“Os pesquisadores entrevistaram 6.983 pessoas em 687 localidades de Kalimantan, a parte indonésia da ilha de Bornéu e o maior santuário de orangotangos do mundo.
Mais da metade dos homens ouvidos admitiu ter matado ao menos um animal desses em sua vida, por medo, necessidade ou para proteger as plantações.” – texto da matéria “Estudo diz que indonésios matam 750 orangotangos ao ano” publicada pela Folha de S. Paulo em 14 de novembro de 2011
Orangotandos na Tanjung Putting Reserve, em Kalimantan, Bornéu
Foto: WWF-Canon/Rob Webster
Um traço marcante, mas não exclusivo, de áreas economicamente pobres é a falta de informações sobre a importância da fauna silvestre e de como manejar adequadamente regiões com recursos naturais bem conservados.
“Karmele (Karmele Plano, diretora de um centro de apoio aos orangotangos de Kalimantan) disse à Agência Efe que, em seus anos de trabalho na Indonésia, assistiu à venda da carne desses animais nos mercados e também o comércio de filhotes órfãos devido à caça de suas mães. "Os dados emitidos pela Nature Conservacy não são surpreendentes", disse.
Apesar do estudo se concentrar na morte dos primatas pelas mãos do homem, outro problema que afeta a vida dos orangotangos é a perda de seu hábitat natural.” – texto da Folha de S. Paulo
Atualmente, especialistas estimam que Bornéu abriga 45 mil orangotangos, espécie classificada como “em perigo” de extinção. Infelizmente, a matéria não faz qualquer menção ou fornece análise de algum trabalho de educação ambiental ou de atividades (ou falta delas) que visem melhorias de renda para a população local.
Com o tráfico de animais a situação é similar em muitas áreas de apanha: atraídos por um ganho mais fácil e maior que suas atividades econômicas rotineiras, integrantes de comunidades pobres em todo mundo formam o primeiro elo da corrente do tráfico.
Pobreza e ambientalismo não combinam! Se quer preservar o meio ambiente, cuide também do homem...
- Leia a matéria da Folha de S. Paulo
- Saiba mais sobre orangotangos
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