 14 de junho, os agentes que trabalham no Parque Nacional Serra da Capivara, localizado no semiárido piauiense, recebeu denuncia de atividade de caçadores na região do Corredor Ecológico entre a Serra da Capivara e a Serra das Confusões. De imediato o chefe do parque, Fernando Tizianel e sua equipe se dirigiram ao local e encontraram no interior de uma residência na zona rural pedaços de carne sem pele, crânio e duas patas dianteiras de uma onça-pintada (Panthera onca) e o crânio de uma onça-vermelha (Puma concolor). (...)
Para o chefe do parque, as maiores ameaças para a conservação das onças na região são o crescente desmatamento, a ocupação humana em áreas de grande densidade natural deste felino e o conflito com a predação de gado. Para ele, é necessário fazer campanhas juntos as comunidades locais para diminuir o conflito entre pecuaristas e a onça, e harmonizar a convivência do homem com o animal.
“Infelizmente, ainda há um grande temor da população local quanto à presença de onças nas proximidades das residências ou propriedades rurais, levando, em muitos casos, a generalizar que todas as mortes de gado são resultados de ataques por onças, o que nem sempre é verdade” comenta Tizianel.” – texto da matéria “Caçadores matam duas onças nas imediações da Serra da Capivara”, publicada em 18 de junho de 2012 pelo Portal AZ
O que me chama a atenção é a fala do chefe do parque, Fernando Tizianel, falar que é necessário fazer campanhas junto às comunidades. Óbvio. E de quem é essa obrigação? Dele mesmo.
E por que não faz?
Quero acreditar que o chefe do parque é um profissional engajado na proteção ambiental. Dessa forma, não acredito que ele esteja acomodado, atuando sempre de forma reativa, isto é, agindo quando o dano já está causado. Por isso, tento imaginar o que o está impedindo de ir até as comunidades para tentar mudar esse quadro.
É falta de apoio institucional, do ICMBio? É falta de dinheiro? É falta de profissionais para tocar a gestão da unidade de conservação?
Algo está errado e tem de ser feito. Afinal...
“(...)A onça-pintada e a onça-parda são espécies ameaçadas de extinção. Segundo estudos recentes desenvolvidos pelo Instituto Onça Pintada, o Parque Nacional Serra da Capivara possui a maior densidade populacional dessa espécie dentro do bioma Caatinga.” – texto do Portal AZ
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Mas esse trabalho ainda está restrito a algumas regiões. No Piauí, no entorno dos parques nacionais da Serra da Capivara e da Serra das Confusões, ainda não chegou.
“Na última quinta-feira, dia 14 de junho, os agentes que trabalham no Parque Nacional Serra da Capivara, localizado no semiárido piauiense, recebeu denuncia de atividade de caçadores na região do Corredor Ecológico entre a Serra da Capivara e a Serra das Confusões. De imediato o chefe do parque, Fernando Tizianel e sua equipe se dirigiram ao local e encontraram no interior de uma residência na zona rural pedaços de carne sem pele, crânio e duas patas dianteiras de uma onça-pintada (Panthera onca) e o crânio de uma onça-vermelha (Puma concolor). (...)
Armas, armadilhas e partes das onças apreendidas
Foto: André Pessoa
Para o chefe do parque, as maiores ameaças para a conservação das onças na região são o crescente desmatamento, a ocupação humana em áreas de grande densidade natural deste felino e o conflito com a predação de gado. Para ele, é necessário fazer campanhas juntos as comunidades locais para diminuir o conflito entre pecuaristas e a onça, e harmonizar a convivência do homem com o animal.
“Infelizmente, ainda há um grande temor da população local quanto à presença de onças nas proximidades das residências ou propriedades rurais, levando, em muitos casos, a generalizar que todas as mortes de gado são resultados de ataques por onças, o que nem sempre é verdade” comenta Tizianel.” – texto da matéria “Caçadores matam duas onças nas imediações da Serra da Capivara”, publicada em 18 de junho de 2012 pelo Portal AZ
O que me chama a atenção é a fala do chefe do parque, Fernando Tizianel, falar que é necessário fazer campanhas junto às comunidades. Óbvio. E de quem é essa obrigação? Dele mesmo.
E por que não faz?
Quero acreditar que o chefe do parque é um profissional engajado na proteção ambiental. Dessa forma, não acredito que ele esteja acomodado, atuando sempre de forma reativa, isto é, agindo quando o dano já está causado. Por isso, tento imaginar o que o está impedindo de ir até as comunidades para tentar mudar esse quadro.
É falta de apoio institucional, do ICMBio? É falta de dinheiro? É falta de profissionais para tocar a gestão da unidade de conservação?
Algo está errado e tem de ser feito. Afinal...
“(...)A onça-pintada e a onça-parda são espécies ameaçadas de extinção. Segundo estudos recentes desenvolvidos pelo Instituto Onça Pintada, o Parque Nacional Serra da Capivara possui a maior densidade populacional dessa espécie dentro do bioma Caatinga.” – texto do Portal AZ
Onça-pintada: vítima da expansão humana
Foto: Divulgação Concessionária Cataratas do Iguaçu S/A
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