“São Paulo vai receber até março de 2013 um dos maiores Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) do país. O espaço está sendo construído dentro do Parque Anhanguera, na região de Perus, Zona Norte da capital. A unidade vai ter um Centro de Manejo de Animais com laboratórios de análises e de taxidermia (arte de empalhar animais), necrópsia (exame de cadáver), centro de triagem de alimentação dos animais, 15 conjuntos de recintos para abrigo de animais silvestres nativos como mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, administração, diretoria e refeitório.
Segundo informações da bióloga Silvana Schirmer, o local está sendo adaptado para receber cerca de sete mil animais, mas não será aberto ao público. “A função do Cras é receber essa fauna machucada e reabilitá-la para voltar a viver na natureza”, diz, reforçando que o animal silvestre foi feito para viver solto e manter um bicho dessa espécie em gaiola é crime ambiental.” – texto da matéria “Animais terão centro de reabilitação”, publicada em 30 de dezembro de 2012 pelo jornal Diário de S. Paulo
Em agosto de 2012, a prefeitura anunciou que a inauguração do centro aconteceria em novembro. O que não ocorreu. O Cras é fundamental para a cidade de São Paulo, já que a região metropolitana é um dos maiores centros ilegais de comércio de animais silvestres do Brasil. Atualmente, os bichos apreendidos com traficantes, criados sem autorização, resgatados em ambiente urbano ou machucados são encaminhados para o centro existente no Parque Ecológico do Tietê (do governo do Estado), para a Divisão de Fauna da Prefeitura no Parque do Ibirapuera ou para instituições particulares que possuem autorização do Ibama.
O problema é que as estruturas públicas (do Parque Ecológico do Tietê e do Parque do Ibirapuera) vivem lotadas, trabalhando além do limite para que foram planejadas. Já passou da hora da cidade ter uma infraestrutura melhor para atender esses animais.
O que não deve ser esquecido é o processo de soltura dos animais. Deve-se destacar que a maioria dos bichos apreendidos não são nativos de São Paulo, vindos do Nordeste, Norte e Centro-oeste, o que obriga que eles sejam levados de volta para seus ecossistemas de origem depois de reabilitados. Esse processo é burocrático e caro e vem acompanhado de monitoramento pós-soltura.
É por isso que os centros acabam, muitas vezes, se transformando em depósitos de animais. Espera-se que o poder público não ache que resolveu o problema fazendo apenas essa inauguração. Que o novo Cras seja mais um passo em uma caminhada.
- Leia a matéria completa do Diário de S. Paulo
- Leia a matéria do site da Prefeitura anunciando a inauguração para novembro (que não ocorreu)
Vista aérea das obras do novo Cras da prefeitura de São Paulo
Foto: site prefeitura de São Paulo
Segundo informações da bióloga Silvana Schirmer, o local está sendo adaptado para receber cerca de sete mil animais, mas não será aberto ao público. “A função do Cras é receber essa fauna machucada e reabilitá-la para voltar a viver na natureza”, diz, reforçando que o animal silvestre foi feito para viver solto e manter um bicho dessa espécie em gaiola é crime ambiental.” – texto da matéria “Animais terão centro de reabilitação”, publicada em 30 de dezembro de 2012 pelo jornal Diário de S. Paulo
Em agosto de 2012, a prefeitura anunciou que a inauguração do centro aconteceria em novembro. O que não ocorreu. O Cras é fundamental para a cidade de São Paulo, já que a região metropolitana é um dos maiores centros ilegais de comércio de animais silvestres do Brasil. Atualmente, os bichos apreendidos com traficantes, criados sem autorização, resgatados em ambiente urbano ou machucados são encaminhados para o centro existente no Parque Ecológico do Tietê (do governo do Estado), para a Divisão de Fauna da Prefeitura no Parque do Ibirapuera ou para instituições particulares que possuem autorização do Ibama.
Recintos que receberão os animais no Cras
Foto: site prefeitura de São Paulo
O problema é que as estruturas públicas (do Parque Ecológico do Tietê e do Parque do Ibirapuera) vivem lotadas, trabalhando além do limite para que foram planejadas. Já passou da hora da cidade ter uma infraestrutura melhor para atender esses animais.
O que não deve ser esquecido é o processo de soltura dos animais. Deve-se destacar que a maioria dos bichos apreendidos não são nativos de São Paulo, vindos do Nordeste, Norte e Centro-oeste, o que obriga que eles sejam levados de volta para seus ecossistemas de origem depois de reabilitados. Esse processo é burocrático e caro e vem acompanhado de monitoramento pós-soltura.
É por isso que os centros acabam, muitas vezes, se transformando em depósitos de animais. Espera-se que o poder público não ache que resolveu o problema fazendo apenas essa inauguração. Que o novo Cras seja mais um passo em uma caminhada.
- Leia a matéria completa do Diário de S. Paulo
- Leia a matéria do site da Prefeitura anunciando a inauguração para novembro (que não ocorreu)
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