“Um acidente numa estrada vicinal entre os municípios de Tapurah e Sorriso, no norte de Mato Grosso, terminou de forma trágica. Ao tentar desviar de um animal, o veículo Ford Fiesta, placas JZA-7973, de Várzea Grande, perdeu o controle e capotou varias vezes atingindo uma ponte até cair em córrego. No carro, Alício Paulo Rache, 39 anos, e seu filho, 10, morreram. O acidente aconteceu na tarde de sábado, dia 3.” – texto da matéria “Pai e Filho morrem em acidente após bater em animal silvestre”, publicada no site 24 Horas News em 5 de agosto de 2013
Há não muito tempo, toda e qualquer estrada brasileira era construída sem levar em conta a fauna da região que cortaria. Quando muito, se faziam levantamentos de espécies. Mas não levavam em consideração se a nova via estaria cruzando a rota migratória, dividindo áreas de caça ou de procura de parceiros ou ainda se estaria em um local com vegetação atrativa para algum animal. Vários são os aspectos que devem ser considerados ao se planejar o traçado de uma estrada.
Mesmo que tudo isso seja levado em conta nos trabalhos exigidos durante o processo de licenciamento ambiental, é difícil evitar que animais silvestres se arrisquem em travessias. O resultado, na maioria das vezes, é negativo para a fauna, com lesões nos bichos e muitas mortes – o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas estima que 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas brasileiras.
Mas nem sempre são os animais que levam a pior. É o caso ocorrido no Mato Grosso.
Infelizmente, ações que podem reduzir os atropelamentos de animais e algumas mortes de motoristas e passageiros ainda deixam a desejar.
“Com a Resolução Conama nº 01, em 1986, toda construção de estrada com duas ou mais faixas de rolamento deve ser precedida de estudo de impacto ambiental para obter sua licença. Apesar da legislação existente, o atropelamento de fauna não tem sido tratado com o rigor que merece. “O licenciamento, tanto de rodovias em implantação quanto já operantes, ainda é frágil nas exigências de informações sobre esse tema. E isso ocorre tanto no tipo de informação requerida dos empreendedores quanto na qualidade da mesma”, afirma o biólogo Andreas Kindel, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coautor do Conecte – Guia de Procedimentos para Mitigação de Impactos de Rodovias sobre a Fauna. A obra, publicada na internet (www.lauxen.net/conecte), é uma síntese do atual conhecimento sobre os impactos na fauna e sobre como reduzir danos.” – texto da matéria “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente
Mesmo que todos os processos de licenciamento fossem perfeitos, ainda haveria as estradas e rodovias já construídas.
“Em outubro de 2011, com a Portaria Interministerial 423, envolvendo os ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes, foi criado o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis para a regularização ambiental das rodovias federais que não possuem licença ambiental. A iniciativa determina a realização de programas de monitoramento de fauna com a consequente adaptação da via para evitar e reduzir os atropelamentos.” – texto da matéria “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente
Mas e as estradas pequenas? Quando o poder público vai tomar providências?
- Leia a matéria completa do site 24 Horas News
- Leia a matéria “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente
Duas pessoas e um animal silvestre morreram no acidente
Foto: Site 24 Horas News
Há não muito tempo, toda e qualquer estrada brasileira era construída sem levar em conta a fauna da região que cortaria. Quando muito, se faziam levantamentos de espécies. Mas não levavam em consideração se a nova via estaria cruzando a rota migratória, dividindo áreas de caça ou de procura de parceiros ou ainda se estaria em um local com vegetação atrativa para algum animal. Vários são os aspectos que devem ser considerados ao se planejar o traçado de uma estrada.
Mesmo que tudo isso seja levado em conta nos trabalhos exigidos durante o processo de licenciamento ambiental, é difícil evitar que animais silvestres se arrisquem em travessias. O resultado, na maioria das vezes, é negativo para a fauna, com lesões nos bichos e muitas mortes – o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas estima que 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas brasileiras.
Mas nem sempre são os animais que levam a pior. É o caso ocorrido no Mato Grosso.
Infelizmente, ações que podem reduzir os atropelamentos de animais e algumas mortes de motoristas e passageiros ainda deixam a desejar.
“Com a Resolução Conama nº 01, em 1986, toda construção de estrada com duas ou mais faixas de rolamento deve ser precedida de estudo de impacto ambiental para obter sua licença. Apesar da legislação existente, o atropelamento de fauna não tem sido tratado com o rigor que merece. “O licenciamento, tanto de rodovias em implantação quanto já operantes, ainda é frágil nas exigências de informações sobre esse tema. E isso ocorre tanto no tipo de informação requerida dos empreendedores quanto na qualidade da mesma”, afirma o biólogo Andreas Kindel, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coautor do Conecte – Guia de Procedimentos para Mitigação de Impactos de Rodovias sobre a Fauna. A obra, publicada na internet (www.lauxen.net/conecte), é uma síntese do atual conhecimento sobre os impactos na fauna e sobre como reduzir danos.” – texto da matéria “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente
Mesmo que todos os processos de licenciamento fossem perfeitos, ainda haveria as estradas e rodovias já construídas.
“Em outubro de 2011, com a Portaria Interministerial 423, envolvendo os ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes, foi criado o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis para a regularização ambiental das rodovias federais que não possuem licença ambiental. A iniciativa determina a realização de programas de monitoramento de fauna com a consequente adaptação da via para evitar e reduzir os atropelamentos.” – texto da matéria “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente
Mas e as estradas pequenas? Quando o poder público vai tomar providências?
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