“Policiais, funcionários de alfândegas e de escritórios da vida selvagem da Ásia, África e Estados Unidos anunciaram hoje que uma operação transfronteiriça de codinome "Cobra" foi realizada com sucesso. O esforço de um mês de duração foi descrito como "uma operação internacional de inteligência orientada destinada a desmantelar sindicatos organizados de crime contra a vida selvagem com resultados significativos e a perspectiva para mais ações." A operação foi uma iniciativa bem-vinda e inovadora de países, o primeiro esforço internacional com o foco no compartilhamento de informações de investigações em tempo real entre os países e uma resposta concertada das agências de aplicação da lei dos países envolvidos e instituições parceiras no sentido de cercear o desenfreado crime ambiental.” – texto do site da ONG tailandesa Freeland Foundation, publicado em 18 de fevereiro de 2013 (tradução livre)
A operação, que foi presidida pela China (o que já demonstra um grande avanço já que o país é um dos principais centros consumidores de produtos do tráfico de fauna), contou também com a participação de órgãos do Nepal, África do Sul, Índia,Indonésia, Vietnã, Tailândia, Estados Unidos e de entidades oficias que englobam países africanos e asiáticos. Dentre os resultados dos trabalhos, que ocorreram entre 6 de janeiro e 5 de fevereiro, está a prisão de centenas de pessoas e a apreensão de 6,5 toneladas de marfim, 1.550 kg de lã de antílopes-tibetanos (estima-se que cerca de 10 mil animais foram mortos para que fosse coletada uma quantidade como esse), centenas de cobras vivas, 102 pangolins (um parente do tatu), 22 chifres de rinoceronte e quatro esculturas de chifres de rinoceronte, 10 troféus de tigres e sete de leopardo (partes dos animais como troféus de caça), 31 kg de carne de elefante, bem como garras e dentes de animais felinos protegidas e espécies de plantas.
No sudeste asiático e na África, está ganhando destaque o combate ao tráfico de fauna. Governos e ONGs estão trabalhando para reduzir essa atividade que, nos últimos anos, aumentou bastante (principalmente contra rinocerontes, tigres e elefantes). Movimento e ações organizadas começam a agir coordenadamente.
Enquanto isso, no Brasil, se começa a falar no assunto, mas o poder público ainda não se mexeu efetivamente. As ações são isoladas e sem continuidade.
No Brasil, o tráfico de fauna não está tão organizado no formato de grandes quadrilhas (isso não quer dizer que não existam). O mercado negro ainda é mais pulverizado, com inúmeras pequenas quadrilhas, o que dificulta a ação de fiscalização.
Além disso, o hábito do brasileiro de manter animais silvestres (principalmente aves) como bichos de estimação enfraquece os órgãos de repressão, o poder judiciário e mantém uma sociedade com alto grau de aceitação da atividade.
E olha que estamos entre os países com as mais ricas biodiversidades do mundo. Até quando vamos negligenciar o efetivo combate ao tráfico de fauna (com fiscalização eficiente, leis realmente punitivas, educação ambiental efetiva e ações sociais nas áreas pobres de captura)?
- Leia a matéria no site da Freland Foundation (em inglês)
A operação, que foi presidida pela China (o que já demonstra um grande avanço já que o país é um dos principais centros consumidores de produtos do tráfico de fauna), contou também com a participação de órgãos do Nepal, África do Sul, Índia,Indonésia, Vietnã, Tailândia, Estados Unidos e de entidades oficias que englobam países africanos e asiáticos. Dentre os resultados dos trabalhos, que ocorreram entre 6 de janeiro e 5 de fevereiro, está a prisão de centenas de pessoas e a apreensão de 6,5 toneladas de marfim, 1.550 kg de lã de antílopes-tibetanos (estima-se que cerca de 10 mil animais foram mortos para que fosse coletada uma quantidade como esse), centenas de cobras vivas, 102 pangolins (um parente do tatu), 22 chifres de rinoceronte e quatro esculturas de chifres de rinoceronte, 10 troféus de tigres e sete de leopardo (partes dos animais como troféus de caça), 31 kg de carne de elefante, bem como garras e dentes de animais felinos protegidas e espécies de plantas.
Apreensão de marfim no Quênia durante operação
Foto: Freeland Foundation
No sudeste asiático e na África, está ganhando destaque o combate ao tráfico de fauna. Governos e ONGs estão trabalhando para reduzir essa atividade que, nos últimos anos, aumentou bastante (principalmente contra rinocerontes, tigres e elefantes). Movimento e ações organizadas começam a agir coordenadamente.
Enquanto isso, no Brasil, se começa a falar no assunto, mas o poder público ainda não se mexeu efetivamente. As ações são isoladas e sem continuidade.
No Brasil, o tráfico de fauna não está tão organizado no formato de grandes quadrilhas (isso não quer dizer que não existam). O mercado negro ainda é mais pulverizado, com inúmeras pequenas quadrilhas, o que dificulta a ação de fiscalização.
Além disso, o hábito do brasileiro de manter animais silvestres (principalmente aves) como bichos de estimação enfraquece os órgãos de repressão, o poder judiciário e mantém uma sociedade com alto grau de aceitação da atividade.
E olha que estamos entre os países com as mais ricas biodiversidades do mundo. Até quando vamos negligenciar o efetivo combate ao tráfico de fauna (com fiscalização eficiente, leis realmente punitivas, educação ambiental efetiva e ações sociais nas áreas pobres de captura)?
- Leia a matéria no site da Freland Foundation (em inglês)
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