Em 25 de novembro de 2011, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo divulgou o relatório Painel da Qualidade Ambiental 2011. Entre os 21 indicadores básicos que compõem o documento, dois foram classificados com ruins. Um deles é o de “fauna silvestre”.
“Em relação à fauna silvestre, o relatório aponta que em uma década, entre 2000 e 2010, houve um aumento de 64% no número de espécies animais ameaçadas de extinção no estado – passou de 267 para 438. No mesmo período, o número de espécies conhecidas aumentou 21,2% - de 2.071 para 2.510. O índice de espécies ameaçadas (que relaciona o total de espécies conhecidas com o número que corre risco) passou de 12,9% para 17,5%.
Segundo a bióloga Claudia Terdimann Schaalmann, diretora do Centro de Fauna Silvestre da secretaria, o grande crescimento no número de animais ameaçados se deve, além da evolução real do indicador, da mudança na metodologia utilizada para o levantamento. Entretanto, a ameaça é real. “A gente pode ter vários motivos para isso. Uma é o crescimento urbano, que a gente não pode segurar, e a secretaria na questão de licenciamentos sempre foi muito rigorosa”, afirmou.” – texto da matéria “Saneamento ambiental em SP está abaixo do adequado, aponta relatório” publicada dia 25 de novembro de 2011 pelo portal G1
Na mesma matéria, há as seguintes declarações do secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Bruno Covas:
“Nós tivemos inclusive uma estadualização este ano da gestão da fauna silvestre para que aquilo que era de responsabilidade do Ibama passe a ser da secretaria, porque a gente tem muito mais capacidade de ajudar nesse tema”, disse o secretário Covas. ”Estamos preocupados com os centros de triagem, os centros de soltura, e com a melhoria da fiscalização para que a gente possa diminuir a quantidade de animais que são vendidos e traficados no estado de São Paulo.”
Desde maio de 2011, o Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Ibama já possuem um cronograma definido para a transferência da gestão da fauna silvestre do órgão federal para o estadual. Veja o cronograma (material do site da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo):
“As atividades assumidas pela SMA estão previstas para os seguintes meses:
1) Zoológicos e Aquários – Julho de 2011
2) Autorizações para manejo de fauna em vida livre – Agosto de 2011
3) Criadouros Conservacionistas/Mantenedores – Fevereiro de 2012
4) CETAS/ CRAS e destinação de fauna silvestre – Março de 2012
5) Criadouros Científicos – Maio de 2012
6) Estabelecimentos comerciais, abatedouros, frigoríficos – Setembro de 2012
7) Criadouros Comerciais – Abril de 2013
8) Criadores Amadoristas de Passeriformes – Maio de 2013
Além destas atribuições previstas no Acordo de Cooperação Técnica Termo, em 12 de julho de 2010 o CFS (Centro de Fauna Silvestre) assumiu a análise e emissão de autorizações de manejo de fauna silvestre para processos de licenciamento ambiental estadual.”
Espera-se que, a partir de agora, o governo paulista faça um trabalho competente, pois o que foi visto até o momento, o Ibama mostrou-se incompetente pelo total desaparelhamento do órgão do Ministério do Meio Ambiente.
Outra coisa: para quem acompanha o drama vividos pelos animais e pelos órgãos de fiscalização (polícias, guardas municipais e o próprio Ibama) nos momentos pós-apreensão, torço para que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo não repita o fiasco da implantação de centros de recebimento de animais silvestres (CETAS/CRAS) que protagonizou em 2000 – quando lançou um plano para a implantação de 18 centros de manejo de animais silvestres e que culminou na inauguração do já fechado CEMAS (Centro de Estudos e Manejo de Animais Silvestres) no Parque Estadual Alberto Löfgren, na zona note da cidade de São Paulo.
“Em relação à fauna silvestre, o relatório aponta que em uma década, entre 2000 e 2010, houve um aumento de 64% no número de espécies animais ameaçadas de extinção no estado – passou de 267 para 438. No mesmo período, o número de espécies conhecidas aumentou 21,2% - de 2.071 para 2.510. O índice de espécies ameaçadas (que relaciona o total de espécies conhecidas com o número que corre risco) passou de 12,9% para 17,5%.
Segundo a bióloga Claudia Terdimann Schaalmann, diretora do Centro de Fauna Silvestre da secretaria, o grande crescimento no número de animais ameaçados se deve, além da evolução real do indicador, da mudança na metodologia utilizada para o levantamento. Entretanto, a ameaça é real. “A gente pode ter vários motivos para isso. Uma é o crescimento urbano, que a gente não pode segurar, e a secretaria na questão de licenciamentos sempre foi muito rigorosa”, afirmou.” – texto da matéria “Saneamento ambiental em SP está abaixo do adequado, aponta relatório” publicada dia 25 de novembro de 2011 pelo portal G1
Bruno Covas / Foto: João França |
“Nós tivemos inclusive uma estadualização este ano da gestão da fauna silvestre para que aquilo que era de responsabilidade do Ibama passe a ser da secretaria, porque a gente tem muito mais capacidade de ajudar nesse tema”, disse o secretário Covas. ”Estamos preocupados com os centros de triagem, os centros de soltura, e com a melhoria da fiscalização para que a gente possa diminuir a quantidade de animais que são vendidos e traficados no estado de São Paulo.”
