“Pesquisadores que tomaram para si a missão de combater o tráfico de animais estão usando um sistema de código de barras semelhante ao usado em supermercados para auxiliar no policiamento do comércio deste ilícito.
Microchips de identificação individual estão sendo introduzidos nos camaleões Namaqua do deserto da Namíbia para que seus movimentos possam ser rastreados, permitindo a alguém com o devido aparelho ‘ler’ o código do camaleão.
(...) Um comércio global legítimo oferta cerca de 60 mil camaleões por ano para servirem como animais domésticos ou partes de coleções de zoológicos privados e públicos, mas oficiais de alfândega costumam ter muita dificuldade em provar se um animal está sendo ilegalmente exportado. Esse é o motivo pelo qual a especialista em camaleões Krystal Tolley, do Instituto Nacional Sul-Africano pela Biodiversidade, na Cidade do Cabo, juntamente com Tommy Collard, um guia de ecoturismo do deserto, começaram com a identificação dos animais selvagens.” – texto da matéria “Microchips são implantados em camaleões em tentativa de repressão ao tráfico”, publicada em 28 de agosto de 2013 pela Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda)
Traficantes de fauna utilizam da corrupção e da falsificação de ferramentas de identificação dos animais para “esquentarem” os bichos, isto é, dar uma aparência legal ao animal capturado ou coletado ilegalmente na natureza. Assim é feito com as aves, que tem anilhas (aqueles anéis colocados nas pernas do exemplar) retiradas de animais nascidos em criadouros legalizados e colocadas nos retirados do meio ambiente. Os criminosos também falsificam anilhas.
Para outros animais, como répteis, mamíferos e anfíbios, os órgãos de fiscalização enfrentam ainda mais dificuldades para saber a procedência do bicho.
‘A menos que pegos no ato da captura, é difícil às autoridades provarem que animais usados no comércio internacional foram retirados diretamente da natureza. É aí que entra o trunfo do microchip. “Sabemos que a rota comum de exportação do Namaqua é da Uganda para a Europa. Porém, essa espécie não é natural da Uganda, tornando mais fácil a alegação de que foi um exemplar descendente de animais em cativeiro. A detecção pelo código de barra irá ajudar a provar se o animal foi tirado da natureza ou não.” (declaração de Krystal Tolley – observação do Fauna News)’ – texto da Anda
Essa marcação ainda tem outra vantagem. Depois de apreendidos, existe a dificuldade de saber exatamente de qual região veio o animal. Havendo a possibilidade de identificar de qual ecossistema o bicho foi retirado, é possível fazer uma reintrodução tecnicamente mais adequada, preservando a identidade genética do grupo de origem.
Infelizmente, o poder público não investe nesses procedimentos para conservar espécies de animais sob forte pressão do tráfico. Uma outra alternativa é o levantamento de marcadores genéticos, afinal, identificando uma característica do DNA de uma espécie de uma determinada região é possível também saber se o animal foi capturado na natureza e ajudar em sua reintrodução.
- Leia a matéria completa da Anda
Microchips de identificação individual estão sendo introduzidos nos camaleões Namaqua do deserto da Namíbia para que seus movimentos possam ser rastreados, permitindo a alguém com o devido aparelho ‘ler’ o código do camaleão.
Camaleões estão sendo chipadosna África
Foto: Ann e Steve Toon/Solent
(...) Um comércio global legítimo oferta cerca de 60 mil camaleões por ano para servirem como animais domésticos ou partes de coleções de zoológicos privados e públicos, mas oficiais de alfândega costumam ter muita dificuldade em provar se um animal está sendo ilegalmente exportado. Esse é o motivo pelo qual a especialista em camaleões Krystal Tolley, do Instituto Nacional Sul-Africano pela Biodiversidade, na Cidade do Cabo, juntamente com Tommy Collard, um guia de ecoturismo do deserto, começaram com a identificação dos animais selvagens.” – texto da matéria “Microchips são implantados em camaleões em tentativa de repressão ao tráfico”, publicada em 28 de agosto de 2013 pela Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda)
Traficantes de fauna utilizam da corrupção e da falsificação de ferramentas de identificação dos animais para “esquentarem” os bichos, isto é, dar uma aparência legal ao animal capturado ou coletado ilegalmente na natureza. Assim é feito com as aves, que tem anilhas (aqueles anéis colocados nas pernas do exemplar) retiradas de animais nascidos em criadouros legalizados e colocadas nos retirados do meio ambiente. Os criminosos também falsificam anilhas.
Para outros animais, como répteis, mamíferos e anfíbios, os órgãos de fiscalização enfrentam ainda mais dificuldades para saber a procedência do bicho.
‘A menos que pegos no ato da captura, é difícil às autoridades provarem que animais usados no comércio internacional foram retirados diretamente da natureza. É aí que entra o trunfo do microchip. “Sabemos que a rota comum de exportação do Namaqua é da Uganda para a Europa. Porém, essa espécie não é natural da Uganda, tornando mais fácil a alegação de que foi um exemplar descendente de animais em cativeiro. A detecção pelo código de barra irá ajudar a provar se o animal foi tirado da natureza ou não.” (declaração de Krystal Tolley – observação do Fauna News)’ – texto da Anda
Essa marcação ainda tem outra vantagem. Depois de apreendidos, existe a dificuldade de saber exatamente de qual região veio o animal. Havendo a possibilidade de identificar de qual ecossistema o bicho foi retirado, é possível fazer uma reintrodução tecnicamente mais adequada, preservando a identidade genética do grupo de origem.
Infelizmente, o poder público não investe nesses procedimentos para conservar espécies de animais sob forte pressão do tráfico. Uma outra alternativa é o levantamento de marcadores genéticos, afinal, identificando uma característica do DNA de uma espécie de uma determinada região é possível também saber se o animal foi capturado na natureza e ajudar em sua reintrodução.
- Leia a matéria completa da Anda
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