Três papagaios foram que já haviam sido reintroduzidos na natureza pelo Ibama caíram novamente nas mãos de traficantes de animais na Paraíba. As aves foram identificadas por possuírem chips, que foram implantados debaixo da pele para que pudesse ser feito o acompanhamento dos animais em vida livre.
A imprensa local copiou o texto feito em 10 de novembro de 2011 pela assessoria de comunicação do Ibama da Paraíba e nenhum grande veículo noticiou o caso.
Papagaio com asa cortada
“Três papagaios da espécie Amazona aestiva que haviam sido reintroduzidos na natureza pelo Ibama foram apreendidos ontem por agentes ambientais federais em cativeiro em uma residência na cidade de Itaporanga-PB. As multas aplicadas pela manutenção em cativeiro e pela mutilação, devido às asas dos papagaios terem sido cortadas para impedir seu voo, somaram R$ 16 mil.
As informações levantadas no local onde dois dos papagaios estavam em cativeiro permitiram que a fiscalização identificasse a pessoa que capturou os animais na área onde a soltura havia sido realizada, e que vendeu os animais, por R$200,00 cada um, conforme apurado pelos agentes. O caçador, que tinha um papagaio na residência, recebeu multa de R$ 6 mil pela mutilação e manutenção em cativeiro, uma multa de R$ 10 mil foi aplicada ao responsável pelo cativeiro dos outros dois animais.” – texto do Ibama-PB
Os acusados não puderam alegar desconhecer a existência de crime nas suas ações, afinal ainda tiveram o trabalho de retirar as anilhas das aves. Infelizmente, esse tipo de situação é alimentada pela fraca lei, que permite com que os acusados respondam ao processo em liberdade e, em caso de condenação (seis meses a um ano de detenção), provavelmente terão a pena trocada por alguma atividade comunitária ou pagamento de cestas-básicas.
Também não é preciso destacar que, apesar da ação do Ibama na localização das aves, há a necessidade de aumentar a fiscalização na área de soltura e reintrodução dos animais. Nesses locais, na visão do traficante, é quase certo que ele encontrará sua mercadoria.
Em 3 de maio de 2011, escrevi "Paraíba: exemplo da falta de controle do tráfico de animais silvestres". Veja:
"Matéria do jornal O Norte, de João Pessoa (PB), aponta o Estado nordestino como um dos principais pontos na rota do tráfico da fauna silvestre. A reportagem "Paraíba na rota do tráfico de animais", publicada em 6 de abril de 2011, apresenta números alarmantes de apreensões de animais:
“Nos três primeiros meses deste ano, na Paraíba, os números somam mais de 2,5 mil animais apreendidos vítimas do comércio ilegal, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A expansão do tráfico de animais silvestres no primeiro trimestre de 2011 faz com que o número se aproxime de todos os registros de 2010, quando três mil espécies foram recuperadas.”
O jornal também salienta que 10% de todos os animais silvestres apreendidos no país estavam na Paraíba. As cidades que apresentaram um maior número de ocorrências foram Cajazeiras, João Pessoa, Patos e Itabaiana. "A BR-230 vai até o Amazonas e isso facilita o esquema. A rota pelo mar também insere a Paraíba como ponto estratégico pela sua localização, sobretudo favorecendo o comércio internacional", declara Marco Vidal, chefe do setor de Proteção Ambiental (fiscalização) do Ibama." - parte do texto de "Paraíba: exemplo da falta de controle do tráfico de animais silvestres"
Esse é o quadro da Paraíba. Lamentável!
- Leia a nota completa do Ibama-PB
- Releia "Paraíba: exemplo da falta de controle do tráfico de animais silvestres", publicado em 3 de maio de 2011 pelo Fauna News
A imprensa local copiou o texto feito em 10 de novembro de 2011 pela assessoria de comunicação do Ibama da Paraíba e nenhum grande veículo noticiou o caso.
Papagaio com asa cortada
Foto: Divulgação Ibama-PB
“Três papagaios da espécie Amazona aestiva que haviam sido reintroduzidos na natureza pelo Ibama foram apreendidos ontem por agentes ambientais federais em cativeiro em uma residência na cidade de Itaporanga-PB. As multas aplicadas pela manutenção em cativeiro e pela mutilação, devido às asas dos papagaios terem sido cortadas para impedir seu voo, somaram R$ 16 mil.
As informações levantadas no local onde dois dos papagaios estavam em cativeiro permitiram que a fiscalização identificasse a pessoa que capturou os animais na área onde a soltura havia sido realizada, e que vendeu os animais, por R$200,00 cada um, conforme apurado pelos agentes. O caçador, que tinha um papagaio na residência, recebeu multa de R$ 6 mil pela mutilação e manutenção em cativeiro, uma multa de R$ 10 mil foi aplicada ao responsável pelo cativeiro dos outros dois animais.” – texto do Ibama-PB
Os acusados não puderam alegar desconhecer a existência de crime nas suas ações, afinal ainda tiveram o trabalho de retirar as anilhas das aves. Infelizmente, esse tipo de situação é alimentada pela fraca lei, que permite com que os acusados respondam ao processo em liberdade e, em caso de condenação (seis meses a um ano de detenção), provavelmente terão a pena trocada por alguma atividade comunitária ou pagamento de cestas-básicas.
Também não é preciso destacar que, apesar da ação do Ibama na localização das aves, há a necessidade de aumentar a fiscalização na área de soltura e reintrodução dos animais. Nesses locais, na visão do traficante, é quase certo que ele encontrará sua mercadoria.
Em 3 de maio de 2011, escrevi "Paraíba: exemplo da falta de controle do tráfico de animais silvestres". Veja:
"Matéria do jornal O Norte, de João Pessoa (PB), aponta o Estado nordestino como um dos principais pontos na rota do tráfico da fauna silvestre. A reportagem "Paraíba na rota do tráfico de animais", publicada em 6 de abril de 2011, apresenta números alarmantes de apreensões de animais:
“Nos três primeiros meses deste ano, na Paraíba, os números somam mais de 2,5 mil animais apreendidos vítimas do comércio ilegal, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A expansão do tráfico de animais silvestres no primeiro trimestre de 2011 faz com que o número se aproxime de todos os registros de 2010, quando três mil espécies foram recuperadas.”
Feira livre em Campina Grande (PB) onde acoantece o comércio de animais
Foto: Arquivo SOS Fauna
O jornal também salienta que 10% de todos os animais silvestres apreendidos no país estavam na Paraíba. As cidades que apresentaram um maior número de ocorrências foram Cajazeiras, João Pessoa, Patos e Itabaiana. "A BR-230 vai até o Amazonas e isso facilita o esquema. A rota pelo mar também insere a Paraíba como ponto estratégico pela sua localização, sobretudo favorecendo o comércio internacional", declara Marco Vidal, chefe do setor de Proteção Ambiental (fiscalização) do Ibama." - parte do texto de "Paraíba: exemplo da falta de controle do tráfico de animais silvestres"
Esse é o quadro da Paraíba. Lamentável!
- Leia a nota completa do Ibama-PB
- Releia "Paraíba: exemplo da falta de controle do tráfico de animais silvestres", publicado em 3 de maio de 2011 pelo Fauna News
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