segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Conscientizar dá resultados. Mas não pode ser apenas uma campanha

“Nesta quarta-feira (30), uma equipe de policiais da 4ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental deslocou-se até o município de Marataízes para realizar o recolhimento de um papagaio, que foi entregue aos policiais de forma espontânea.

José Geraldo entregando o papagaio
Foto: Divulgação P5 PMAES

O psitacídeo estava com a família do aposentado, José Geraldo de Souza, de 65 anos, havia cerca de dois anos e fora adquirido no Estado do Rio Janeiro. De acordo com José Geraldo, ele buscou o auxílio da Polícia Ambiental, pois se sentiu sensibilizado com algumas matérias que vêm sendo exibidas nos noticiários de TV, “procurei a Polícia Ambiental porque aqui em casa chegamos à conclusão de que o melhor para o animal é estar solto na natureza. Várias vezes temos visto notícias de entrega e soltura dos animais e ficamos comovidos com isso”, disse, emocionado e feliz por sua atitude.”
– texto da matéria “Aposentado realiza entrega voluntária de papagaio”, publicada em 1º de novembro de 2013 pelo site Viaes, do Espírito Santo

A Polícia Militar Ambiental do Espírito Santo incentiva, em toda ocorrência que distribui  à imprensa, a divulgação da legislação que permite a entrega voluntária de animais em situação ilegal de cativeiro e os telefones para solicitar a presença de um policial para retirar o bicho. O trabalho não é uma campanha, com data para acabar. É uma ação permanente.

E a divulgação começar a gerar resultados. A entrega do papagaio pelo aposentado José Geraldo é um exemplo.

Além da ação de divulgação da Polícia Militar Ambiental, vale destacar que parte da imprensa do Espírito Santo tem feito sua parte publicando os telefones de contato e a legislação – que garante a não punição do infrator em caso de entrega voluntária.

Normalmente as ações do poder público que procuram conscientizar a população, independentemente da causa, são curtas, isto é, são campanhas e acabam. Podem, inicialmente, mudar algo, mas não alteram comportamentos enraizados – como o habito de manter animais silvestres em cativeiro.

Esse trabalho tem de ser permanente. Para a Polícia Militar Ambiental do Espírito Santo, parabéns e um conselho: mesmo não sendo sua função, por favor, explique para a imprensa e a população as consequências para os ecossistemas e os perigos para a saúde pública do tráfico de fauna e do hábito de criar silvestres como bichos de estimação.

- Leia a matéria completa do Viaes

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