“A ajuda da população é fundamental para o sucesso do combate aos crimes ambientais. Essa é a visão da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) de Pernambuco, uma das entidades que atua na repressão a esse tipo de infração, que tem acontecido com frequência no estado. “A gente pede que a população participe e denuncie, porque a gente só consegue fazer um bom trabalho com a participação da comunidade”, assegura a major Erika Melcop, comandante da Cipoma.” – texto da matéria “Cipoma-PE pede ajuda da população no combate ao tráfico de animais” publicada em 2 de novembro de 2011 pelo portal G1 com base em um trabalho do Bom Dia Pernambuco (TV Globo)
Cipoma é a sigla que identifica a Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente da PM de Pernambuco. É lógico que não me surpreende que a oficial responsável pela repressão ao tráfico da fauna silvestre estimule a população a denunciar quem pratica esse crime. Concordo também com a queixa dela: “Essa lei não está corrigindo os infratores. As penas aplicadas são consideradas de menor potencial ofensivo e geralmente é são transformadas, pelo juiz, em penas alternativas”. Afinal, esse ilícito (artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais) tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção e, pela atual legislação, é respondido em liberdade com a possibilidade da reversão da detenção, em caso de condenação, por alguma pena alternativa. É a nossa lei fraca!
517 filhotes de papagaios eram transportados em gaiolas de metal por traficantes - 25 de setembro de 2011, em Pernambuco
Bom, mas comecei a escrever para “lembrar” ao poder público que repressão pura e simples não vai acabar com o tráfico de animais. É, como dizem, “enxugar gelo”. Não vai adiantar pedir para a população denunciar. Só isso não vai funcionar.
Da mesma forma como acontece com o comércio de drogas, só com a redução do consumo é que a venda de animais silvestres pode ser diminuída.
Enquanto existir consumidor, isto é, gente querendo ter animal silvestre como bicho de estimação ou disposta a comprar produtos com partes de animais (penas, dentes e garras em enfeites, peças de roupas ou poções ditas medicinais, por exemplo), haverá tráfico de fauna. Nesse ponto, educação ambiental, conscientização e sensibilização da população, além de uma lei realmente punitiva, são essenciais.
Educação ambiental, fiscalização (que inclui repressão) e infraestrutura de atendimento pós-apreensão e de reabilitação à vida livre dos animais apreendidos são o mínimo que se espera de uma política pública séria sobre o tráfico de fauna.
Temos algo parecido??? Você, com certeza, sabe a resposta.
- Leia a matéria do portal G1
- Conheça a Lei de Crimes Ambientais
- Releia a matéria do Fauna News sobre a apreensão de 517 papagaios em Pernambuco
- Assista à matéria do Bom Dia Pernambuco:
Cipoma é a sigla que identifica a Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente da PM de Pernambuco. É lógico que não me surpreende que a oficial responsável pela repressão ao tráfico da fauna silvestre estimule a população a denunciar quem pratica esse crime. Concordo também com a queixa dela: “Essa lei não está corrigindo os infratores. As penas aplicadas são consideradas de menor potencial ofensivo e geralmente é são transformadas, pelo juiz, em penas alternativas”. Afinal, esse ilícito (artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais) tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção e, pela atual legislação, é respondido em liberdade com a possibilidade da reversão da detenção, em caso de condenação, por alguma pena alternativa. É a nossa lei fraca!
517 filhotes de papagaios eram transportados em gaiolas de metal por traficantes - 25 de setembro de 2011, em Pernambuco
Foto: Divulgação Ibama
Bom, mas comecei a escrever para “lembrar” ao poder público que repressão pura e simples não vai acabar com o tráfico de animais. É, como dizem, “enxugar gelo”. Não vai adiantar pedir para a população denunciar. Só isso não vai funcionar.
Da mesma forma como acontece com o comércio de drogas, só com a redução do consumo é que a venda de animais silvestres pode ser diminuída.
Enquanto existir consumidor, isto é, gente querendo ter animal silvestre como bicho de estimação ou disposta a comprar produtos com partes de animais (penas, dentes e garras em enfeites, peças de roupas ou poções ditas medicinais, por exemplo), haverá tráfico de fauna. Nesse ponto, educação ambiental, conscientização e sensibilização da população, além de uma lei realmente punitiva, são essenciais.
Educação ambiental, fiscalização (que inclui repressão) e infraestrutura de atendimento pós-apreensão e de reabilitação à vida livre dos animais apreendidos são o mínimo que se espera de uma política pública séria sobre o tráfico de fauna.
Temos algo parecido??? Você, com certeza, sabe a resposta.
- Leia a matéria do portal G1
- Conheça a Lei de Crimes Ambientais
- Releia a matéria do Fauna News sobre a apreensão de 517 papagaios em Pernambuco
- Assista à matéria do Bom Dia Pernambuco:
1 comentários:
Todos somos reponsáveis. Colocar a culpa nos compradores é ver só um lado da questão e ignorar como os comerciantes trabalham. Diminuindo a procura eles entram com "campanhas" para venderem mais. Eles insinuam. Eles forçam a barra. É como com as drogas. Eles procuram adolescentes para que se tornem dependentes. Enfim, a campanha deles é melhor do que a nossa para conscientizar. Enfim, tudo que for feito é importante. Pedir por denuncias também. Mas, o mais importante é mudança na lei para que ela venha , de fato, a ser aplicada e com rigor.
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