quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Traficantes dentro do Ibama

“A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (11/12) a Operação Eleutheros, de combate ao tráfico de animais silvestres. Policiais federais cumprem cinco mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão em Maceió.

Operação da PF investiga tráfico de fauna no Cetas de Alagoas
Foto: Divulgação PF

As investigações iniciaram a partir de informação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que deu apoio à operação.

A PF apurou que uma quadrilha estaria desviando animais silvestres do Centro de Triagem (CETAS), com a participação de prestadores de serviço (tratadores e vigilantes) e de um ex-estagiário, para serem comercializados no mercado irregular.

Informações indicaram que o grupo agia de duas maneiras: apropriando-se e retirando os animais do CETAS sem conhecimento e autorização do órgão e simulando solturas. A PF identificou uma situação em que foi lançada no sistema de controle do CETAS a liberação de 11 animais à natureza, entre jiboias, iguanas, graúnas e xexéus, mas somente dois foram de fato libertados. Os demais teriam sido desviados. As graúnas e xexéus são espécies com considerável interesse comercial pelo canto.”
– texto da matéria de divulgação “Operação Eleutheros combate desvio de animais silvestres em AL”, publicada pelo site da Polícia Federal em 11 de dezembro de 2013

Não surpreende o fato de o mercado negro de animais seduzir profissionais que deveriam trabalhar em prol da fauna silvestre. Infelizmente, a corrupção e a falta de ética acontecem em todas as instituições (públicas ou privadas).

Assim como as unidades de conservação, os Cetas são verdadeiros bancos de animais. Nos centros há uma infinidade de bichos que já foram apreendidas de traficantes ou de cativeiro doméstico ilegal, tendo, portanto, valor no mercado negro. E o melhor, essa “mercadoria” está toda concentrada no mesmo local e sendo cuidada com dinheiro da população.

No universo do tráfico, sabe-se que policiais são “comprados” para não realizar apreensões em blitze, que há desvios de anilhas e documentação para “esquentar” bichos vindos da natureza, e uma série de outros problemas.

Uma curiosidade: Eleutheros significa "liberdade" em grego.

- Leia o texto completo da Polícia Federal

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