“No início da semana a Guarnição de Policiais Militares lotados no 3º Pelotão PM de Meio Ambiente e Trânsito foram acionados a comparecer na rodovia BR-460 no trecho entre São Lourenço e Carmo de Minas, próximo ao trevo de acesso à cidade de Dom Viçoso, para atender solicitação de atropelamento de animal da fauna brasileira, no local foi encontrado às margens da rodovia, aproximadamente 40 m mato adentro um lobo guará, que devido ao impacto com veículo estava com 03 patas quebradas e com fraturas expostas.” – texto da matéria “Lobo guará é encontrado atropelado em acostamento da BR-460 próximo a Carmo de Minas”, publicada em 29 de dezembro de 2013 pelo site mineiro Popular.net
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) foi classificado em 2009 pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), como uma espécie “quase ameaçada” e em 2003 como “vulnerável” pelo Ibama. Estimativa de 2005 indicou haver cerca de 20 mil lobos-guará no Brasil. E a perspectiva não é animadora. De acordo com o biólogo e pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Rogério Cunha de Paula, se não houver uma redução do desmatamento intensivo do Cerrado, em 30 anos a população de Chrysocyon brachyurus diminuirá entre 40% e 50%. “E se continuar, entre 60 e 70 anos é possível ocorrer a extinção”, afirma.
A perda e fragmentação de hábitat praticamente forçam os animais a procurarem novas áreas para se alimentar, reproduzir, enfim, viver de acordo com sua natureza. Os deslocamentos expõem os lobos-guarás a novas influências que, em áreas de ocupação humana, podem ser visíveis (estradas, ataques de cães e caça promovida por fazendeiros, por exemplo) e invisíveis, como a exposição a doenças de animais domésticos com os quais nunca tiveram contato ou quando se alimentam de frutos contaminados por agrotóxicos em áreas agrícolas. “Já temos registros de casos de lobos-guará com parvovirose e raiva na Serra da Canastra, em Minas Gerais, que são doenças transmitidas por cães domésticos”, explica Paula.
Os atropelamentos estão entre as principais causas de morte de lobos-guarás. Esses casos “engordam” a trágica estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas: 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados, todos os anos, nas estradas e rodovias brasileiras.
Felizmente, o animal atropelado em Minas Gerais não foi mais um nesse universo. Infelizmente, dependendo das lesões e do quanto se investir na recuperação desse animal (o que o poder público não faz com facilidade), ele está condenado ao cativeiro, deixando de cumprir seu papel ecológico. Para a natureza é o mesmo que a morte.
- Leia a matéria completa do Popular.net
O animal sofreu vrárias fraturas
Foto: Divulgação PM Ambiental MG
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) foi classificado em 2009 pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), como uma espécie “quase ameaçada” e em 2003 como “vulnerável” pelo Ibama. Estimativa de 2005 indicou haver cerca de 20 mil lobos-guará no Brasil. E a perspectiva não é animadora. De acordo com o biólogo e pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Rogério Cunha de Paula, se não houver uma redução do desmatamento intensivo do Cerrado, em 30 anos a população de Chrysocyon brachyurus diminuirá entre 40% e 50%. “E se continuar, entre 60 e 70 anos é possível ocorrer a extinção”, afirma.
A perda e fragmentação de hábitat praticamente forçam os animais a procurarem novas áreas para se alimentar, reproduzir, enfim, viver de acordo com sua natureza. Os deslocamentos expõem os lobos-guarás a novas influências que, em áreas de ocupação humana, podem ser visíveis (estradas, ataques de cães e caça promovida por fazendeiros, por exemplo) e invisíveis, como a exposição a doenças de animais domésticos com os quais nunca tiveram contato ou quando se alimentam de frutos contaminados por agrotóxicos em áreas agrícolas. “Já temos registros de casos de lobos-guará com parvovirose e raiva na Serra da Canastra, em Minas Gerais, que são doenças transmitidas por cães domésticos”, explica Paula.
Os atropelamentos estão entre as principais causas de morte de lobos-guarás. Esses casos “engordam” a trágica estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas: 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados, todos os anos, nas estradas e rodovias brasileiras.
Felizmente, o animal atropelado em Minas Gerais não foi mais um nesse universo. Infelizmente, dependendo das lesões e do quanto se investir na recuperação desse animal (o que o poder público não faz com facilidade), ele está condenado ao cativeiro, deixando de cumprir seu papel ecológico. Para a natureza é o mesmo que a morte.
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