O gestor do Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), Danilo Santos da Silva, informou a morte de uma fêmea de tamanduá-mirim na altura do km 34,5 da rodovia Rio-Santos (BR-101), próximo ao limite da unidade de conservação, em Ubatuba, litoral norte paulista. O fato ocorreu em 22 de dezembro de 2013.
“É uma pena! Tão difícil de ser avistado em seu habitat natural, de repente, o bicho aparece atropelado”, afirmou Danilo.
Infelizmente, o ocorrido com a tamanduá-mirim não é um caso raro.
A bióloga Josciele Caroline Santos fez, para o projeto “101: a BR da Vida” da ONG Profauna - Proteção à Fauna e Monitoramento Ambiental, de Ubatuba,”, um levantamento das mortes de animais silvestres por atropelamento no trecho entre os kms 8 e 44 da BR-101, que corta por quatro quilômetros o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). Entre janeiro e agosto de 2011 e janeiro e agosto de 2012, foram registrados 106 casos, sendo 89 com mamíferos (83,96%), 8 com répteis (7,54%), 8 com aves (7,54 %) e um com espécie não identificada (0,94 %) devido ao estado de decomposição da carcaça.
A maior parte das mortes (32) aconteceu no trecho da BR-101 dentro do PESM, o que evidencia a necessidade de a área ser prioritária na implantação de estruturas para redução dos atropelamentos. O coordenador geral do Profauna Tiago Leite afirma que, a partir desse trabalho, será preparado um documento para ser usado como ferramenta na conservação ambiental da região. “Vamos levá-lo para os órgãos do poder público e instituições responsáveis pelo assunto para iniciar um diálogo e discutir propostas para continuar o monitoramento e estabelecer mecanismos e estratégias para redução dos atropelamentos.”
De acordo com o coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, Alex Bager, cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem por atropelamento todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras. Excesso de velocidade, falta de infraestrutura (sinalização, passagens de fauna adequadas para cada situação, retirada de carcaças da via para não atrair carniceiros, etc) e ausência de projetos de conscientização dos motoristas são os motivos desse massacre.
E o caso envolvendo a tamanduá-mirim é ainda mais delicada pela proximidade com uma unidade de conservação de proteção integral, onde fauna e flora estão bem conservadas e devem ser protegidas (o que inclui cuidados especiais no entorno, a chamada zona de amortecimento).
Animal morto na margem da rodovia
Foto: Divulgação PESM/Picinguaba
“É uma pena! Tão difícil de ser avistado em seu habitat natural, de repente, o bicho aparece atropelado”, afirmou Danilo.
Danilo com o animal morto
Foto: Divulgação PESM/Picinguaba
Infelizmente, o ocorrido com a tamanduá-mirim não é um caso raro.
A bióloga Josciele Caroline Santos fez, para o projeto “101: a BR da Vida” da ONG Profauna - Proteção à Fauna e Monitoramento Ambiental, de Ubatuba,”, um levantamento das mortes de animais silvestres por atropelamento no trecho entre os kms 8 e 44 da BR-101, que corta por quatro quilômetros o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). Entre janeiro e agosto de 2011 e janeiro e agosto de 2012, foram registrados 106 casos, sendo 89 com mamíferos (83,96%), 8 com répteis (7,54%), 8 com aves (7,54 %) e um com espécie não identificada (0,94 %) devido ao estado de decomposição da carcaça.
A maior parte das mortes (32) aconteceu no trecho da BR-101 dentro do PESM, o que evidencia a necessidade de a área ser prioritária na implantação de estruturas para redução dos atropelamentos. O coordenador geral do Profauna Tiago Leite afirma que, a partir desse trabalho, será preparado um documento para ser usado como ferramenta na conservação ambiental da região. “Vamos levá-lo para os órgãos do poder público e instituições responsáveis pelo assunto para iniciar um diálogo e discutir propostas para continuar o monitoramento e estabelecer mecanismos e estratégias para redução dos atropelamentos.”
De acordo com o coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, Alex Bager, cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem por atropelamento todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras. Excesso de velocidade, falta de infraestrutura (sinalização, passagens de fauna adequadas para cada situação, retirada de carcaças da via para não atrair carniceiros, etc) e ausência de projetos de conscientização dos motoristas são os motivos desse massacre.
E o caso envolvendo a tamanduá-mirim é ainda mais delicada pela proximidade com uma unidade de conservação de proteção integral, onde fauna e flora estão bem conservadas e devem ser protegidas (o que inclui cuidados especiais no entorno, a chamada zona de amortecimento).
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