“A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Mato Grosso do Sul deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), operação com o objetivo de combater crimes ambientais durante o feriado em Mato Grosso do Sul. Conforme a polícia, a ação tem como foco o combate ao tráfico de papagaios, além de outros animais silvestres e a pesca predatória comum no mês de outubro, que antecede a Piracema.
(...) Antes da operação, a polícia ambiental vinha realizando trabalhos preventivos nas propriedades rurais, já que a principal forma de agir dos traficantes é aliciando sitiantes e funcionários de propriedades rurais para que os mesmos facilitem na venda e compra desses animais.” – texto da matéria “Tráfico de papagaios será principal alvo de operação da PMA em MS”, publicada em 10 de outubro de 2013 pelo portal G1
A notícia vale ser destacada por um único aspecto: o trabalho preventivo da Polícia Militar Ambiental. Mostrar para a população os problemas envolvidos na apanha de filhotes de papagaios-verdadeiros é essencial para reduzir o tráfico da espécie. A matéria “Aberta a temporada do tráfico, publicada pela revista Terra da Gente, em setembro de 2012, abordou esse problema:
“A organização dos bandidos começa previamente à postura dos ovos, que ocorre cerca de 27 a 30 dias antes do nascimento. Os traficantes, paulistas na maioria, entram em contato com sitiantes, trabalhadores rurais e assentados que vivem na região próxima da divisa com o estado de São Paulo e encomendam a coleta dos filhotes. Oferecem cerca de R$ 30,00 por papagaio-verdadeiro, fecham negócio com esses moradores e acertam os detalhes finais, como a data de retirada. Para os sul-mato-grossenses envolvidos, o dinheiro é um complemento de renda. Para os paulistas, a venda é lucro certo, já que cada ave é comercializada no mercado negro como bicho de estimação por valores que variam entre R$ 150,00 e R$ 250,00. Os animais legalizados custam entre R$ 1.800,00 e R$ 2.500,00.
Combinados preços e prazos, os responsáveis por apanhar as aves buscam os ninhos em ocos de troncos e de galhos pelas fazendas e áreas com vegetação ainda preservada. A procura não é complicada, afinal os papagaios-verdadeiros são abundantes e normalmente botam seus ovos nos mesmos locais de anos anteriores. Com os ninhos identificados, basta esperar os nascimentos para a coleta, que muitas vezes tem as noites como aliadas.”
A temporada de captura de papagaios-verdadeiros no Cerrado do Mato Grosso do Sul ocorre, principalmente, em setembro e outubro. É o período de nascimento dos filhotes, que vão abastecer os grandes centros urbanos do Sudeste, com destaque para a Região Metropolitana de São Paulo.
‘“O número pode chegar facilmente aos milhares”, afirma Marcelo Pavlenco Rocha. Presidente da ONG paulista SOS Fauna, que combate o tráfico de fauna desde 1989, Rocha conta que, durante uma conversa informal, homens da Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul disseram acreditar que apenas cerca de 5% dos papagaios-verdadeiros retirados da natureza são apreendidos.’ – texto da revista
Sem a colaboração das comunidades onde ocorrem os nascimentos dos papagaios-verdadeiros, não há sistema repressivo que consiga coibir a coleta de filhotes. As áreas são grandes, muitas delas isoladas e de difícil acesso.
- Leia a matéria completa do portal G1
- Leia a matéria completa da revista Terra da Gente
Filhotes de papagaios-verdadeiros no Centro
de Reabilitação de Campo Grande
Foto: Glaucia Seixas
(...) Antes da operação, a polícia ambiental vinha realizando trabalhos preventivos nas propriedades rurais, já que a principal forma de agir dos traficantes é aliciando sitiantes e funcionários de propriedades rurais para que os mesmos facilitem na venda e compra desses animais.” – texto da matéria “Tráfico de papagaios será principal alvo de operação da PMA em MS”, publicada em 10 de outubro de 2013 pelo portal G1
A notícia vale ser destacada por um único aspecto: o trabalho preventivo da Polícia Militar Ambiental. Mostrar para a população os problemas envolvidos na apanha de filhotes de papagaios-verdadeiros é essencial para reduzir o tráfico da espécie. A matéria “Aberta a temporada do tráfico, publicada pela revista Terra da Gente, em setembro de 2012, abordou esse problema:
“A organização dos bandidos começa previamente à postura dos ovos, que ocorre cerca de 27 a 30 dias antes do nascimento. Os traficantes, paulistas na maioria, entram em contato com sitiantes, trabalhadores rurais e assentados que vivem na região próxima da divisa com o estado de São Paulo e encomendam a coleta dos filhotes. Oferecem cerca de R$ 30,00 por papagaio-verdadeiro, fecham negócio com esses moradores e acertam os detalhes finais, como a data de retirada. Para os sul-mato-grossenses envolvidos, o dinheiro é um complemento de renda. Para os paulistas, a venda é lucro certo, já que cada ave é comercializada no mercado negro como bicho de estimação por valores que variam entre R$ 150,00 e R$ 250,00. Os animais legalizados custam entre R$ 1.800,00 e R$ 2.500,00.
Filhotes, já maiores, em oco de árvore na natureza
Foto: Glaucia Seixas
Combinados preços e prazos, os responsáveis por apanhar as aves buscam os ninhos em ocos de troncos e de galhos pelas fazendas e áreas com vegetação ainda preservada. A procura não é complicada, afinal os papagaios-verdadeiros são abundantes e normalmente botam seus ovos nos mesmos locais de anos anteriores. Com os ninhos identificados, basta esperar os nascimentos para a coleta, que muitas vezes tem as noites como aliadas.”
A temporada de captura de papagaios-verdadeiros no Cerrado do Mato Grosso do Sul ocorre, principalmente, em setembro e outubro. É o período de nascimento dos filhotes, que vão abastecer os grandes centros urbanos do Sudeste, com destaque para a Região Metropolitana de São Paulo.
‘“O número pode chegar facilmente aos milhares”, afirma Marcelo Pavlenco Rocha. Presidente da ONG paulista SOS Fauna, que combate o tráfico de fauna desde 1989, Rocha conta que, durante uma conversa informal, homens da Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul disseram acreditar que apenas cerca de 5% dos papagaios-verdadeiros retirados da natureza são apreendidos.’ – texto da revista
Sem a colaboração das comunidades onde ocorrem os nascimentos dos papagaios-verdadeiros, não há sistema repressivo que consiga coibir a coleta de filhotes. As áreas são grandes, muitas delas isoladas e de difícil acesso.
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