Em 8 de outubro de 2013, o Fauna News publicou “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras”, texto que abordou o tráfico internacional de animais raros a partir do Brasil. Foi citado o caso da jiboia Princesa Diamante (rara por causa de uma mutação genética chamada leucismo que deixa a pele toda branca e os olhos negros), vendida ilegalmente para um criador de cobras americano.
Para entender o caso:
“Em 2006, a espécie rara da Jiboia-constritora foi encontrada por bombeiros no meio da mata, no Rio de Janeiro, e levada para a Fundação Jardim Zoológico de Niterói. Na época o local era administrado por Giselda Candiotto e o seu cônjuge José Carlos Schirmer. Investigações posteriores mostraram que eles usavam o lugar como fachada para o tráfico de animais silvestres.
Os denunciados reconheceram o valor econômico da serpente no mercado estrangeiro e passaram a procurar por algum interessado na sua aquisição. Foi quando Jeremy Stone, um dos maiores criadores de serpentes dos Estados Unidos, mostrou interesse na compra do animal. Em fevereiro de 2007 ele veio ao Brasil para ver pessoalmente a cobra e negociar a compra com a gestora do zoológico.
Após negociações e testes do grau de segurança da fronteira brasileira, em janeiro de 2009 a cobra foi levada para Manaus para que a operação fosse concluída. Jeremy Stone e sua irmã Keri Ann Stone tentaram deixar o Brasil com a cobra em um cruzeiro e também por avião, mas não tiveram sucesso. Jeremy, no entanto, conseguiu retirar o animal ilegalmente do Brasil pela cidade de Bonfim, atravessando a fronteira de Roraima com a Guiana.” – texto da matéria “MPF em RR oferece denúncia contra 4 pessoas por tráfico de jiboia rara”, publicada em 9 de outubro de 2013 pelo portal G1
O caso está tento seus desdobramentos:
“O MPF em Roraima denunciou à Justiça Federal os quatro envolvidos no caso por crimes contra a fauna e o meio ambiente, furto, contrabando, além de fraude processual. Segundo o procurador da República Paulo Taek, autor da denúncia, além de pedir a condenação dos acusados, o MPF está tentando a restituição dos descendentes da Jiboia que foram apreendidos pelas autoridades americanas e estavam sendo comercializados no país por milhares de dólares.
“De acordo com o americano acusado, a cobra leucística já veio a óbito, o que torna o dano irreparável. Mas queremos com urgência a repatriação dos filhotes da Jiboia apreendidos, pois eles também são patrimônio do Estado brasileiro”, afirma o procurador.
Na denúncia, o Ministério Público Federal requer ainda o arbitramento do valor mínimo para reparação do dano de R$ 2 milhões.
Giselda e José Carlos estão presos por terem dificultado as investigações e terem destruído provas. Eles entraram com pedido de habeas corpus e aguardam posição do Tribunal Regional Federal. A Procuradoria Regional da República da 1ª Região em Brasília acompanha o pedido.” – texto do portal G1
Não é a primeira vez que um zoológico se envolve com tráfico de animais. Em 2004, 73 animais morreram no Zoológico de São Paulo (que é ligado à Secretaria de Meio Ambiente do estado). Houve a suspeita de envolvimento de funcionários e de traficantes de animais. As investigações corriam em segredo de Justiça e nunca foi divulgado o resultado d trabalho da Polícia Federal.
Pena que a legislação brasileira para o tráfico de fauna é tão branda. Se fosse mais severa e separasse o traficante profissional do criador doméstico ilegal, muito bandido poderia estar preso.
- Leia a matéria completa do portal G1
- Releia o post “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras”, publicado pelo Fauna News em 8 de outubro de 2013
Para entender o caso:
“Em 2006, a espécie rara da Jiboia-constritora foi encontrada por bombeiros no meio da mata, no Rio de Janeiro, e levada para a Fundação Jardim Zoológico de Niterói. Na época o local era administrado por Giselda Candiotto e o seu cônjuge José Carlos Schirmer. Investigações posteriores mostraram que eles usavam o lugar como fachada para o tráfico de animais silvestres.
Foto de Giselda com Jeremy nos EUA
Imagem: Reprodução TV Globo
Os denunciados reconheceram o valor econômico da serpente no mercado estrangeiro e passaram a procurar por algum interessado na sua aquisição. Foi quando Jeremy Stone, um dos maiores criadores de serpentes dos Estados Unidos, mostrou interesse na compra do animal. Em fevereiro de 2007 ele veio ao Brasil para ver pessoalmente a cobra e negociar a compra com a gestora do zoológico.
Após negociações e testes do grau de segurança da fronteira brasileira, em janeiro de 2009 a cobra foi levada para Manaus para que a operação fosse concluída. Jeremy Stone e sua irmã Keri Ann Stone tentaram deixar o Brasil com a cobra em um cruzeiro e também por avião, mas não tiveram sucesso. Jeremy, no entanto, conseguiu retirar o animal ilegalmente do Brasil pela cidade de Bonfim, atravessando a fronteira de Roraima com a Guiana.” – texto da matéria “MPF em RR oferece denúncia contra 4 pessoas por tráfico de jiboia rara”, publicada em 9 de outubro de 2013 pelo portal G1
O caso está tento seus desdobramentos:
“O MPF em Roraima denunciou à Justiça Federal os quatro envolvidos no caso por crimes contra a fauna e o meio ambiente, furto, contrabando, além de fraude processual. Segundo o procurador da República Paulo Taek, autor da denúncia, além de pedir a condenação dos acusados, o MPF está tentando a restituição dos descendentes da Jiboia que foram apreendidos pelas autoridades americanas e estavam sendo comercializados no país por milhares de dólares.
“De acordo com o americano acusado, a cobra leucística já veio a óbito, o que torna o dano irreparável. Mas queremos com urgência a repatriação dos filhotes da Jiboia apreendidos, pois eles também são patrimônio do Estado brasileiro”, afirma o procurador.
Jeremy com a Princesa Diamante
Imagem: Reprodução TV Globo
Na denúncia, o Ministério Público Federal requer ainda o arbitramento do valor mínimo para reparação do dano de R$ 2 milhões.
Giselda e José Carlos estão presos por terem dificultado as investigações e terem destruído provas. Eles entraram com pedido de habeas corpus e aguardam posição do Tribunal Regional Federal. A Procuradoria Regional da República da 1ª Região em Brasília acompanha o pedido.” – texto do portal G1
Não é a primeira vez que um zoológico se envolve com tráfico de animais. Em 2004, 73 animais morreram no Zoológico de São Paulo (que é ligado à Secretaria de Meio Ambiente do estado). Houve a suspeita de envolvimento de funcionários e de traficantes de animais. As investigações corriam em segredo de Justiça e nunca foi divulgado o resultado d trabalho da Polícia Federal.
Pena que a legislação brasileira para o tráfico de fauna é tão branda. Se fosse mais severa e separasse o traficante profissional do criador doméstico ilegal, muito bandido poderia estar preso.
- Leia a matéria completa do portal G1
- Releia o post “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras”, publicado pelo Fauna News em 8 de outubro de 2013
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