“Uma pesquisa feita com quase 600 biólogos especialistas em biodiversidade no mundo todo revelou que a maioria deles já considera que algo antes impensável pode ser necessário: "desligar os aparelhos" de certas espécies ameaçadas. Assim como médicos militares precisam fazer escolhas difíceis sobre quais feridos tratar primeiro, 60% dos biólogos ouvidos no levantamento acham que, como não vai ser possível salvar todas as espécies em risco de extinção, é melhor começar a pensar em critérios de triagem.
O resultado foi obtido por Murray Rudd, da Universidade de York, e está em artigo na revista científica "Conservation Biology".” – texto da matéria “Biólogos aceitam 'descarte' de espécies” publicada pela Folha de S. Paulo em 15 de novembro de 2011
A ideia é muito polêmica e me fez, em um primeiro momento, fazer o seguinte questionamento: somos capazes de dimensionar as conseqüências de permitir a extinção de alguma espécie? Temos esse conhecimento todo?
Os entrevistados encaram a atual crise da perda de biodiversidade como uma encruzilhada, onde qualquer que seja o caminho escolhido haverá perdas de espécies.
“Os biólogos justificam a decisão dizendo que, se critérios objetivos sobre que espécies salvar não forem estabelecidos logo, as extinções vão acabar acontecendo de qualquer jeito, e o risco de consequências funestas para a biodiversidade será maior ainda.” – texto da Folha
Para concluir, a matéria deixou um recado para os responsáveis por pesquisas e por políticas públicas em conservação:
“Mais de 80% concordam com a afirmação de que é preciso "estar disposto a repensar os objetivos e os padrões de sucesso da conservação".” – texto da Folha
- Leia a matéria da Folha de S. Paulo
- Releia “Reflexão para o fim de semana: somos apenas mais uma entre milhões de espéices” publicada em 26 de agosto de 2011 pelo Fauna News
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