Desde maio de 2011, o Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Ibama já possuem um cronograma definido para a transferência da gestão da fauna silvestre do órgão federal para o estadual. Veja o cronograma (material do site da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo):
“As atividades assumidas pela SMA estão previstas para os seguintes meses:
1) Zoológicos e Aquários – Julho de 2011
2) Autorizações para manejo de fauna em vida livre – Agosto de 2011
3) Criadouros Conservacionistas/Mantenedores – Fevereiro de 2012
4) CETAS/ CRAS e destinação de fauna silvestre – Março de 2012
5) Criadouros Científicos – Maio de 2012
6) Estabelecimentos comerciais, abatedouros, frigoríficos – Setembro de 2012
7) Criadouros Comerciais – Abril de 2013
8) Criadores Amadoristas de Passeriformes – Maio de 2013
Além destas atribuições previstas no Acordo de Cooperação Técnica Termo, em 12 de julho de 2010 o CFS (Centro de Fauna Silvestre) assumiu a análise e emissão de autorizações de manejo de fauna silvestre para processos de licenciamento ambiental estadual.”
Espera-se que, a partir de agora, o governo paulista faça um trabalho competente, pois o que foi visto até o momento, o Ibama mostrou-se incompetente pelo total desaparelhamento do órgão do Ministério do Meio Ambiente.
Outra coisa: para quem acompanha o drama vividos pelos animais e pelos órgãos de fiscalização (polícias, guardas municipais e o próprio Ibama) nos momentos pós-apreensão, torço para que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo não repita o fiasco da implantação de centros de recebimento de animais silvestres (CETAS/CRAS) que protagonizou em 2000 – quando lançou um plano para a implantação de 18 centros de manejo de animais silvestres e que culminou na inauguração do já fechado CEMAS (Centro de Estudos e Manejo de Animais Silvestres) no Parque Estadual Alberto Löfgren, na zona note da cidade de São Paulo.
Algumas instalações do antigo CEMAS
Foto: José Jorge Neto/SMA (12.09.2002)
O tal CEMAS, hoje totalmente abandonado, foi inaugurado em 2002 e desativado em meio a um turbilhão de denúncias de envolvimento de funcionários e colaboradores com tráfico de fauna (o desaparecimento de 101 animais e a existência de 72 bichos sem registro).
“Dos 1.490,33 m² de área construída, 354 m² são de área hospitalar, 172 m² de quarentenário, 160 m² de internação médica e 206 m² do setor nutrição, havendo ainda um projeto que prevê, também, áreas de reabilitação e adaptação. A instalação tem capacidade para atender a cerca de 4.600 animais por ano. O centro de treinamento, com 257 m², tem condições de oferecer treinamento para 50 pessoas, por meio de cursos, eventos e palestras.
O custo das edificações que compõem o CEMAS foi de R$ 1.281.486,94. Esse recurso se originou de compensações ambientais de empreendimentos da Ecovias e da Companhioa Paulista de Força e Luz - CPFL, além de uma parceria com a Petrobras.” - texto da matéria de divulgação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Dinheiro jogado fora!
- Leia a matéria completa "Saneamentoambiental em SP está abaixo do adequado, aponta relatório” do portal G1
- Leia o texto de divulgação do Painel da Qualidade Ambiental de 2011 da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
- Conheça o plano de gestão de fauna silvestre da Secreatria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
- Leia a matéria da Folha de S. Paulo que relembra o caso de tráfico de animais no CEMAS
- Leia o texto de divulgação da Secreatria do Meio Ambiente da época da construção do CEMAS
O custo das edificações que compõem o CEMAS foi de R$ 1.281.486,94. Esse recurso se originou de compensações ambientais de empreendimentos da Ecovias e da Companhioa Paulista de Força e Luz - CPFL, além de uma parceria com a Petrobras.” - texto da matéria de divulgação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Dinheiro jogado fora!
- Leia a matéria completa "Saneamentoambiental em SP está abaixo do adequado, aponta relatório” do portal G1
- Leia o texto de divulgação do Painel da Qualidade Ambiental de 2011 da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
- Conheça o plano de gestão de fauna silvestre da Secreatria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
- Leia a matéria da Folha de S. Paulo que relembra o caso de tráfico de animais no CEMAS
- Leia o texto de divulgação da Secreatria do Meio Ambiente da época da construção do CEMAS
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