O post “Reflexão para o fim de semana: onças-pardas em risco em Bauru (SP)”, publicado pelo Fauna News em 4 de abril e 2014, termina assim:
“(...) Os fatos estão aí. O poder público vai esperar até quando para se mexer e atuar na região para a conservação da espécie?”
A incitação ao poder público foi motivada pelo segundo atropelamento de onça-parda na região de Bauru em curto espaço de tempo: um em 3 de dezembro de 2013, quilômetro 336 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), próximo ao chamado “trevo da Eny", em Bauru (veja em "Onça atropelada: deu sorte e não morreu", de 5 de dezembro de 2013), e outro em 3 de abril, no quilômetro 328 da mesma via, em Agudos (os dois animais sobreviveram).
A situação foi piorando, como o Fauna News comentou, após o terceiro atropelamento de onça-parda na região, no post “Começar a semana pensando...”, publicado em 16 de junho – mesmo dia do fato. O felino foi atingido por um veículo na SP-261, que liga Macatuba a Pederneiras (SP). O animal morreu.
Pois esse conjunto de atropelamentos está ganhando ares de tragédia, já que em 21 de junho outra onça-parda morreu atropelada.
“Em um período de 180 dias, a quarta onça parda morreu, vítima de atropelamento, na madrugada de sábado (21), próximo ao trevo que dá acesso à Duartina (35 quilômetros de Bauru). O animal não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. O corpo da onça, um macho, em idade jovem pesava aproximadamente 45 quilos.
A Polícia Rodoviária foi acionada para atender a ocorrência e encaminhou o corpo do animal para o Hospital Veterinário da Faculdade de Garça.” – texto da matéria “Em 6 meses, quarta onça morre vítima de atropelamento na região de Bauru”, publicada em 24 de junho de 2014 pelo site do Jornal da Cidade (Bauru – SP)
Quantas onças-pardas ainda vão precisar morrer para que o governo do estado de São Paulo, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), junto com as concessionárias Rodovias do Tietê e ViaRondon, as prefeituras dos municípios envolvidos, com apoio de pesquisadores de universidades e entidades interessadas, se mobilizem para entender o que está acontecendo e pensar em soluções?
O que não dá é ficar assistindo as onças-pardas sendo massacradas da forma como estão. A sociedade fragmentou todo o hábitat desses animais com estradas, rodovias, cidades, pastos e plantações. Há quem diga que a espécie se adapta bem às modificações de seu ambiente natural, afinal ela consegue viver em áreas de agricultura e pecuária. Mas se a afirmação fosse verdadeira, tantas não estariam morrendo no asfalto das estradas, tentando atravessar na busca de algo (comida, mata, água, etc.) ou fugindo de queimadas da palha da cana em época de colheita em algumas áreas do território paulista (como acredita a bióloga e pesquisadora especialista em onças-pardas, Renata Alonso Miotto).
- Leia a matéria completa do Jornal da Cidade
- Releia o post “Reflexão para o fim de semana: onças-pardas em risco em Bauru (SP)”, publicado pelo Fauna News em 4 de abril e 2014
- Releia o post “Começar a semana pensando...”, publicado pelo Fauna News em 16 de junho de 2014
- Releia o post "Onça atropelada: deu sorte e não morreu", publicado pelo Fauna News em 5 de dezembro de 2013
“(...) Os fatos estão aí. O poder público vai esperar até quando para se mexer e atuar na região para a conservação da espécie?”
A incitação ao poder público foi motivada pelo segundo atropelamento de onça-parda na região de Bauru em curto espaço de tempo: um em 3 de dezembro de 2013, quilômetro 336 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), próximo ao chamado “trevo da Eny", em Bauru (veja em "Onça atropelada: deu sorte e não morreu", de 5 de dezembro de 2013), e outro em 3 de abril, no quilômetro 328 da mesma via, em Agudos (os dois animais sobreviveram).
A situação foi piorando, como o Fauna News comentou, após o terceiro atropelamento de onça-parda na região, no post “Começar a semana pensando...”, publicado em 16 de junho – mesmo dia do fato. O felino foi atingido por um veículo na SP-261, que liga Macatuba a Pederneiras (SP). O animal morreu.
Pois esse conjunto de atropelamentos está ganhando ares de tragédia, já que em 21 de junho outra onça-parda morreu atropelada.
“Em um período de 180 dias, a quarta onça parda morreu, vítima de atropelamento, na madrugada de sábado (21), próximo ao trevo que dá acesso à Duartina (35 quilômetros de Bauru). O animal não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. O corpo da onça, um macho, em idade jovem pesava aproximadamente 45 quilos.
Animal é a quarta onça-parda atropelada desde dezembro de 2013
Foto: divulgação/Jornal da Cidade
A Polícia Rodoviária foi acionada para atender a ocorrência e encaminhou o corpo do animal para o Hospital Veterinário da Faculdade de Garça.” – texto da matéria “Em 6 meses, quarta onça morre vítima de atropelamento na região de Bauru”, publicada em 24 de junho de 2014 pelo site do Jornal da Cidade (Bauru – SP)
Quantas onças-pardas ainda vão precisar morrer para que o governo do estado de São Paulo, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), junto com as concessionárias Rodovias do Tietê e ViaRondon, as prefeituras dos municípios envolvidos, com apoio de pesquisadores de universidades e entidades interessadas, se mobilizem para entender o que está acontecendo e pensar em soluções?
O que não dá é ficar assistindo as onças-pardas sendo massacradas da forma como estão. A sociedade fragmentou todo o hábitat desses animais com estradas, rodovias, cidades, pastos e plantações. Há quem diga que a espécie se adapta bem às modificações de seu ambiente natural, afinal ela consegue viver em áreas de agricultura e pecuária. Mas se a afirmação fosse verdadeira, tantas não estariam morrendo no asfalto das estradas, tentando atravessar na busca de algo (comida, mata, água, etc.) ou fugindo de queimadas da palha da cana em época de colheita em algumas áreas do território paulista (como acredita a bióloga e pesquisadora especialista em onças-pardas, Renata Alonso Miotto).
Onça atropelada em dezembro de 2013
Foto: Douglas Reis
- Leia a matéria completa do Jornal da Cidade
- Releia o post “Reflexão para o fim de semana: onças-pardas em risco em Bauru (SP)”, publicado pelo Fauna News em 4 de abril e 2014
- Releia o post “Começar a semana pensando...”, publicado pelo Fauna News em 16 de junho de 2014
- Releia o post "Onça atropelada: deu sorte e não morreu", publicado pelo Fauna News em 5 de dezembro de 2013
0 comentários:
Postar um comentário