segunda-feira, 10 de março de 2014

Dutra: rota manjada do tráfico de animais que ainda funciona

“A principal rodovia usada por traficantes para abastecer o Sul do Rio é a Via Dutra. O acesso foi mapeado pela Polícia Federal. “A rodovia Presidente Dutra é o principal eixo entre as duas maiores metrópoles do nosso país, e que, portanto, concentra uma parte considerável da nossa população. Então, em razão disso, a Dutra é o caminho natural desse tipo de crime e de outros tipos de crime também, como tráfico de armas, o contrabando, descaminho, o transporte de material contrabandeado, de animais silvestres indevidamente mantidos em cativeiro e comercializados”, explicou o delegado da Polícia Federal, Elias Escobar.” – texto da matéria “Dutra é principal rota dos traficantes para abastecer Sul do Rio, diz polícia”, publicada em 8 de março de 2014 pelo portal G1

Via Dutra: rota de muitos crimes
Foto: Divulgação/CCR Nova Dutra

A pergunta é: qual a novidade?

A abordagem da matéria está equivocada. A apuração jornalística deveria procurar saber exatamente o que a Polícia tem feito para acabar com o crime na Dutra, o que inclui o tráfico de animais. E com detalhes, não a explicação publicada na sequência:

“Para coibir o tráfico na região a Polícia Federal trabalha na linha da investigação para detectar os grupos, localizá-los e prendê-los. “A gente trabalha com a inteligência para identificar os destinatários dessa droga, é claro, porque se essa droga é enviada de outra cidade dentro do próprio estado, ela tem um destinatário dentro da nossa região. Então, é buscar identificar esse destinatário e identificar também o remetente da droga, ou seja, a origem da droga. Isso é que é importante pra atividade policial”, disse.” – texto do G1

Que a Dutra é uma rota intensamente utilizada por vários grupos criminosos, isso não é novidade. O que o leitor precisa saber é se o atual esquema repressivo e fiscalizatório está funcionando e, se não está, quais os motivos da ineficiência.

Muitos animais traficados chegam pela Dutra às regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. A rota é manjada e já foi publicada em vários documentos do poder público e de ONGs. O que falta é a fiscalização efetivamente funcionar para reduzir drasticamente o problema.

- Leia a matéria no portal G1

0 comentários: